CREA-PE | Raul Jungmann

20.10.2015

BLOG DE JAMILDO

ROMBO NOS FUNDOS

TEMPORADA DE CAÇA AO DINHEIRO DOS FUNDOS DE PENSÃO E APOSENTADORIA ESTATAIS

Por Raul Jungmann (PPS), deputado Federal

Como membro da CPI dos Fundos de Pensão, estou cada vez mais espantado com a irresponsabilidade com que alguns membros do Governo Federal partiram para cima do dinheiro dos funcionários, aposentados e pensionistas das estatais.

São diversos indícios de incompetência e de desvios de conduta, especialmente nos grandes fundos: Funcef (Caixa Econômica), Previ (Banco do Brasil), Postalis (Correios) e Petros (Petrobrás).

Apenas esses quatro fundos reúnem um patrimônio de R$ 300 bilhões e representam uma das maiores reservas líquidas do Brasil. O caixa dos fundos de pensão das estatais virou um campo de caça sem regras.

Desde o início do seu primeiro governo, o presidente Lula determinou aos seus correligionários oriundos dos sindicatos dos bancários de São Paulo que assumissem o controle dos fundos de pensão das estatais.

Personagens ilustres como Berzoini, Palocci, Gushiken (falecido), Barusco, Vaccari e Youssef, famosos por suas atuações no Mensalão e no Petrolão, reaparecem também nos descaminhos dos fundos de pensão.

É frequente encontrarmos também, nos negócios mal feitos dos fundos de pensão, outras estrelas, como Camargo Corrêa, OAS e Odebretch.

Nesse contexto, tenho procurado identificar as ligações estabelecidas entre os dirigentes dos fundos de pensão, empresas e instituições financeiras na realização de investimentos duvidosos com o dinheiro desses fundos.

Tem sido frequente a ocorrência de prejuízos bilionários, acarretando fechamentos anuais negativos nos balanços dos fundos estatais na ordem de bilhões de reais.

São investimentos que desconsideram as análises de risco e de retorno recomendadas pelo mercado e pela legislação, realizados em empresas como a famigerada Sete Brasil Participações S.A., criada pela Petrobrás para explorar o pré-sal.

É um sistema viciado, sem controle efetivo. Os dirigentes dos fundos não respeitam as regras; o órgão fiscalizador do governo (PREVIC) faz vista grossa; a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) não tem poderes para punir; e o Congresso não entende e nem se interessa pelo assunto.

Mesmo assim, a CPI está avançando nas investigações, analisando documentos e evidências, tomando depoimentos, solicitando quebras de sigilo e se articulando com a operação Lava Jato do juiz Sérgio Moro.

Estou à disposição dos pernambucanos pensionistas, aposentados e funcionários da Caixa, do Banco do Brasil, dos Correios e da Petrobrás para prestar esclarecimentos, colher informações e combinar estratégias de apuração.

Vamos em frente!

 

 

CREA-PE (CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DE PERNAMBUCO)

PROJETO DE LEI QUE RESTRINGE ATIVIDADES DE AGRÔNOMOS E ENGENHEIROS DE PESCA É DEBATIDO COM RAUL JUNGMANN NA PLENÁRIA ITINERANTE DO CREA-PE

O Projeto de Lei nº 1.016/2015 que tramita na Câmara dos Deputados foi alvo do debate entre os membros do pleno do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE) durante a 2ª Plenária Itinerante, realizada no sábado (17), na Escola Técnica Professor José Luiz Mendonça, em Gravatá. Durante a reunião, o deputado federal Raul Jungmann esteve no encontro e ouviu o posicionamento do coordenador da Câmara Especializada de Agronomia do Crea-PE, engenheiro de Pesca José Carlos Pacheco.

Sobre o assunto, o deputado falou da importância de debater a sustentabilidade. “Quando peguei a pauta de vocês e vi os temas que seriam abordados fiquei imensamente satisfeito. Vê um órgão que congrega diversas modalidades profissionais debater a sustentabilidade é fundamental para o desenvolvimento”, pontuou Jungmann. Ainda segundo ele, as discussões sobre o uso da energia solar e o projeto da reserva Camará mostram o quão antenado está o Crea Pernambuco para as questões da sustentabilidade.

“Mais que isso, vemos a preocupação com um futuro, algo que seja agradável para as próximas gerações. E na minha visão, pensar Engenharia e Agronomia é pensar num mundo melhor”, destaca o parlamentar. Aproveitando a presença do deputado e a preocupação com o PL 1.016, que propõe a alteração da Lei nº 5.550, de 4 de dezembro de 1968, para definir atividades e atribuições profissionais da área de zootecnia, Pacheco pediu o apoio do parlamentar para que o projeto não seja aprovado pelo Congresso. Segundo o coordenador, caso seja aprovado o PL dará exclusividade do trabalho de cultivo animal aos zootecnistas, o que irá impactar decisivamente no Sistema Confea/Crea e Mútua.

Simpático ao pleito do conselheiro José Carlos Pacheco, o deputado orientou o Crea Pernambuco a envidar esforços na criação e implantação de uma agenda parlamentar. “É preciso que enquanto Sistema vocês digam aos parlamentares quais são os seus interesses. É preciso mostrar o que impacta em vocês, é preciso mostrar a cara”, explicou Jungmann.

Atualmente, o projeto está aguardando parecer do relator na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR).