30/12/2011
A coragem do manifestante, mesmo que a gente discorde dele, é a grande garantia da democracia. Tradicionalmente, no fim de dezembro, a revista “Time” elege a “pessoa do ano” e lhe dedica sua capa. Nem sempre se trata de uma figura admirável. O critério da escolha é a influência, o peso -para o bem ou para o mal. Prova disso: em 1938, a pessoa do ano foi Adolf Hitler, e Stálin ganhou o título em 1939 por causa dos possíveis efeitos catastróficos do pacto germano-soviético de não agressão (certamente pouco apreciado pela “Time” e por seus leitores). Stálin foi pessoa do ano novamente (desta vez, por razões lisonjeiras) em 1942, pela vitória de Stalingrado, que mudou o curso da Segunda Guerra (1939-45). Como já sabíamos antes que a “Time” desta semana fosse publicada, a pessoa do ano de 2011 é “The Protester” -o protestador, no sentido de manifestante que contesta e protesta. A “Time” reconhece que há diferenças consideráveis entre as três categorias principais de protestadores do ano, ou seja, entre 1) os insurrectos da Primavera Árabe, que pediram (e muitos deles ainda pedem) uma mudança de regime; 2) os indignados europeus, desempregados e/ou ameaçados pela crise de seus Estados assistenciais e 3) os revoltados norte-americanos do movimento “Ocupe Wall Street”, descontentes com a desigualdade e com o poder do capital financeiro (um pouco no espírito da revolta de Seattle em 1999). Mas a revista julga que os traços comuns a esses grupos são mais importantes que suas diferenças: nos três casos, a massa dos protestadores é composta de jovens, instruídos, de classe média, que não se... Leia Mais
30/12/2011
A coragem do manifestante, mesmo que a gente discorde dele, é a grande garantia da democracia. Tradicionalmente, no fim de dezembro, a revista “Time” elege a “pessoa do ano” e lhe dedica sua capa. Nem sempre se trata de uma figura admirável. O critério da escolha é a influência, o peso -para o bem ou para o mal. Prova disso: em 1938, a pessoa do ano foi Adolf Hitler, e Stálin ganhou o título em 1939 por causa dos possíveis efeitos catastróficos do pacto germano-soviético de não agressão (certamente pouco apreciado pela “Time” e por seus leitores). Stálin foi pessoa do ano novamente (desta vez, por razões lisonjeiras) em 1942, pela vitória de Stalingrado, que mudou o curso da Segunda Guerra (1939-45). Como já sabíamos antes que a “Time” desta semana fosse publicada, a pessoa do ano de 2011 é “The Protester” -o protestador, no sentido de manifestante que contesta e protesta. A “Time” reconhece que há diferenças consideráveis entre as três categorias principais de protestadores do ano, ou seja, entre 1) os insurrectos da Primavera Árabe, que pediram (e muitos deles ainda pedem) uma mudança de regime; 2) os indignados europeus, desempregados e/ou ameaçados pela crise de seus Estados assistenciais e 3) os revoltados norte-americanos do movimento “Ocupe Wall Street”, descontentes com a desigualdade e com o poder do capital financeiro (um pouco no espírito da revolta de Seattle em 1999). Mas a revista julga que os traços comuns a esses grupos são mais importantes que suas diferenças: nos três casos, a massa dos protestadores é composta de jovens, instruídos, de classe média, que não se... Leia Mais
30/12/2011
A coragem do manifestante, mesmo que a gente discorde dele, é a grande garantia da democracia. Tradicionalmente, no fim de dezembro, a revista “Time” elege a “pessoa do ano” e lhe dedica sua capa. Nem sempre se trata de uma figura admirável. O critério da escolha é a influência, o peso -para o bem ou para o mal. Prova disso: em 1938, a pessoa do ano foi Adolf Hitler, e Stálin ganhou o título em 1939 por causa dos possíveis efeitos catastróficos do pacto germano-soviético de não agressão (certamente pouco apreciado pela “Time” e por seus leitores). Stálin foi pessoa do ano novamente (desta vez, por razões lisonjeiras) em 1942, pela vitória de Stalingrado, que mudou o curso da Segunda Guerra (1939-45). Como já sabíamos antes que a “Time” desta semana fosse publicada, a pessoa do ano de 2011 é “The Protester” -o protestador, no sentido de manifestante que contesta e protesta. A “Time” reconhece que há diferenças consideráveis entre as três categorias principais de protestadores do ano, ou seja, entre 1) os insurrectos da Primavera Árabe, que pediram (e muitos deles ainda pedem) uma mudança de regime; 2) os indignados europeus, desempregados e/ou ameaçados pela crise de seus Estados assistenciais e 3) os revoltados norte-americanos do movimento “Ocupe Wall Street”, descontentes com a desigualdade e com o poder do capital financeiro (um pouco no espírito da revolta de Seattle em 1999). Mas a revista julga que os traços comuns a esses grupos são mais importantes que suas diferenças: nos três casos, a massa dos protestadores é composta de jovens, instruídos, de classe média, que não se... Leia Mais
22/09/2011
*por Heitor Scalambrini Costa Já esta se tornando lugar comum, com toda pompa e marketing político, os anúncios bombásticos feito pelo governador de Pernambuco a respeito da chegada de novas empresas que vem para aqui se instalar, quase sempre em alguma cidade no entorno do complexo industrial e portuário de Suape. A imprensa saúda o progresso chegando, o dinamismo da economia pernambucana. Três palavras chaves são abusadamente utilizadas e propagandeadas aos quatro ventos, justificando e anestesiando a população em geral e os setores da elite local, que de dia cantam loas a necessidade de proteger a natureza, o meio ambiental, mas na calada da noite, estimulam, promovem e saqueiam as matas, os rios e o ar que respiramos. Progresso, criação de postos de trabalho e geração de renda, bendita seja esta tríade que consegue calar toda uma população, e consentir que a geração futura pague um alto preço pela irresponsabilidade de alguns, mas com o consentimento de muitos. Pernambuco é um exemplo de que estamos acelerando em marcha a ré, na contra mão de oferecer melhor qualidade de vida ao seu povo, e perdendo a oportunidade de mudar o paradigma atual, baseado no chamado “crescimento predatório”, que utiliza argumentos do século passado de que o “novo ciclo de desenvolvimento (?)” é a “redenção econômica do Estado (?)” e assim exige o “sacrifício ambiental”. Palavras entre aspas ditas pelos gestores públicos que tentam confundir, como um discurso pela busca de sustentabilidade entre empresas e governo, mas que aumenta o consumo e a produção de energia suja. Não bastasse a devastação dos últimos resquícios de mata atlântica, de... Leia Mais
22/09/2011
*por Heitor Scalambrini Costa Já esta se tornando lugar comum, com toda pompa e marketing político, os anúncios bombásticos feito pelo governador de Pernambuco a respeito da chegada de novas empresas que vem para aqui se instalar, quase sempre em alguma cidade no entorno do complexo industrial e portuário de Suape. A imprensa saúda o progresso chegando, o dinamismo da economia pernambucana. Três palavras chaves são abusadamente utilizadas e propagandeadas aos quatro ventos, justificando e anestesiando a população em geral e os setores da elite local, que de dia cantam loas a necessidade de proteger a natureza, o meio ambiental, mas na calada da noite, estimulam, promovem e saqueiam as matas, os rios e o ar que respiramos. Progresso, criação de postos de trabalho e geração de renda, bendita seja esta tríade que consegue calar toda uma população, e consentir que a geração futura pague um alto preço pela irresponsabilidade de alguns, mas com o consentimento de muitos. Pernambuco é um exemplo de que estamos acelerando em marcha a ré, na contra mão de oferecer melhor qualidade de vida ao seu povo, e perdendo a oportunidade de mudar o paradigma atual, baseado no chamado “crescimento predatório”, que utiliza argumentos do século passado de que o “novo ciclo de desenvolvimento (?)” é a “redenção econômica do Estado (?)” e assim exige o “sacrifício ambiental”. Palavras entre aspas ditas pelos gestores públicos que tentam confundir, como um discurso pela busca de sustentabilidade entre empresas e governo, mas que aumenta o consumo e a produção de energia suja. Não bastasse a devastação dos últimos resquícios de mata atlântica, de... Leia Mais
22/09/2011
*Por Raul Jungmann Diante do atual quadro político com o qual se defrontam as oposições no Recife, o nosso partido tem duas linhas de ação, articuladas e sequenciadas, definidas interna e nacionalmente.Derrotar o atual bloco de forças que se articula nos planos nacional, estadual e local é a óbvia prioridade para o PPS. Nossa meta é a busca de um candidato unitário e que aglutine a todos nós numa proposta vencedora. Isto quer dizer que o PPS terá candidatura própria, se e somente se, as oposições não se unirem em torno de um único palanque. Ou se esta “unidade una”, nota bene, não venha a ser a melhor estratégia para o conjunto enfrentar o governo. É isso que temos pregado qual um mantra, incansavelmente. E não apenas pregado. Quando propusemos a Mesa da Unidade/MDU, estávamos praticando, agindo, na direção do que pregávamos. E, até aqui, a MDU tem sido um sucesso, dada a consciência coletiva dos seus membros e o alto nível de maturidade alcançado. Aliás, é engraçado ver diariamente na imprensa o obituário da Mesa, em razão dela abrigar diversas candidaturas que, pelo simples fato de existir, a colocam em crise permanente. Pois é justamente da existência das múltiplas candidaturas que a MDU existe! Se elas não existissem ou tivéssemos nós apenas um candidato desde já, para que a Mesa?! Aliás, para que unidade?… Afinal, o que é uno é idêntico a si mesmo. Daí que a MDU pode chegar viva até as eleições. Tudo dependerá da melhor estratégia a seguir do nosso lado. Mas ela pode também não sobreviver até lá, caso a... Leia Mais