ARTIGOS | Raul Jungmann
Artigos escritos por Raul Jungmann

Stédile diz que a reforma agrária regrediu no governo Lula

Em matéria no site da UOL com destaque, o João Pedro Stédile, eterno e  líder maior do MST, não disse bem isso, que é o título do texto. Ele falou, na verdade, que a reforma agrária, sob o governo Lula, desapropriou menos que o governo Fernando Henrique Cardoso nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste. Ou seja, o atual governo do PT só ganharia do anterior nas regiões Norte e Centro Oeste. Complicado! Quem entende de reforma agrária sabe que é nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste que um governo “testa” a sua real vontade de fazer uma distribuição de terras no Brasil. Isso porque nas regiões Norte e Centro-Oeste, as terras são abundantes e de baixo custo de desapropriação. Mesmo que nestas regiões haja um sério défict de infra-estrutura e sejam exigidos cuidados adicionais com o meio ambiente. Verdade que Stédile acusa o governo Lula de “fazer o mesmo que o Jungmann, ministro de FHC”, ao expandir a reforma para o Norte (não expandimos). Mas, do ponto de vista tortuoso dele, se o atual governo repete o que o anterior fez na, digamos, Amazônia Legal, e faz menos no Nordeste, Sul e Sudeste, então, a conclusão, irrefutável, é que o governo Lula faz uma reforma agrária menor que a da era FHC, e é um retrocesso, não um avanço. Pois é, quem diria, não? Veja a matéria publicada no... Leia Mais

Stédile diz que a reforma agrária regrediu no governo Lula

Em matéria no site da UOL com destaque, o João Pedro Stédile, eterno e  líder maior do MST, não disse bem isso, que é o título do texto. Ele falou, na verdade, que a reforma agrária, sob o governo Lula, desapropriou menos que o governo Fernando Henrique Cardoso nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste. Ou seja, o atual governo do PT só ganharia do anterior nas regiões Norte e Centro Oeste. Complicado! Quem entende de reforma agrária sabe que é nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste que um governo “testa” a sua real vontade de fazer uma distribuição de terras no Brasil. Isso porque nas regiões Norte e Centro-Oeste, as terras são abundantes e de baixo custo de desapropriação. Mesmo que nestas regiões haja um sério défict de infra-estrutura e sejam exigidos cuidados adicionais com o meio ambiente. Verdade que Stédile acusa o governo Lula de “fazer o mesmo que o Jungmann, ministro de FHC”, ao expandir a reforma para o Norte (não expandimos). Mas, do ponto de vista tortuoso dele, se o atual governo repete o que o anterior fez na, digamos, Amazônia Legal, e faz menos no Nordeste, Sul e Sudeste, então, a conclusão, irrefutável, é que o governo Lula faz uma reforma agrária menor que a da era FHC, e é um retrocesso, não um avanço. Pois é, quem diria, não? Veja a matéria publicada no... Leia Mais

Stédile diz que a reforma agrária regrediu no governo Lula

Em matéria no site da UOL com destaque, o João Pedro Stédile, eterno e  líder maior do MST, não disse bem isso, que é o título do texto. Ele falou, na verdade, que a reforma agrária, sob o governo Lula, desapropriou menos que o governo Fernando Henrique Cardoso nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste. Ou seja, o atual governo do PT só ganharia do anterior nas regiões Norte e Centro Oeste. Complicado! Quem entende de reforma agrária sabe que é nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste que um governo “testa” a sua real vontade de fazer uma distribuição de terras no Brasil. Isso porque nas regiões Norte e Centro-Oeste, as terras são abundantes e de baixo custo de desapropriação. Mesmo que nestas regiões haja um sério défict de infra-estrutura e sejam exigidos cuidados adicionais com o meio ambiente. Verdade que Stédile acusa o governo Lula de “fazer o mesmo que o Jungmann, ministro de FHC”, ao expandir a reforma para o Norte (não expandimos). Mas, do ponto de vista tortuoso dele, se o atual governo repete o que o anterior fez na, digamos, Amazônia Legal, e faz menos no Nordeste, Sul e Sudeste, então, a conclusão, irrefutável, é que o governo Lula faz uma reforma agrária menor que a da era FHC, e é um retrocesso, não um avanço. Pois é, quem diria, não? Veja a matéria publicada no... Leia Mais

Ainda somos socialistas? Carta aberta ao Presidente Roberto Freire

Prezado Roberto, A proposta de resolução política do XVI Congresso Nacional do PPS não dedica nenhum dos seus capítulos, nenhuma das suas seções, nenhuma das suas propostas ao tema do socialismo. Salvo uma referência histórica – “um legado que recebemos do PCB” -, o termo socialismo não aparece uma única vez em todo texto, aliás, a exemplo do que já acontecera quando do XV Congresso do PPS.  Qual a razão disso? Afinal, somos socialistas no nome e nos identificamos enquanto tal. Quando narramos a nossa história, enfatizamos nosso passado comunista e o nosso presente socialista. Aliás, é a partir da nossa identidade que criticamos, nos aliamos ou competimos, com liberais, social-democratas, social-liberais ou democratas cristãos, em torno de um projeto para o país e o mundo. Verdade que o socialismo vive momentos difíceis, seja enquanto possibilidade histórica, seja enquanto conceito. Porém, isso já nos aconteceu antes, sem que deixássemos de sê-lo ou de acreditar na sua promessa e possibilidades. Como proposta originada da sociedade industrial do século XIX e diante das radicais transformações porque passou o mundo de lá para cá, sem dúvida, nosso ideário está a requerer ampla revisão e atualização. Certamente, assim como todas as demais propostas e programas políticos que lhe são contemporâneas, como a social-democracia e o liberalismo, o qual a vive uma das suas grandes crises cíclicas. Abordo em público esse tema, Presidente, não pelo prazer de polemizar às portas do nosso Congresso. Mas porque me ressinto, e acredito que muitos companheiros mais, dos efeitos nocivos, decorrentes desse progressivo alheamento e distanciamento do que, afinal, nos distingue (ou ao menos deveria distinguir) no cenário... Leia Mais

Ainda somos socialistas? Carta aberta ao Presidente Roberto Freire

Prezado Roberto, A proposta de resolução política do XVI Congresso Nacional do PPS não dedica nenhum dos seus capítulos, nenhuma das suas seções, nenhuma das suas propostas ao tema do socialismo. Salvo uma referência histórica – “um legado que recebemos do PCB” -, o termo socialismo não aparece uma única vez em todo texto, aliás, a exemplo do que já acontecera quando do XV Congresso do PPS.  Qual a razão disso? Afinal, somos socialistas no nome e nos identificamos enquanto tal. Quando narramos a nossa história, enfatizamos nosso passado comunista e o nosso presente socialista. Aliás, é a partir da nossa identidade que criticamos, nos aliamos ou competimos, com liberais, social-democratas, social-liberais ou democratas cristãos, em torno de um projeto para o país e o mundo. Verdade que o socialismo vive momentos difíceis, seja enquanto possibilidade histórica, seja enquanto conceito. Porém, isso já nos aconteceu antes, sem que deixássemos de sê-lo ou de acreditar na sua promessa e possibilidades. Como proposta originada da sociedade industrial do século XIX e diante das radicais transformações porque passou o mundo de lá para cá, sem dúvida, nosso ideário está a requerer ampla revisão e atualização. Certamente, assim como todas as demais propostas e programas políticos que lhe são contemporâneas, como a social-democracia e o liberalismo, o qual a vive uma das suas grandes crises cíclicas. Abordo em público esse tema, Presidente, não pelo prazer de polemizar às portas do nosso Congresso. Mas porque me ressinto, e acredito que muitos companheiros mais, dos efeitos nocivos, decorrentes desse progressivo alheamento e distanciamento do que, afinal, nos distingue (ou ao menos deveria distinguir) no cenário... Leia Mais

Ainda somos socialistas? Carta aberta ao Presidente Roberto Freire

Prezado Roberto, A proposta de resolução política do XVI Congresso Nacional do PPS não dedica nenhum dos seus capítulos, nenhuma das suas seções, nenhuma das suas propostas ao tema do socialismo. Salvo uma referência histórica – “um legado que recebemos do PCB” -, o termo socialismo não aparece uma única vez em todo texto, aliás, a exemplo do que já acontecera quando do XV Congresso do PPS.  Qual a razão disso? Afinal, somos socialistas no nome e nos identificamos enquanto tal. Quando narramos a nossa história, enfatizamos nosso passado comunista e o nosso presente socialista. Aliás, é a partir da nossa identidade que criticamos, nos aliamos ou competimos, com liberais, social-democratas, social-liberais ou democratas cristãos, em torno de um projeto para o país e o mundo. Verdade que o socialismo vive momentos difíceis, seja enquanto possibilidade histórica, seja enquanto conceito. Porém, isso já nos aconteceu antes, sem que deixássemos de sê-lo ou de acreditar na sua promessa e possibilidades. Como proposta originada da sociedade industrial do século XIX e diante das radicais transformações porque passou o mundo de lá para cá, sem dúvida, nosso ideário está a requerer ampla revisão e atualização. Certamente, assim como todas as demais propostas e programas políticos que lhe são contemporâneas, como a social-democracia e o liberalismo, o qual a vive uma das suas grandes crises cíclicas. Abordo em público esse tema, Presidente, não pelo prazer de polemizar às portas do nosso Congresso. Mas porque me ressinto, e acredito que muitos companheiros mais, dos efeitos nocivos, decorrentes desse progressivo alheamento e distanciamento do que, afinal, nos distingue (ou ao menos deveria distinguir) no cenário... Leia Mais
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