02.05.2015 | Raul Jungmann

02.05.2015

FOLHA DE PERNAMBUCO

FOGO CRUZADO

JUNGMANN NA DIREÇÃO ESTADUAL

A agilidade com que as cúpulas do PPS e do PSB decidiram em Brasília, na última quarta-feira, que os dois partidos virariam um só pegou muita gente de surpresa. Um dos que souberam da notícia pelos jornais foi Débora Albuquerque, presidente regional do PPS. Ela está chateada, e com razão, porque vai perder o cargo que ocupa. O PPS sumirá do mapa e não haverá espaço para ela na executiva estadual do PSB. O espaço a ser aberto vai ficar com Raul Jungmann.Inaldo Sampaio

 

RAUL JUNGMANN NAMORA O PSDB

ANDERSON BANDEIRA

Prestes a desembarcar do PPS, diante da fusão com o PSB, o deputado federal Raul Jungmann tem namorado o PSDB, com quem tem bom trânsito no estado e nacionalmente com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Segundo informações de bastidor, o parlamentar teria flertado com a alta cúpula tucana no Estado e dois fatores poderão ser essenciais para a ida do parlamentar para o ninho tucano.

Primeiro é que Jungmann já foi ministro de FHC, com quem tem bom relacionamento e conversa constantemente. O outro ponto é que no PSDB o parlamentar ficaria à vontade para continuar na oposição ferrenha ao Governo Dilma.

Nas coxias pós-comunista, a fusão do PPS com o PSB não foi bem digerida em Pernambuco. O entendimento é que no Estado, os pós-comunistas seriam engolidos pelos caciques socialistas, que deverão comandar e ter maior espaço com a nova sigla. Outro problema está relacionado às dificuldades de entendimento que o PPS tem em municípios como o Cabo de Santo Agostinho e Olinda.

Por essa razão, o deputado federal e o seu bloco se articula para mudar de legenda e continuar como aliado da Frente Popular para não perder a cadeira cativa na Câmara dos deputados. Além do PSDB, o outro caminho que ainda está em aberto e que os pós-comunistas poderão tomar seria o PMDB. Na ala peemedebista, Jungmann tem boa circulação com o deputado federal Jarbas Vasconcelos e o vice-governador Raul Henry.

Diante da movimentação dos aliados, na última quinta-feira o governador Paulo Câmara minimizou a onda de insatisfação com a fusão. Vice-presidente nacional do PSB, Câmara defendeu a união das siglas e garantiu que a decisão tem o respaldo da maioria dos pós-comunistas.

O gestor encarou as manifestações com naturalidade e disse que elas “fazem parte do processo democrático”. Na semana que vem a Executiva Estadual do PPS deverá se reunir para bater o martelo sobre o caminho que os pós-comunistas tomará. Procurado, Jungmann não foi localizado para comentar sobre a movimentação.

 

FOLHA POLÍTICA

Renata Bezerra de Melo

REFLEXÃO – Sentado ao lado de Jarbas Vasconcelos, na Câmara Federal, o deputado federal Raul Jungmann conversou longamente, na quarta, com o peemedebista. Estava, visivelmente, incomodado com a decisão do PPS de fundir com o PSB. Mas não tratou sobre eventual ingresso no PMDB.

 

 

BLOG DO INALDO SAMPAIO

PPS DEBATE NA PRÓXIMA SEGUNDA A PROPOSTA DE FUSÃO COM O PSB

A direção estadual do Partido Popular Socialista marcou para a próxima segunda-feira, dia 4, a reunião em que se discutirá a proposta de fusão com o Partido Socialista Brasileiro (PSB).

De acordo com o deputado Raul Jungmann, principal liderança do partido em Pernambuco, a reunião deveria ter ocorrido ontem (30) mas foi transferida para a próxima segunda na sede do Jet Clube, na Ilha do Leite.

Jungmann é um dos principais defensores da fusão, mas há resistência nas bases municipais. Um dos que reprovam essa tese é a vereadora Vera Lopes (Recife), para quem os candidatos do PPS tendem a fazer “cauda” para o PSB nas próximas eleições municipais.

Em São Paulo, o deputado federal e presidente nacional do partido, Roberto Freire, declarou que a fusão está acertada e deverá ser oficializada no próximo mês de junho em convenções separadas dos dois partidos.

Segundo ele, as conversas foram iniciadas por ele e Eduardo Campos, antes da campanha presidencial, e a finalidade da fusão é criar uma alternativa de esquerda no Brasil que se contraponha ao PT e ao PSDB.