JORNAL DO COMMERCIO / O GLOBO
ACENLMO GOIS
Ancelomo Gois
O CAÇA-MINISTRO
O deputado federal Raul Jungmann, 63 anos, ex-ministro de FH, está ficando especialista em barrar nomeação de ministros de Dilma no STF. Lula é o segundo, antes foi o baiano Wellington César Lima e Silva. Seu próximo alvo é Eugênio Aragão, que ficou no lugar do Wellington, no Ministério da Justiça.
MAGNO MARTINS
COLUNA DA SEGUNDA-FEIRA
SEM STATUS – O deputado Raul Jungmann (PPS), apresentou emenda retirando o status de ministro do cargo de chefe do Gabinete Pessoal do Presidente da República, que passou a ser ocupado por Jaques Wagner (PT-BA). O político deixou a Casa Civil para dar lugar ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A medida provisória foi encaminhada na quinta-feira ao Congresso. Ao transformar o cargo de chefe do gabinete pessoal da presidente da República em ministro-chefe, o objetivo, segundo Jungmann, foi dar foro privilegiado “preventivo” a Wagner, citado em delações em escutas telefônicas.
O ANTAGON!STA
ARAGÃO, O WC 2
A nomeação de Eugênio Aragão para o ministério da Justiça é mais do que uma ofensa à moralidade. É uma ofensa à lei, assim como a nomeação de Wellington César, defenestrado a tempo.
Mesmo tendo entrado para o MP antes da Constituição de 1988, ele não poderia ocupar cargo no Poder Executivo.
Como noticiamos em primeira mão, Raul Jungmann entrou com representação no STF, para impedir que Eugênio Aragão continue no cargo.
Eugênio Aragão é um WC 2.
BLOG DO ROBSON PIRES (RN)
DEPUTADO QUER RETIRAR STATUS DE MINISTRO DO CHEFE DO GABINETE DA PRESIDÊNCIA
O deputado Raul Jungmann (PPS), apresentou emenda retirando o status de ministro do cargo de chefe do Gabinete Pessoal do Presidente da República, que passou a ser ocupado por Jaques Wagner (PT-BA). O político deixou a Casa Civil para dar lugar ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A medida provisória foi encaminhada na quinta-feira ao Congresso. Ao transformar o cargo de chefe do gabinete pessoal da presidente da República em ministro-chefe, o objetivo, segundo Jungmann, foi dar foro privilegiado “preventivo” a Wagner, citado em delações em escutas telefônicas.
BLOG DO FELIPE MOURA BRASIL
“AMIGO” DE LULA NO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA É O GOLPISMO PETISTA EM CARGO E OSSO
Eugênio Aragão, esquerdista cheirador de vazamento, ameaça melar a Lava Jato
Notas e tuitadas sobre… Eugênio Aragão rei do pedaço
– Folha: “Novo ministro da Justiça”, Eugênio Aragão “diz que trocará equipe inteira de investigação da PF se houver cheiro de vazamento” e afirma: “não preciso ter prova”. O cheirador de vazamento quer mostrar serviço a Lula.
– Lula disse em conversa grampeada que “o Aragão parece nosso amigo, parece, parece… mas está sempre dizendo ‘olha…’”. Disse também que Aragão “deveria cumprir um papel de homem” e que “tenha pulso” (para controlar a PF). Teve a reação que pediu.
– Governo que reclama que querem trocá-lo sem provas nomeia ministro da Justiça que quer trocar equipes da PF sem prova de vazamento. É golpe.
– Na VEJA, Delcídio entregou o antecessor de Aragão, José Eduardo Cardozo, por vazar informações da Lava Jato: “Quando sabia de alguma operação, ele me dizia: ‘Ventos frios sopram de Curitiba’. A senha era essa.” Aragão vai trocar Cardozo também?
– O Globo: Aragão “demonstra disposição para ampliar o controle disciplinar da Polícia Federal (PF) para impedir vazamentos e estuda até mesmo interpelar Moro formalmente”. A única coisa que petista estuda é como atacar quem desvenda os crimes do PT.
– Associação Nacional dos Delegados: “Lamentamos profundamente do ministro da Justiça quando ele diz que vai afastar policiais da Lava-Jato. Isso aí é uma interferência nas investigações”, disse o presidente da ADPF, Carlos Eduardo Sobral. Reagir é preciso.
– Em sua posse como corregedor-geral do MPF em 2011, Aragão prometeu em dilmês-aragonês que iria “reforçar fragilidades” dos colegas. Reforçar fragilidades, em português, é tornar algo ou alguém ainda mais frágil. Já era um sinal do que estava por vir.
– Aragão sobre ser adepto do Santo Daime: “Eu fui. Uma vez que você é, você é. Mas eu não uso mais. Fui praticante, sócio da União do Vegetal”, “que na sua liturgia faz uso da ayahuasca (chá)”. Antes de cheirar vazamentos, Aragão cheirava ayahuasca.
– “Não estou frequentando há mais de dez anos, por falta de tempo, e porque me casei, minha mulher é católica, não quer saber disso. Hoje pratico o catolicismo.” Deve ser o catolicismo à moda Frei Betto.
– Ex-militante do MR-8 na luta armada, Aragão é um esquerdista radical para quem ser de esquerda, em aragonês, “é ser a favor da democracia, é ser a favor da igualdade”. É uma das definições mais falsas, rasas e pueris da história do esquerdismo.
– Aragão, como toda a esquerda, encobre a diferença entre igualdade de oportunidades e igualdade de resultados. Quem não é a favor da primeira? Mas esquerdistas, em vez de criarem oportunidades eliminando a burocracia, atuam, na prática, para que pessoas com níveis de talento, esforço e produtividade menores tenham os mesmos resultados que as de nível maior nesses quesitos.
Se não têm, consideram “justiça social” aumentar os impostos sobre estas para, em tese, redistribuir a renda que obtiveram com o suor de seu trabalho para aquelas. Como o responsável pela redistribuição é o governo inchado, naturalmente os burocratas de esquerda redistribuem migalhas para os supostos “injustiçados” enquanto ficam com o maior pedaço do bolo.
Este é o resumo do petismo, que aumentou os gastos públicos até os trabalhadores de fato não terem mais dinheiro para sustentá-los (e chegarem ao ponto de abrir mão de ter filhos porque são obrigados a passar meses sustentando os filhos dos outros).
– Aragão sobre o mensaleiro José Genoino: “É uma pessoa de bem e correta, que por várias razões da vida entrou nesse processo do mensalão, mas segue de absoluta retidão.” Os padrões de moralidade do ministro, “por várias razões da vida”, estão no nível petista.
– Aragão é conhecido na Polícia Federal por atuar para barrar investigações do mensalão. No fim de 2005, um relatório da PF afirmava que ele atuou junto ao DRCI, do Ministério da Justiça, para convencer autoridades americanas a não repassar documentos da quebra do sigilo bancário da offshore Dusseldorf, de Duda Mendonça, nos EUA. O publicitário havia admitido que recebera 10,5 milhões de reais da campanha de Lula fora do país. Não é de hoje que Aragão é “amigo” do PT.
– Aragão também citou à Folha sua amizade com Sigmaringa Seixas, advogado de Lula que, em conversa grampeada pela Lava Jato, combina com o Brahma uma forma de constranger Rodrigo Janot. Só gente boa.
– Em 2006, Aragão foi flagrado em conversas telefônicas gravadas pela PF pedindo ajuda do advogado e ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) para conquistar uma vaga no STJ. Aragão não citou à Folha sua amizade com Greenhalgh.
– Na conversa grampeada, Greenhalgh disse que teria falado com Lula e “um monte de gente” (como Gilberto Carvalho) se soubesse do interesse de Aragão pela vaga. Aragão, naquele ano, alegou que conhecia Greenhalgh “da época da advocacia”. Hoje, ignora.
(* A participação de Greenhalgh num escândalo revelado pela Operação Satiagraha pode ser lembrada neste vídeo.)
– Há um motivo plausível para Aragão omitir agora sua relação com Greenhalgh: o ex-deputado Pedro Corrêa, na delação premiada fechada recentemente com a Lava Jato, cita Greenhalgh ao narrar uma interferência direta de Lula na Petrobras.
– A Época descreve assim o trecho da delação (antecipada por VEJA em setembro de 2015):
Segundo Corrêa, “entre 2010 e 2011, ele e seu colega de partido João Pizzolatti foram ao escritório do advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, petista histórico e próximo a Lula. Quando chegaram lá, numa tarde durante a semana, encontraram Marcos Valério e um empresário, do qual o delator não se recorda o nome. Greenhalgh, Valério e o empresário queriam que Pedro Corrêa e Pizzolatti os ajudassem a fechar uma operação de compra e venda de petróleo com a área da Petrobras comandada por Paulo Roberto Costa. De acordo com Corrêa, o negócio geraria um lucro alto – e, portanto, o PP resolveu abocanhar uma fatia do dinheiro. Após a conversa, Corrêa e Pizzolatti foram falar com Paulo Roberto Costa, que recusou fechar contrato, porque o empresário não tinha uma boa fama dentro da Petrobras. Alguns meses depois, a operação foi feita. De acordo com o ex-presidente do PP, Lula interferiu para que a transação saísse. A partir da delação, o Ministério Público investigará para onde foram os pixulecos do negócio.”
Isto, claro, se o ministro “amigo” dos petistas não melar a investigação.
– Delcídio do Amaral disse à VEJA desta semana que Lula comandava o esquema na Petrobras, tendo negociado a indicação dos diretores que assaltaram a estatal.
Em setembro, VEJA antecipou o que Lula disse a José Eduardo Dutra, segundo a delação de Pedro Corrêa, sobre a nomeação de Paulo Roberto Costa, o “Paulinho”: “É para nomear o Paulo Roberto. Tá decidido.”
Em seguida, Lula ameaçou demitir toda a diretoria da Petrobras, Dutra inclusive, se a ordem não fosse cumprida.
Dá para entender por que Lula e seus comparsas precisam de um “amigo” no Ministério da Justiça.
– Raul Jungmann, do PPS, entrou com representação no STF pedindo o afastamento de Aragão, porque, mesmo tendo integrado o Ministério Público antes da Constituição de 1988, ele não poderia ter assumido o cargo no Executivo. Motivo: os procuradores que assumiram a carreira antes de 88 têm direito aos benefícios do regime jurídico vigentes na data do ingresso, mas se submetem às mesmas proibições descritas no artigo 128 da Constituição Federal, entre elas a de exercer cargo de ministro.
Jungmann chamou de “deboche” a nomeação de Aragão, já que o STF havia barrado seu antecessor, o procurador baiano Wellington César Lima, vulgo WC. “Dilma trocou um membro do MP por outro, afrontando a Corte Suprema do País”, afirmou Jungmann.
O PT grita “não vai ter golpe” enquanto comete um golpe atrás do outro contra as leis e o povo do Brasil.