Juazeiro In Foco | Raul Jungmann

13.04.2015

BLOG DO INALDO SAMPAIO

MILHARES DE PESSOAS VOLTAM ÀS RUAS PARA PROTESTAR CONTRA O GOVERNO DILMA

Seis diferentes movimentos conseguiram levar milhares de pessoas às ruas, neste domingo (12), para participar de um novo protesto contra o governo da presidente Dilma Rousseff.

As manifestações ocorreriam em cerca de 400 municípios do país, mas ainda não se sabe ao certo quantos aderiram ao movimento.

Os protestos foram convocados pelos movimentos Vem pra Rua, Foro de Brasília, Tô na Rua, Movimento Brasil Contra a Corrupção, Movimento Limpa Brasil e Movimento Brasil Livre.

No Recife, as manifestações ocorreram na Avenida Boa Viagem, porém com menos adeptos do que no dia 15 de março. No protesto anterior, foram anotadas as presenças dos deputados federais Jarbas Vasconcelos (PMDB) e Raul Jungmann (PPS) e do vereador André Régis (PSDB).

Em Brasília, o protesto ocorreu de manhã e, a exemplo do Recife, também reuniu menos gente que no protesto anterior. Isso ocorreu também em Porto Alegre.

Em Belo Horizonte, sem a presença do senador Aécio Neves (PSDB), o protesto reuniu cerca de 5 mil pessoas na Praça da Rodoviário, segundo cálculos da Polícia Militar.

Em São Paulo, no final da manhã os manifestantes começaram a ocupar a Avenida Paulista, mesmo local do protesto anterior. Mas as manifestações só ocorreram na parte da tarde. Lá uma equipe do Partido Solidariedade coletava assinaturas para pedir o “impeachment” da presidente.

O Rio de Janeiro foi uma das poucas capitais em que o protesto deste domingo reuniu mais gente – na Avenida Copacabana – do que o protesto anterior.

 

 

AÇÃO POPULAR (BA) / JUAZEIRO IN FOCO

DEPUTADO CARA LISA

Afastados do protagonismo dos protestos contra o governo Dilma, os principais políticos de oposição em Pernambuco buscam se colocar como um canal para viabilizar as demandas dos manifestantes. “Não haverá uma saída para a crise política sem a participação do Congresso. Então é preciso resolver esse divórcio entre a população e os políticos”, defende Raul Jungmann (PPS), deputado denunciado em prática de improbidade.

 

 

VALOR ECONÔMICO (ONLINE)

AUSÊNCIA DE POLÍTICOS É SENTIDA EM ATOS EM OUTROS CAPITAIS

Os manifestantes que foram às ruas ontem protestar contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) sentiram a ausência de políticos da oposição em capitais como Belo Horizonte, Rio, Porto Alegre e Curitiba. A exceção foi Recife, que contou com lideranças do PSDB, DEM, PMDB, Solidariedade e PPS. Em Minas Gerais, a falta mais sentida foi de Aécio Neves (PSDB), o que frustrou lideranças tucanas do Estado.

Em nota, Aécio disse que seu partido apoia os manifestantes que foram às ruas pelo país, sem fazer, porém, menção aos pedidos de impeachment presentes nos atos. Aécio ficou em casa, em Belo Horizonte, com a família. “O PSDB se solidariza com os milhares de brasileiros que voltaram às ruas e ocuparam as redes sociais neste domingo para, mais uma vez, legitimamente, manifestar seu repúdio e indignação contra à corrupção sistêmica que envergonha o país e cobrar saídas para o agravamento da crise econômica”, escreveu o senador.

Deputados tucanos defenderam que Aécio se juntasse ao protesto alegando que essa era uma demanda que eles têm ouvido de suas bases eleitorais. Mas a avaliação de Aécio, segundo interlocutores, foi que estar entre os manifestantes daria força ao argumento do PT e do governo de que os protestos são partidarizados pela oposição. Marcado para as 10 horas, o ato já estava com clima de fim de jogo por volta do meio-dia. Reuniu cerca de 6 mil pessoas na Praça da Liberdade, região centro-sul de Belo Horizonte, segundo a Polícia Militar, quatro vezes menos que a contagem oficial de 15 de março.

Um representante dos organizadores estimou em 20 mil o número de manifestantes. Com pincel e tinta na mão, o empresário Roberto Ferreira, de

64 anos, pintava faixas verde e amarela no rosto dos participantes, mas parecia desapontado. “A gente está sentindo falta da meninada. Mas a meninada está descrente da política. Aqui 80% tem mais de 40 anos. E o problema também é que falta hoje a classe trabalhadora. Essa aqui ainda é uma manifestação da elite”. No Recife, o protesto percorreu a Avenida Boa Viagem, área nobre da cidade. Reuniu cerca de 40 mil pessoas, segundo organizadores do movimento Vem prarua.

A Polícia Militar não divulgou estimativa oficial. Os deputados federais Jarbas Vasconcelos (PMDB), Raul Jungman (PPS), Daniel Coelho (PSDB), Bruno Araújo (PSDB), Mendonça Filho (DEM) e Augusto Coutinho (SD) caminharam ao lado dos manifestantes. Nenhum deles discursou nos três trios elétricos. Coutinho avaliou que o curto intervalo entre os protestos justificou o menor número de pessoas nas ruas. “Perde o impacto. Obviamente, a manifestação não é suficiente para um impeachment. Mas acredito que é importante porque pressiona os poderes, principalmente o Judiciário”.

Mendonça Filho, líder do DEM na Câmara, acredita que o governo teve um postura “muito arrogante” em relação a primeira manifestação e que o ato de ontem deve ajudar a direcionar o país para uma agenda positiva. “É sinal de apoio às investigações, ao Ministério Público e à CPI. É importante aprofundar as investigações porque já ficou claro que é a corrupção é um problema sistêmico”, comentou. Dois protestos pró-impeachment da presidente Dilma marcaram o dia de manifestações no Rio. O primeiro começou no fim da amanhã e o outro foi marcado para as 14 horas.

A falta de alinhamento entre os horários, porém, dispensou manifestantes, que caminharam pela orla da Praia de Copacabana. A Polícia Militar não divulgou estimativas. No carro de som que abriu a passeata, o humorista Marcelo Madureira puxou gritos de “Fora PT, fora Dilma, Lula na cadeia”. Ao fim da manhã, houve uma pequena confusão quando um homem vestido de vermelho protestou contra o ato e teve de ser escoltado por policiais. A manifestação, contudo, seguiu pacífica.

Em Curitiba, a Polícia Militar calculou 8 mil pessoas na Praça Santos Andrade, em comparação a cerca de 80 mil em 15 de março. Como no protesto anterior, um grupo de empresários colaborou com o dinheiro para as despesas. Pelos cálculos da Brigada Militar, a adesão em Porto Alegre correspondeu a um terço do ato de 15 de março. S

egundo o comandante de policiamento da capital, tenente-coronel Mário Ikeda, o número de pessoas chegou, no auge, a 35 mil, ante as 100 mil há pouco menos de um mês. Além de menor, a manifestação apresentou um racha entre os que defendiam o impeachment e os que pregavam uma intervenção militar. (colaborou Adriana Cotias, de São Paulo)

 

 

JC ONLINE (PINGA-FOGO)

RAUL JUNGMANN: DEPUTADO E EX-MINISTRO SIM, VEREADOR NÃO

BIOGRAFIA Currículo do político no site da Câmara Federal não menciona mandato na Câmara do Recife, onde ele ainda é titular, mas licenciado. Foto: Agência Câmara/divulgação

Ele foi consultor de empresas, secretário, presidente do INCRA, ministro. Mas não é tudo. O currículo do deputado federal Raul Jungmann (PPS), no site da Câmara Federal, não cita o mandato dele como vereador do Recife, do qual atualmente está licenciado, mas é titular. Em Brasília ele é suplente.

O argumento de que Jungmann é titular aqui e suplente lá foi usado por ele mesmo para justificar a situação de ter dois vínculos ao mesmo tempo. O tema, inclusive, gerou forte polêmica nas redes sociais.

No DO do dia 14 de fevereiro, a resolução nº 2.595/2015 concedeu a licença do mandato eletivo de vereador a Raul Jungmann “sem ônus para o erário municipal, por tempo indeterminado, a fim de que possa assumir a função de suplente em exercício de deputado federal, enquanto perdurar o afastamento dos titulares”. A resolução foi assinada pelo presidente da Casa, Vicente André Gomes (PSB).

Você pode conferir a biografia diretamente no site da Câmara Federal, clicando aqui.