05.09.2015 | Raul Jungmann

05.09.2015

PPS NACIONAL

CPI CONVOCA DIRETORES DA PREVIC E PETROS

A CPI dos Fundos de Pensão aprovou, nesta quinta-feira, 11 requerimentos apresentados pelo PPS, entre pedidos de convocação de dirigentes da Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar), da Petros (Petrobras), e de acesso e compartilhamento de documentos das entidades de aposentadoria suplementar alvo de investigação da comissão.

Os requerimentos foram apresentados pelos deputados Hissa Abrahão (AM), terceiro vice-presidente do colegiado, e Raul Jungmann (PE). Um dos convocados a pedido do PPS é o diretor-superintendente da Previc, Carlos Alberto de Paulo.

“Queremos que o dirigente preste esclarecimentos sobre a dilapidação do patrimônio dos principais fundos de pensão das empresas estatais  [Correios, Caixa Econômica Federal, Petrobras e Banco do Brasil], pois em entrevista ao jornal El País, em maio deste ano, ele minimizou a situação de dificuldades enfrentadas pelo sistema de aposentadoria suplementar dessas empresas”, justificou Hissa Abrahão.

Também foi convocado para depor o diretor de Fiscalização da Previc, Sérgio Djundi Taniguchi. “Esse depoimento à CPI é importante para a CPI entender os investimentos incomuns e os consecutivos e bilionários déficits dos fundos de pensão, cuja fiscalização é de competência da Previc”, disse o parlamentar, ao citar que apenas o Postalis, fundo de pensão dos Correios, apresentou um déficit de R$ 31 bilhões no ano passado.

Outra convocação aprovada é a do ex-diretor de seguridade da Petros, Maurício França Rubem.  Segundo Hissa, a intenção é obter informações sobre os prejuízos causados pela má gestão e por decisões de investimentos suspeito quando Rubem ocupava cargo executivo no fundo de pensão.

A CPI aprovou ainda a convocação do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, do ex-vice-presidente da Engevix Gerson Almada, do empresário Milton Pascowitch e de seu irmão José Adolfo Pascowitch. Todos são citados na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Os depoimentos dos dirigentes e empresários ainda serão agendados pela CPI.