30.03.2015 | Raul Jungmann

30.03.2015

FOLHA DE PERNAMBUCO

FOLHA POLÍTICA

Renata Bezerra de Melo

OPOSIÇÃO, AGORA, VAI A JANOT

Depois de serem recebidos pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, os oposicionistas vão à mesa, amanhã, com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O encontro será às 17h. A oposição espera que Dilma Rousseff seja investigada. “A presidente foi citada 11 vezes nas delações”, enfatiza o vice-líder da minoria na Câmara Federal, Raul Jungmann. “Nem o impeachment, nem a inércia”, defende Jungmann, cujo partido, o PPS, protocolou agravo de instrumento para que o STF determine abertura de inquérito contra a presidente. Janot excluiu Dilma do rol de investigados, recorrendo à regra constitucional, segundo a qual não se processa chefe de Executivo por casos ocorridos fora do exercício do mandato. O PPS pede reconsideração com base em jurisprudência do STF – há decisões dos ministros Celso de Mello e do, já aposentado Sepúlveda Pertence indicando que, embora não devam ser processados, os presidentes da República podem ser investigados.

Hoje, Raul Jungmann dará entrada em mandados de segurança contra cinco acordos de leniência relativos à Operação Lava Jato.

 

DEPUTADOS CONDENAM AJUSTE

PARTE da bancada federal do Estado se mostra contrária à aprovação do ajuste fiscal proposto pela presidente Dilma Rousseff

DANIEL LEITE

Se depender dos deputados federais de oposição ao governo Dilma (PT) que integram da bancada de governo em Pernambuco, o ajuste fiscal não será aprovado, mesmo se tiver apoio do governador Paulo Câmara. Além de se mostrarem descontentes com a postura da petista durante o encontro com os governadores do Nordeste, na semana passada, os parlamentares do DEM, PSDB, PPS e SD também criticaram o próprio conteúdo do projeto, que trata das medidas provisórias 664 e 665. As duas alteram, entre outras coisas, o pagamento de benefícios previdenciários, como a pensão por morte, e trabalhistas, como o seguro desemprego.

De acordo com o deputado federal Mendonça Filho (DEM), atual recessão e o desemprego no País é fruto do descontrole do governo petista e a crise não pode ser descontada nas costas da classe média e do trabalhador. “O Nordeste está vivendo um problema grave de seca e a presidente não pode tratar de um assunto grave como este na base do toma lá dá cá”, frisou.

Para o deputado Raul Jungmann (PPS), a exigência feita pela presidente para liberar recursos ao Nordeste mostra a falta de compromisso com a região. “A seca é uma questão humanitária e não pode ser usada politicamente. O governo deveria ter resolvido este problema”, destacou.

Da mesma forma, o parlamentar não concorda com o projeto protagonizado pelo Executivo. “O País está precisando de fato de um ajuste. Mas não neste formato, pois acaba prejudicando os trabalhadores. Ela deveria ter tomado medidas no primeiro mandato, mas não fez”, argumentou.

O deputado Augusto Coutinho (SD) pensa da mesma forma. “O governo faz muito mal a parte dele. Diz que precisa fazer ajuste, mas não reduz o número de ministérios, que está em 39. Para fazer a coisa certa, precisa ter contrapartidas. Não vai ter ajuda nossa. Antes disso, precisa dar sinais claros de que vai fazer a sua parte. Estamos cansados deste engodo e mentira do PT, que diz uma coisa no período eleitoral e depois coloca a responsabilidade nos outros”, pontuou.

Na visão do deputado Daniel Coelho (PSDB), a presidente Dilma não terá apoio. “Não voto em nada que aumente imposto e tire direito do trabalhador. Este tipo de medida eu não aprovo. Não tem possibilidade de participar de algo que dará uma facada no povo” Em Pernambuco, a bancada do PSB, que tem postura independente na Câmara, vai discutir a questão no partido, mas deve votar contra. Já os parlamentares do PTB se mostram favoráveis à aprovação.

APOIO – Afetado pelas medidas impopulares e pelas dificuldades econômicas, a presidente enfrenta problemas na governabilidade. Com a popularidade em baixa, ela perdeu influência no Congresso. Por isso, quer a interferência dos governadores nas bancadas para que o ajuste seja aprovado.

 

 

BLOG DE JAMILDO

ELEIÇÕES MUNICIPAIS

PPS-PE APRESENTA NOVOS FILIADOS E DISCUTE PRÉ-CANDIDATURAS PARA 2016

O diretório estadual do Partido Popular Socialista (PPS-PE) começa a se reestruturar após as eleições do ano passado e a desfiliação, no começo deste ano, dos “infiéis” (detentores de mandato que não apoiaram os pós-comunistas na disputa para deputado estadual e deputado federal em 2014).

Visando montar um quadro competitivo para 2016, o partido criou uma comissão executiva provisória para selecionar os potenciais candidatos e também deu início ao recrutamento de novos filiados para renovação da legenda.

Neste sábado (28), os novatos receberam as boas vindas da Executiva Estadual em uma confraternização que contou com a presença de aproximadamente 400 pessoas na sua sede, no bairro da Boa Vista.

 “A expectativa é de que tenhamos entre dez e 12 candidatos a prefeito e dezenas de candidatos a vereador nos municípios pernambucanos”, projetou o deputado federal Raul Jungmann, antecedendo alguns dos nomes.

 “Já temos pré-candidatos a prefeito, por exemplo, em Olinda, com o João Luiz; em Caruaru, com Eduardo Mendonça; e em Abreu e Lima, com Damaris Flor”.

Entusiasmada, a presidente do PPS-PE, Débora Albuquerque, comemorou a nova fase.

 “Retornamos com uma força inédita após as últimas eleições. Estamos muito felizes com esse renascimento do partido, que, ao lado da sua história de dignidade de quem não se vende e não se compra, encontra-se revigorado. E vamos nos fortalecer cada vez mais”, sentenciou.

O deputado Raul Jungmann também destacou a filiação de jovens talentos como o estudante Felipe Caldas e o advogado Cláudio Carraly, presidente da comissão executiva provisória.

“Tenho certeza de que este ano vai ser de tremenda vibração, principalmente com a fusão do novo com aquilo que temos de melhor dentro do nosso passado. Vamos fazer uma história belíssima, pujante. Teremos, sem dúvida nenhuma, muito sucesso e crescimento no nosso partido”, exaltou.

 

 

LEIAJÁ

PPS PROMETE LANÇAR CANDIDATOS A PREFEITO EM TODA A RMR

Em reunião neste sábado (28) a legenda definiu nomes de alguns postulantes e pré-agendou eventos para os próximos me

por Élida Maria

Com o objetivo de aumentar o quadro de filiados e a participação política nas eleições de 2016, o Partido Popular Socialista (PPS) reuniu neste sábado (28), líderes políticos para comemorar a adesão de novos filiados. No encontro realizado na sede da legenda, na Boa Vista, no Recife, também foi anunciada a pretensão de lançamento de 25 candidatos a prefeito em todo o Estado e mais de 300 vereadores no próximo pleito eleitoral.

Celebrando a participação de mais de 300 militantes, segundo a organização do evento, a presidente do PPS-PE e secretária-executiva de Defesa do Consumidor do Jaboatão dos Guararapes, Débora Albuquerque, comentou em entrevista ao Portal LeiaJá detalhes do encontro. “Essa é nossa primeira reunião do Diretório Estadual após a eleição. Avaliamos os êxitos que tivemos nas eleições, e convocamos todas as nossas lideranças para apresentamos a Comissão Provisória do Diretório Municipal do Recife. Também estabelecemos metas e identificamos fragilidades, desafios e reestruturação do partido”, revelou, lembrando-se de algumas perdas que a legenda teve com a saída de vereadores e vice-prefeitos, nas eleições de 2014. “A gente precisa recuperar os municípios que ficaram acéfalos”, reconheceu.

Segundo Albuquerque, o desejo do PPS é lançar candidatos a chapas majoritárias em toda a Região Metropolitana do Recife. “Iremos reconhecer lideranças porque nossa meta é fazer candidatos a prefeitos e vereadores nos 14 municípios da Região Metropolitana do Recife e também o maior número nos demais municípios. Então, essa reunião nos deixa com um sentimento de que estamos começando 2015 em preparação de 2016 e nos permite envolver e transformar o partido de forma mais orgânica”, anseia.

A presidente do PPS também garantiu a participação do deputado federal Raul Jungmann (PPS) no fortalecimento das lideranças políticas em Pernambuco. “Raul se colocou à disposição de quando voltar de Brasília viajar o Estado todo para verificar quadros”, contou Débora Albuquerque.

“Nós estamos hoje numa perspectiva de muito crescimento. Vamos fazer encontros regionais na Zona da Mata, no Sertão de São Francisco e uma grande festa de filiação da juventude”, antecipou Jungmann, anunciando em seguida à data do evento. “Dia 18 de abril no Clube do Alemão será um grande ato de filiação da juventude”, acrescentou.

Pré-candidatos – De acordo com Débora Albuquerque e Raul Jungmann alguns nomes já definidos para às disputas de prefeitos em 2016 são: João Luiz (em Olinda), Maria do Céu (no Recife), Débora Albuquerque (em Jaboatão), Carlos Fernandes (em Goiania), Jorginho Rocha (em Paulista), Damares Flor (em Abreu e Lima) e Edmilson (em Moreno). Para vereador foram divulgados apenas dois nomes, o de Felipe Ferreira Lima, líder da Juventude do PPS e de Vera Lopes que tentará a reeleição na Câmara do Recife.

Outras atividades – Além do ato de filiação da juventude no dia 18 de abril, no mês de maio, o ex-PSB de Olinda, João Luiz, se filiará oficialmente ao PPS. O evento com data e local a serem definidos contará com a presença do presidente nacional do partido, Roberto Freire e com a participação e apresentação dos pré-candidatos a prefeitos e vereadores pela sigla.

 

 

O ANTAGON!STA

OPOSIÇÃO VAI A JANOT, PARA PEDIR QUE DILMA SEJA INVESTIGADA

O Antagonista informa: acontecerá na próxima terça-feira, às 17 horas, uma reunião dos líderes da oposição na Câmara dos Deputados com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O grupo de políticos será capitaneado por Raul Jungmann, do PPS.

Eles vão solicitar a Rodrigo Janot que aceite o pedido de investigação da presidente Dilma Rousseff no âmbito da Operação Lava Jato. Os deputados estão respaldados por jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, segundo a qual um presidente da República pode ser investigado durante o exercício do seu mandato e, caso sejam achados elementos de culpa, processado depois de sair do Palácio do Planalto.

Se não obtiverem um sinal positivo de Rodrigo Janot até o dia da manifestação de 12 de abril, os líderes da oposição irão às ruas, para pressionar pela abertura de inquérito contra Dilma Rousseff.

Como dá para perceber, 12 de abril já é visto por todos os políticos como o Dia D.

 

 

BLOG NÊGO DE ANA

TABIRA PODE RECEBER RECURSOS DE JUNGMANN INDICADO PELO PPS DE TABIRA

O Presidente do PPS de Tabira Nego de Ana participou neste sábado dia 28 da reunião do diretório estadual do PPS onde o Deputado Federal Raul Jungmann faz umas análises da politica nacional, na oportunidade foi discutido as eleições municipal 2016 e visa um crescimento do partido e se dispõe ajudar, pede que as lideranças do PPS apresentem os projetos dos seus municípios para receberem as emendas parlamentares.

Em um momento especial Raul Jungmann foi homenageado peles grupos de: Capoeira, Judoca, Tambores, Bombeiros Civil e Desportista que o mesmo patrocina com direito as apresentações e recebe camisa e uma faixa dos mesmos. Emocionado ele Raul Jungmann dez, “o que eu pude fazer por estes jovens para não se envolveres com drogas hoje e seres os cidadãos de amanhã farei”.

Já á Presidenta estadual Debora Albuquerque, empossa a nova comissão provisória executiva do PPS Recifense que tomaram posse em um ato solene, em seguida uma grande feijoada para todos.

 

 

ESTADO DE SÃO PAULO / PARANÁ ONLINE

POLITICA

‘VEM PRA RUA’ PASSA A VER IMPEACHMENT COMO FACTÍVEL

O empresário Rogério Chequer, um dos líderes do “Vem pra Rua”, disse no domingo, 29, que há “um clamor muito alto” das bases do movimento para que um eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff seja admitido, dentro do grupo, como uma possibilidade concreta entre suas metas e palavras de ordem. “Não é um clamor pelo impeachment em si. E, de novo, lembramos a precondição de que tem de ser tudo dentro da lei”, afirmou. “Mas o fato é que começamos a perceber várias iniciativas que trazem motivos novos, argumentações de que a presidente poderia estar sujeita a uma ação por crime comum”, afirmou ele ao jornal O Estado de S. Paulo. Disse também que nesta segunda, 30, ou terça-feira, 31, o movimento vai “oficializar” essa posição no documento sobre temas que defenderá na próxima manifestação, dia 12 de abril.

Criado no final do ano passado, o “Vem pra Rua” destacou-se nos recentes protestos de rua defendendo o “Fora Dilma” mas entendendo – até a semana passada – que “por enquanto” não via razões legais para o impeachment (da presidente)”. Essa posição vinha sendo cobrada por vários outros grupos.

Um dos motivos para se incluir o impeachment, agora, como perspectiva concreta – segundo o empresário – é a movimentação do governo em favor dos acordos de leniência que vêm sendo negociados com empresas envolvidas em casos de corrupção. “Já foram aprovados cinco, e temos vários pedidos novos em andamento”, afirmou. Chequer ressalta que não é advogado e que não tem “competência nem a função” para entrar no mérito jurídico do problema e que o impeachment não é a “causa central” do movimento. Mas admite ter ouvido muitas análises de estudiosos que consideram a instrução 74 da Advocacia Geral da União (AGU) – que trata das condições para os acordos de leniência – uma invasão do Executivo sobre áreas de competência do Judiciário.

‘Plano’

“Não podemos ficar calados diante disso. O que parecia um plano iniciado no Executivo, interferido no Judiciário, invadindo a AGU, passado pelo TCU e aterrissado na Controladoria-Geral (CGU) começa a se deflagrar”, explicou.

Ele diz não estar sozinho nessa percepção. Menciona “outras iniciativas” de advogados e de partidos políticos, como o PPS – cujo deputado Raul Jungmann (PE) pediu ao Supremo Tribunal Federal uma avaliação sobre a constitucionalidade dos acordos de leniência. “Cresce a ideia de que se consiga pelo menos uma investigação sobre o papel da presidente nisso tudo”, resumiu Chequer.

Ele diz não ter medo de que esse gesto seja visto como um passo à direita e, assim, prejudique a imagem do grupo. “Não é radicalização, de modo algum. Não estamos fechando o foco, continuamos com todas as outras demandas – por ética na política, por cidadania, por um basta à corrupção e à má gestão dos recursos públicos”, concluiu.

 

 

BLOG DO REINADO AZEVEDO (VEJA)

O “VEM PRA RUA” DEFINE O QUE VAI PEDIR NO DIA 12 DE ABRIL: “FORA DILMA!”

O “Vem Pra Rua”, um dos maiores movimentos que convocaram a megamanifestação nacional do dia 15 de março, acaba de adotar uma palavra de ordem clara e sem ambiguidades: “Fora Dilma”. É o que se ouvirá em uníssono no novo protesto, marcado para o dia 12 de abril. A expectativa dos organizadores é que o evento se repita em todas as capitais e se espalhe por um número ainda maior de cidades.

Até havia pouco, o “Vem Pra Rua” chamava os brasileiros a expressar publicamente a sua insatisfação, acusava as lambanças do governo e do PT, mobilizava a população contra a corrupção desabrida, mas não dava especial relevo à reivindicação para que Dilma deixasse a Presidência. O que se avalia é que a dinâmica na rua e o encadeamento dos fatos impõem o lema aglutinador. O grupo acha que a presidente tem de deixar o cargo, dentro dos rigores da lei, seja por renúncia — e esse é um ato unilateral —, seja por cassação, seja pelo caminho do impeachment.

Conversei há pouco com Rogério Chequer, um dos coordenadores do movimento, e ele explica por que adotar o “Fora Dilma”: “Sempre dissemos que temos consciência de que não somos representantes do povo legitimados por eleições, mas acabamos nos tornando porta-vozes e catalizadores de uma insatisfação clara, de milhões de pessoas. E as bases querem o ‘Fora Dilma’ porque entendem que há motivos para tanto”.

Só isso? Não! O “Vem pra Rua” entende ainda que a forma como o governo vem atuando para firmar os acordos de leniência com as empresas acaba atrapalhando o processo de investigação, podendo caracterizar a interferência do Poder Executivo no Poder Judiciário e preparar o terreno para a impunidade.

Chequer explica: “Queremos também chamar a atenção para o fato de que, quando menos, Dilma tem de ser investigada. O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) já entrou com este pleito no Supremo, e o ministro Teori Zavascki pediu que Rodrigo Janot, procurador-geral da República, se manifeste a respeito. A Constituição não impede que a presidente seja investigada. Até porque a investigação de atos cometidos antes do exercício do seu mandato pode remeter a questões que se deram no curso do mandato. Consideramos a investigação imperiosa”.

Pergunto a Chequer se ele não teme que o “Fora Dilma” se confunda com uma radicalização do movimento de rua. Ele responde: “Não tem radicalização nenhuma. Vamos ser claros: foi o que as ruas pediram já no dia 15 de março, num clima de ordem e respeito às instituições. Nós estamos dizendo ‘Fora Dilma’ porque temos uma Constituição e uma lei que tratam da possibilidade. Pode haver divergência sobre se há ou não motivos, mas é absurdo falar em radicalização ou golpismo quando se cobra o império da Constituição e das leis”.

E Chequer acrescenta: “O nosso movimento se chama ‘Vem pra Rua”, e a voz da rua é uma só: ‘Fora Dilma!’”.

Por Reinaldo Azevedo