Blog do Martins | Raul Jungmann

04.09.2015

PPS NACIONAL

CPI: JUNGMANN PERGUNTA A PRESIDENTE DA PREVI SE FUNDO FOI PROCURADO POR YOUSSEF

O vice-líder da Minoria na Câmara, deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE), questionou o diretor-presidente da Previ (caixa de previdência dos funcionários do Banco do Brasil), Gueitiro Matsuo Genso, se o fundo de pensão foi procurado para oferta de investimento pelo doleiro Alberto Youssef, pelo ex-controlador do banco BVA, José Augusto Ferreira dos Santos, pelo o ex-presidente do conselho do Grupo Gama Filho, Arthur Mário Pinheiro Machado ou por Milton Lyra Filho, lobista ligado ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

A inquirição foi feita na manhã desta quinta-feira (03) na CPI dos Fundos de Pensão. Genso negou conhecer qualquer uma dessas pessoas, que estão envolvidas em negócios de outros fundos. Ele está à frente da Previ há apenas seis meses. Ao responder a Jungmann, o executivo negou também saber se o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto teve influência sobre as decisões da Previ.

Jungmann questionou Genso também sobre investimento em um imóvel na avenida Paulista chamado Cidade São Paulo. Ele queria saber por que o fundo de pensão aportou dinheiro na compra do prédio, quanto foi gasto no empreendimento e que valor é cobrado em aluguel do Banco do Brasil, que usa o utiliza para sediar uma agência.

Outra pergunta do parlamentar foi com quem a Previ negociou para fechar o negócio da compra do imóvel e quais construtoras o ergueram. Raul Jungmann pediu que Genso enviasse à CPI cópia dos contratos da operação envolvendo o prédio.

Genso respondeu que investimentos em imóveis representam 5,6% da carteira da Previ. A legislação, disse ele, permite que o percentual chegue a 8. O executivo se comprometeu a enviar documentos sobre o imóvel referido por Jungmann para a CPI porque não tinha conhecimento específico daquele prédio.

Quanto ao fato de o Banco do Brasil ser locatário do prédio da Previ, Genso disse que isso dava segurança ao fundo de pensão. Jungmann lembrou que o presidente está devendo respostas à CPI e reforçou o pedido para que ele enviasse uma cópia do contrato das transações do imóvel.

O deputado perguntou ainda a Genso se a Previ tem contrato com o grupo Par, seja com a holding ou com alguma de suas empresas. O executivo disse que não havia qualquer relacionamento entre o fundo de pensão e o grupo.

 

APÓS AUDIÊNCIA, JUGMANN AFIRMA QUE FALTA COORDENAÇÃO DO GOVERNO FEDERAL PARA O COMBATE DO TERRORISMO

Vídeo: http://tv.pps.org.br/tv/showData/283951

 

 

CÂMARA DOS DEPUTADOS

COMISSÃO DISCUTE AÇÕES PARA PREVENÇÃO DE POSSÍVEIS ATENTADOS TERRORISTAS NO BRASIL

O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) repercute o tema em entrevista ao Com a Palavra.

Áudio: http://goo.gl/6OcW9b

A Comissão de Relações Exteriores se reúne nesta quinta-feira para debater as ações para prevenção contra possíveis atentados terroristas por ocasião de grandes eventos internacionais, como as Olimpíadas, marcadas para agosto do ano que vem, no Rio de Janeiro.

Dentre outras autoridades, foram convidados os ministros da Justiça, José Eduardo Cardoso; do Gabinete de Segurança Institucional, general do Exército José Elito Carvalho; e o diretor da Abin – Agência Brasileira de Inteligência.

Para apresentar detalhes dessa iniciativa, esteve Com a Palavra um dos autores do requerimento, deputado Raul Jungmann, do PPS de Pernambuco. Confira a entrevista completa.

 

 

BLOG DO MARTINS

CPI DO BNDES MIRA RELAÇÃO DE LULA COM A ODEBRECHT

Os primeiros requerimentos apresentados na CPI do BNDES da Câmara apontam que o foco da comissão deverá ser as atividades do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A comissão foi instalada na quinta-feira após o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciar rompimento com o governo da presidente Dilma Rousseff. Ele é investigado pela força-tarefa da Operação Lava Jato.

Lula é alvo de três pedidos de convocação para prestar depoimento na comissão, instalada na quinta-feira. Apresentados pelos deputados Raul Jungmann (PPS-PE), Cristiane Brasil (PTB-RS) e Carlos Melles (DEM-MG), os pedidos partem da suspeita de que o ex-presidente, por meio do Instituto Lula, atuou no exterior como lobista de grandes empresas beneficiárias de empréstimos do BNDES.

Lula é alvo de procedimento investigatório criminal da Procuradoria da República no Distrito Federal, que investiga se houve tráfico de influência internacional de Lula em favor da construtora Odebrecht no exterior.

Ao negar a acusação, o Instituto Lula afirma que o petista jamais atuou como lobista, nunca foi de conselho ou diretor de empresa nem contratado para consultorias. Segundo a entidade, o que o ex-presidente fez foi defender interesses de várias empresas e do próprio País no exterior, além de ter dado palestras.

Jungmann também apresentou requerimentos para convocar o filho de Lula, Fábio Luiz, e quebrar seus sigilos fiscal, bancário e telefônico. O deputado alega que a empresa de Fábio, a Gamecoorp, foi beneficiada em negócio suspeito com a Oi-Telemar, empresa com participação acionário do BNDES.

Foram protocolados ainda pedidos de convocação dos ex-ministros da gestão Lula, como Antonio Palocci (Fazenda), Guido Mantega (Economia) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), além de Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula.

Também poderão ser chamados empresários próximos a Lula, como os acionistas da JBS, Wesley e Joesley Batista, e executivos ligados a empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato, como Marcelo Odebrecht e Léo Pinheiro (ex-presidente da OAS).

Além disso, há requerimentos de pedidos de informações sobre contratos do BNDES no Brasil e no exterior entre 2003 e 2015, que abrangem os governos de Lula e sua sucessora, a presidente Dilma Rousseff.

Os 71 requerimentos apresentados até a noite de sexta-feira serão colocados em votação na próxima sessão, marcada para terça-feira. O presidente da comissão, deputado Marcos Rotta (PMDB-AM), afirmou que os documentos serão apreciados por ordem de registro.

O primeiro deles, de autoria do deputado Miguel Haddad (PSDB-SP), é um pedido de convocação do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, que já encaminhou carta à comissão colocando-se à disposição. “É claro que depois, politicamente, vamos ver como administrar isso”, diz Rotta, referindo-se aos pedidos de convocação de Lula. O primeiro a apresentar pedido para ouvir o petista foi Raul Jungmann.

Apelo

Marcos Rotta lembra que, ao ser eleito presidente, fez um apelo para que os trabalhos da comissão não fossem contaminados pela politização. “Eu sei que é difícil”, reconhece.

Relator da CPI, o deputado José Rocha (PR-BA) classificou os pedidos de convocação do ex-presidente como “politização pura”. Ele afirma que serão priorizadas demandas do ponto de vista “técnico”. Para o petista, a comissão “não pode ser espaço de pirotecnia.”

Autor de 19 requerimentos, Jungmann diz ser “imprescindível” para a comissão ouvir o petista, mas pondera que “não será fácil”. “Vai depender essencialmente do PMDB.” (Estadão)