ARTIGOS | Raul Jungmann
Artigos escritos por Raul Jungmann

COP 15, o balanço de véspera

As ruas de Copenhague estão salgadas a espera da neve que não veio até agora. De quebra, não será doce o balanço final desses 11 dias em que as atenções do mundo estarão postas nesse reino constitucional, outrora viking, pertencente a Escandinávia, cujo mais destacado nacional é Hans Andersen, dos homônimos contos. Não vamos ter metas globais e/ou vinculantes, isto é, que possam ser cobradas posteriormente. Não há “clima’ para isso, com perdão do trocadilho. Sem dúvida, com a chegada dos chefes de estado nessa quarta e o corre-corre das declarações, muita coisa vai parecer o que não é, e vai confundir incautos. Mas as decisões que deveremos ter podem ser agrupadas em três eixos: um fundo de curto prazo, até 2020, destinado a países pobres. Secundariamente, um avanço na definição do mecanismo de REDD, uma grana para conter as emissões decorrentes do desmatamento e degradação das florestas, e que nos interessa de perto. E, por fim e mais importante, um mandato ou compromisso sobre o que e como será negociado daqui prá frente e que vai culminar na COP (Conferência das Partes) número 16, a ocorrer ao final de 2010 no México. Se o mandato for para se estabelecer condições de um acordo, ai sim, sobre metas e vinculante, Copenhagen terá, a pesar dos pesares, sido um sucesso. Se não, bem, não pergunte por que os sinos dobram, meu caro(a), pois eles dobram por você. E pelo planeta. Raul Jungmann, de... Leia Mais

Luciano Siqueira não conhece Raul Jungmann, nem o prefeito João Paulo ou saudades de Pravda?

Para o honorável comissário Luciano Siqueira eu sou desinformado e preconceituoso ao criticar o prefeito João Paulo. Poder-se-ia esperar algo diferente do eterno vice-prefeito? Claro que não. Vocês sabem, PT e PC do B, tudo a ver! Mas vamos lá, ao trabalho. Para Luciano, sou desinformado e preconceituoso ao “acusar João Paulo de golpista, no sentido (sic) de tentar trapacear nas suas relações com Eduardo Campos e o PSB”. Primeiramente, falei que o prefeito iria apunhalar o governador, ou seja, iria traí-lo, romper com Dudu. Dar um golpe, ser golpista, é outra coisa, mas vá lá. Fundamento o meu raciocínio em duas premissas simples. Primeira, o PT terá candidato à presidência da República em 2010, logo um palanque em Pernambuco. E o governador, que tem por candidato Ciro Gomes, terá outro. Alguma dúvida? Sigamos. João Paulo, segundo Luciano, tem manifestado sua “preferência pessoal pelo secretário João da Costa, sem que isso tenha qualquer traço de imposição” (!!!). Ora, a verdade, sabem até as pedras, é que o prefeito empurra goela abaixo do seu partido e dos aliados o secretário que se diz “não ser um poste”. Ou será que as inumeráveis matérias de todos os jornais, relatando a briga de foice do PT, dos vários PTs, contra o “diktat” do general Lima e Silva são pura ficção? Caso não acredite na “mídia conspirativa”, sugiro abordar qualquer petista graduado, discretamente claro, e ouvirá cobras e lagartos de todos os que não rezam pela cartilha do burgomestre. Aliás, lá trás, nas páginas do JC, o próprio Luciano afirmou, no seu diplomaticíssimo estilo indireto, a mesma coisa, ou não? Ou será que... Leia Mais

Senso de Oportunidade

Domingo, página dois do Diário de Pernambuco, tenho realçado o meu “aguçado senso de oportunidade” – matéria de Aline Moura. Ao ler, vejo que por falta de espaço, talvez, o que disse fica algo truncado ou um mero detalhe no meio das outras informações. Essencialmente, ponderei à repórter que existem dois tipos de parlamentares: o PG e o PO. O primeiro seria o parlamentar e partido do governo, qualquer governo. É só dar uma olhada. Sarney, Collor, Itamar, FH, Lula, Jarbas, Eduardo Campos – eles estão sempre lá. Não sobrevivem, não se reproduzem, longe do poder das emendas, dos cargos, dos recursos públicos. Já o outro, o Parlamentar de Opinião, esse nada tem a dar material e individualmente ao eleitor – salvo se no governo. E, ai, deixando se ser um PO “puro”, para se tornar num híbrido. Valores, propostas, idéias e compromissos é o que tem a dar um parlamentar de opinião. Daí que o PO necessita de publicidade, da mídia, para fazer chegar aos eleitores aquilo que faz. Ou morre politicamente. Ergo, passa a ser tachado de exibido, caça-holofotes, oportunista, criador de espetáculo e factóides. Internamente (veja artigo da Dora Kramer abaixo), ele é detestado por parte da corporação. É que boa parte do Congresso, formada pelos PGs, segue na direção contrária. E, de mais a mais, não precisa da imprensa para seguir na política. Precisa do poder e das suas benesses. Claro, existe toda uma gradação entre PGs e POs, níveis ou tipos intermediários. Seria injusto não admitir. Mas o PO de fato sabe que vive sempre na área de risco. Ele precisa se expor, estar... Leia Mais

Uma Crítica ou “mais, não menos”

Dia seguinte ao julgamento e do show de truculência da polícia(?) do Senado, fui ao encontro do povão recifense, sentir o pulso popular sobre o caso. Para minha surpresa, excelente acolhida, total entendimento do que se passara. Na saída, um susto: uma senhora, no congestionado trânsito local, me reconhecera e baixando o vidro do carro, dedo em riste, sapecara um “não gostei, deputado, não gostei!” Surpreso, perguntei do que não gostara. Resposta rápida, “de não ter batido neles, de não ter quebrado aquilo tudo!.” Depois de dizer que não era assim, que não podia se fazer o que pedia, muito pelo contrário, saí refletindo com os meus botões. Se esse é o sentimento das ruas, e em grande parte é sim, isso dá uma medida da distância entre a rua e Brasília, a política e os políticos. E isso vai dar em que, pelo andar da carruagem? Cartas para a... Leia Mais

Inspetoria

Transcorria a sessão secreta do Senado aonde o seu presidente era julgado, quando, de repente, um senador renanzista, vindo da mesa em passos rápidos e dirigindo-se imperativo ao deputado Paulo Rubem PT/PE, exigiu que ele desligasse o seu celular. Ao que Paulo estendendo-lhe o aparelho, disse “é o meu filho. O sr. quer falar com ele?”. Pano... Leia Mais

COM(O)PESA

A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara, por iniciativa, boa, do deputado Eduardo da Fonte, irá realizar audiência pública com a participação da COMPESA, ARPE, usuários etc. sobre o descalabro que é o desperdício da Companhia. Pois bem, a audiência não será mais realizada esta semana, e sabem porque? COMPESA e ARPE mandariam substitutos, não viriam os seus titulares. Pode? O presidente da Comissão, deputado Cézar Silvestri PPS/PR, cancelou e remarcou a audiência. Prá quem não lembra: a COMPESA é a vice-recordista nacional de desperdício de água. São 257 milhões de metros cúbicos produzidos e 113 faturados. Ou seja, a “Companhia” (sic) joga fora 6 de cada dez litros que produz. E, ainda assim, propunha um reajuste de quase 10% dos seus serviços, e zero de redução da sua ineficiência, digna de constar no Guiness. Novamente:... Leia Mais
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