ARTIGOS | Raul Jungmann
Artigos escritos por Raul Jungmann

MEMÓRIA: MARTIN LUTHER KING JR.

  Há exatos 42 anos atrás, ao sair de um hotel onde estava hospedado na cidade de Memphis, Tennessee, EUA, Martin Luther King, então com 39 anos, foi assassinado. Filho de pai agricultor e mãe protestante, King nascera em Atlanta, na Geórgia e ganhara notoriedade quando uma negra de nome Rosa Parks, foi sentenciada por não ceder seu lugar a uma mulher branca em um ônibus na cidade de Montgomery, Alabama, centro do racismo sulista de então. Luther King Jr. liderou os protestos pela prisão de Rosa, que duraram mais de um ano e que findaram com a Suprema Corte dos EUA decidindo em seu favor e acabando com a discriminação nos transportes. De então até a sua morte, ele lideraria  o movimento pelos direitos civis de negros e mulheres, o qual culminaria com a grande marcha de 200.000 pessoas até Washington em 1963, aonde ele proferiria o seu mais famoso discurso, “Eu tenho um sonho”. Em 1964 ganhou o Premio Nobel da Paz, tornando-se o seu mais jovem vencedor. Sua importância para  luta pelos direitos civis, dos negros e minorias, é dada pela Lei dos Direitos Civis, do mesmo ano, e pela Lei Direito do Voto, de 1965. Sua influência se estenderá muito além da sua morte, na luta pela igualdade racial, direito à diversidade e das minorias e outras causas que formam a luta pela democracia e pluralidade modernas. Frases: “Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados pelo seu caráter e não pela cor da sua pele”. “O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.” ” O... Leia Mais

Professor desabafa e se diz frustrado com governo. A coisa tá braba

Blog de Jamildo Educaçao Humilhada – Não bastasse ostentar o título de pior salário do Brasil e índices de aprendizagem abaixo das médias nacionais, a educação no estado de Pernambuco recebe mais um golpe que a colocará ainda mais pra baixo em termos qualitativos. Submetidos a cargas horárias estafantes, em salas de aulas quentes e muitas vezes lotadas, os professores já não rendem o que deveria e esta situação tende a piorar. É que a auto-estima desses profissionais anda a nível de subsolo. É difícil conceber tantas humilhações a um profissional tão importante na construção de uma sociedade melhor. Mais humilhante ainda é ser usado, governos após gorvernos, em discursos demagogos, falsos. Todos falam em educação, mais e mais institutos são criados para melhorá-la. Mas quem está lá na ponta, convivendo com alunos, que muitas vezes são jogados pelos pais se é que os têm, e recebendo insultos e cobranças somos nós, professores. Fazemos, na maioria das vezes, a função de psicológos, assistentes sociais, pais, diante da carência e dificuldades de nossos alunos vitimados por uma sociedade injusta e excludente. Se o governo Eduardo nos pagasse na medida das cobranças que tem feito, certamente teríamos salários maiores do que muitas categorias. Na sua política de educação, que exige quase dedicação exclusiva do professor, o que vale é tirar leite de pedra.  Aqui a máxima do princípio da sinergia funciona a todo vapor: tirar o máximo de resultado com o mínimo de investimento no profissional. No entanto, não adiante revitalizar as estruturas físicas das escolas tendo dentro delas profissionais sem ânimo. Com um sindicato inerte, atrelado ao governo, a situação... Leia Mais

A coisa está ficando preta – Patrulhamento Geral

Texto de Procópio Júnior O primeiro jornalista a sofrer cerceamento do direito de bem informar, em consequência dos seus verdadeiros, contundentes e procedentes comentários contra os desmandos do atual governo, foi o Boris Casoy. De acordo com o noticiário da época, ele foi demitido a pedido do próprio Lulla. Entretanto aos olhos dos menos atentos, a coisa vem se agravando de maneira avassaladora e perigosa, senão vejamos: O Programa do Jô tirou do ar (sem dar qualquer satisfação ao público) o quadro “As Meninas do Jô” que era apresentado às quartas feiras onde as jornalistas Lilian Witifibe, Ana Maria Tahan, Cristiana Lobo, Lúcia Hippólito e, por vezes, outras mais, traziam à público e debatiam todas as falcatruas perpetradas pelo atual governo. As entrevistas sobre temas políticos não têm sido mais levadas a efeito atualmente. Virou um programa de amenidades e sem qualquer brilhantismo. O jornalista Arnaldo Jabor, considerado desafeto pelo governo atual, vem sofrendo, de forma velada e sistemática, todo tipo retaliação. Já foi processado, condenado, amordaçado e por aí vai. Sua participação diária, às 07:10 na Rádio CBN tem se limitado a assuntos sem a relevância que tinha, haja vista que está impedido de falar sobre assuntos que envolvam a política nacional e o atual governo… A jornalista Lúcia Hippólito, que tinha uma participação diária, às 07:55 hs na Rádio CBN, não está mais ocupando o microfone da emissora como fazia e nenhum comunicado foi feito pelo âncora do horário, o jornalista Heródoto Barbeiro. Sorrateiramente, colocaram-na como âncora em outro horário, onde enfoca matérias mais amenas e sem a habitual, verdadeira e procedente contundência. Diogo Mainard, da Revista Veja, além... Leia Mais

Prisioneiro de consciência

Ainda repercute, no Brasil e no exterior, a infeliz declaração do presidente Lula, comparando dissidentes políticos em greve de fome na ilha dos irmãos Castro com bandidos comuns de São Paulo. A redução dos chamados “prisioneiros de consciência” a delinquentes de rua revoltou muita gente. O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, divulgou nota em que condenou a banalização de um recurso extremo como a greve de fome, “um símbolo de resistência a um regime autoritário que não admite contestações”. O cientista político Eduardo Viola, em entrevista ao JC no dia 14, classificou como desastrosa a comparação do presidente da República. Segundo Viola, o episódio “mostra uma atitude muito preocupante em relação à insensibilidade ao desrespeito pelos direitos humanos”, por parte de Lula. O presidente brasileiro estaria efetuando, nos últimos meses, uma espécie de volta às origens, reassumindo históricas bandeiras autoritárias do Partido dos Trabalhadores, postas de lado depois que o PT conquistou o poder. Além disso, Lula permite escapar em repetidas incontinências verbais um viés autoritário de personalidade que não enxerga qualquer problema no apoio pessoal e institucional a ditadores como os irmãos Castro ou o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. A cubana Alejandrina García, uma das Damas de Branco – mulheres e mães de dissidentes presos há sete anos, que foram recentemente agredidas e proibidas de se manifestar – fez um apelo ao presidente do Brasil. “Lula é presidente hoje, mas amanhã não será. Como homem, ele tem consciência de que esses homens estão injustamente na prisão. Lutamos por uma Cuba livre e pedimos solidariedade internaciona””, lembrou Alejandrina em entrevista publicada no... Leia Mais

O presidente Lula e a morte de Zapata

Morreu, nos porões da ditadura cubana, um pedreiro, negro, pobre, ativista dos direitos humanos, Orlando Zapata Tamoyo, 44 anos, preso desde 2003 nos cárceres de Cuba. Esse fato precisa ser lamentado duplamente porque, praticamente no instante em que morria nos porões de Cuba esse militante dos direitos humanos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciava missão oficial àquele país. Dias antes, ficamos sabendo, pela imprensa, que o presidente recebera uma carta que lhe pedia que intercedesse em favor dos presos políticos. Refletindo hoje o que é consenso – qual seja a posição internacional desfrutada pelo presidente do Brasil e as suas relações históricas e de amizade com os líderes e com o regime cubano -, pediu-se que ele intercedesse em prol dos direitos humanos, em favor da melhoria das condições carcerárias, em favor dos direitos e da justiça dos prisioneiros de consciência, como bem diz a ONU, que hoje se encontram nos cárceres cubanos. O presidente teve duas reações: disse que desconhecia essa carta e invocou uma vez mais, como o nosso Itamaraty, a não intervenção para não se imiscuir nas questões internas referentes ao regime cubano. Isso já forma uma série histórica. É a mesma resposta padrão que o Brasil vem dando para o que ocorreu no Sri Lanka, quando os Tigres Tamis foram literalmente dizimados – eles próprios também agressores dos direitos humanos. E o Brasil? Em lugar de aprovar resolução proposta no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, preferiu evitar a condenação tanto de um lado quanto do outro, o que foi pública e internacionalmente denunciado pelas entidades e associações de direitos humanos. A... Leia Mais

O presidente Lula e a morte de Zapata

Morreu, nos porões da ditadura cubana, um pedreiro, negro, pobre, ativista dos direitos humanos, Orlando Zapata Tamoyo, 44 anos, preso desde 2003 nos cárceres de Cuba. Esse fato precisa ser lamentado duplamente porque, praticamente no instante em que morria nos porões de Cuba esse militante dos direitos humanos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciava missão oficial àquele país. Dias antes, ficamos sabendo, pela imprensa, que o presidente recebera uma carta que lhe pedia que intercedesse em favor dos presos políticos. Refletindo hoje o que é consenso – qual seja a posição internacional desfrutada pelo presidente do Brasil e as suas relações históricas e de amizade com os líderes e com o regime cubano -, pediu-se que ele intercedesse em prol dos direitos humanos, em favor da melhoria das condições carcerárias, em favor dos direitos e da justiça dos prisioneiros de consciência, como bem diz a ONU, que hoje se encontram nos cárceres cubanos. O presidente teve duas reações: disse que desconhecia essa carta e invocou uma vez mais, como o nosso Itamaraty, a não intervenção para não se imiscuir nas questões internas referentes ao regime cubano. Isso já forma uma série histórica. É a mesma resposta padrão que o Brasil vem dando para o que ocorreu no Sri Lanka, quando os Tigres Tamis foram literalmente dizimados – eles próprios também agressores dos direitos humanos. E o Brasil? Em lugar de aprovar resolução proposta no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, preferiu evitar a condenação tanto de um lado quanto do outro, o que foi pública e internacionalmente denunciado pelas entidades e associações de direitos humanos. A... Leia Mais
Página 24 de 58« Primeira...10...2223242526...304050...Última »