ARTIGOS | Raul Jungmann
Artigos escritos por Raul Jungmann

Começa mal o novo diretor da HEMOBRÁS

Nas páginas do Jornal do Commercio de hoje, leio que o sr. Rômulo Maciel considera algo alvissareiro o “exercício democrático” da oposição, referindo-se às denúncias do deputado André de Paula, líder da Minoria na Câmara dos Deputados, sobre a fábrica de hemoderivados. Estaria o sr. Rômulo a querer dizer que a oposição é antidemocrática ou golpista? Ora, num regime democrático, o exercício da crítica é papel da oposição pois ela, ainda que não fazendo parte do governo, é parte da governabilidade ou seja, da manutenção das instituições democráticas. Com suas palavras, o novo diretor estaria querendo afirmar que nós da oposição, nem sempre agimos assim? Que seja claro e o diga, sem rodeios. Mas o melhor vem adiante. O Sr. Rômulo Maciel exige que a Hemobrás não seja levada ao “palanque eleitoral, não seja arrastada às eleições pela oposição”. Ora, ora, ora, sr. Rômulo, faça-me o favor! Pode o governo levar as suas obras e serviços ao palanque, como o PAC por exemplo, e a oposição não pode as suas críticas? E o que será dela, se ao lado de propostas, não levar à opinião pública os erros e omissões do governo no cumprimento das suas promessas? Calar a oposição ou uma oposição domada é o sonho de todo espírito autoritário, tirânico. E é isso que fica evidente na fala do novo diretor. Sob a aparência de “compreensão” e “aceitação” das justas críticas da oposição, não a reconhece e a quer calada. Não terá. As obras da fábrica de hemoderivados em Pernambuco são um escândalo de manipulação perversa dos sonhos dos pernambucanos. Inúmeras vezes “lançadas” e prometidas, estão na estaca zero, como até o presidente Lula foi forçado a reconhecer.... Leia Mais

A bagunça do ENEM

Parece não ter fim os desrespeitos a que são submetidos os mais de 4 milhões de jovens brasileiros e 231 mil pernambucanos que devem se submeter ao exame do ENEM. Agora, após o atraso fruto do vazamento das provas, a incerteza de onde farão os testes. Mais: quem mora na zona norte, em Recife, poderá ir fazer a prova na zona sul e vice versa. E todos, já bastante sofridos, tem que ficar atentos para, ao receber o cartão do exame, checar se as informações são de fato aquelas. É demais! Diz a empresa(?) responsável(?) que alguns prédios alugados podem tornar-se indisponíveis e os alunos que se danem! Não é sério e é desrespeitoso. Uma empresa(?) receber milhões de reais para prestar um serviço dessa qualidade é caso de polícia. A verdade é outra, é o MEC que não tem capacidade de gerir o ENEM, e os estudantes que paguem a conta. Vamos propor mudanças e uma outra forma de planejar e executar o ENEM. Inicalmente, vou pedir informações ao MEC, em seguida levar o assunto a professores e técnicos da UFPE e de outras universidades e consultoras. Para, daí, chegar a uma proposta e discutí-la publicamente. Esse abuso com os nossos jovens precisa... Leia Mais

Ahmadinejad, o Irã e nós

Ainda que nos desgoste a repressão desatada nas últimas eleições presidenciais no Irã e que a negativa do presidente iraniano sobre o massacre de judeus na II Guerra nos cause repulsa e afronta, a questão central e diplomática está no projeto nuclear daquele país. Caso o Irã desenvolva um programa nucelar para fins militares, e não pacíficos como diz, mais cedo ou mais tarde Israel bombardeará as suas instalações e a guerra, com duração, extensão e mortes imprevisíveis recairá sobre o Oriente Médio uma vez mais. O Brasil pode fazer algo para evitar isso? Muito pouco ou quase nada. Não temos influência efetiva naquela região. Não temos poder militar ou mesmo presença economica expressiva por lá. Então, temos apenas nossas credenciais, de um país emergente, com uma crescente projeção internacional e um histórico diplomático de seriedade e equilíbrio. E nada mais. Logo, quem tem a ganhar com esse encontro, entre os presidentes Lula e Ahmadinejad, é o Irã e não nós. Se aqui, ao nosso lado, no conflito entre Colombia e Venezuela, não conseguimos por ordem na casa, que dirá lá, aonde potências como os EUA, Russia, China etc não vem tendo sucesso. Por trás da posição do Brasil em relação ao Irã, está o desejo do governo Lula de alcançar a tão desejada cadeira no Conselho de Segurança da ONU. Como resultado, podemos ficar mais distantes dela e de quebra, arranhar nossa credibilidade... Leia Mais

Compenhague adeus?

A reunião do Presidente Barack Obama com 21 líderas asiáticos do Pacífico transferindo para 2010 a definição de metas para o clima é uma ducha de água fria na Conferência da ONU sobre o clima, a se realizar em dezembro em Copenhague, no início de dezembro.Se frustra, e muito, a todos que esperávamos uma resposta global ao desafio urgente das mudanças climáticas e seus impactos, ela porém tem uma dose de realismo. A começar pelos EUA, aonde o Congresso americano, às voltas com duas guerras e o polêmico programa para a área da saúde de Obama, não tem espaço para enfrentar uma discussão decisiva e, para os EUA, difícil sobre meio ambiente.Aliás, o presidente Lula, em encontro com o Presidente Nicolas Sarkosy, em certa medida previra isso quando denunciara que China e Estados Unidos estariam formando um G-2 para decidir os rumos da Conferência. Nos preparávamos para estar em Copenhague, no dia 7 de dezembro. E continuamos com esse propósito. Mas é preciso acompanhar os desdobramentos da reunião dos ameircanos e asiáticos para saber se a Conferência do Clima terá o clima necessário para produzir resultados. Tomara que... Leia Mais

Compenhague adeus?

A reunião do Presidente Barack Obama com 21 líderas asiáticos do Pacífico transferindo para 2010 a definição de metas para o clima é uma ducha de água fria na Conferência da ONU sobre o clima, a se realizar em dezembro em Copenhague, no início de dezembro.Se frustra, e muito, a todos que esperávamos uma resposta global ao desafio urgente das mudanças climáticas e seus impactos, ela porém tem uma dose de realismo. A começar pelos EUA, aonde o Congresso americano, às voltas com duas guerras e o polêmico programa para a área da saúde de Obama, não tem espaço para enfrentar uma discussão decisiva e, para os EUA, difícil sobre meio ambiente.Aliás, o presidente Lula, em encontro com o Presidente Nicolas Sarkosy, em certa medida previra isso quando denunciara que China e Estados Unidos estariam formando um G-2 para decidir os rumos da Conferência. Nos preparávamos para estar em Copenhague, no dia 7 de dezembro. E continuamos com esse propósito. Mas é preciso acompanhar os desdobramentos da reunião dos ameircanos e asiáticos para saber se a Conferência do Clima terá o clima necessário para produzir resultados. Tomara que... Leia Mais

Compenhague adeus?

A reunião do Presidente Barack Obama com 21 líderas asiáticos do Pacífico transferindo para 2010 a definição de metas para o clima é uma ducha de água fria na Conferência da ONU sobre o clima, a se realizar em dezembro em Copenhague, no início de dezembro.Se frustra, e muito, a todos que esperávamos uma resposta global ao desafio urgente das mudanças climáticas e seus impactos, ela porém tem uma dose de realismo. A começar pelos EUA, aonde o Congresso americano, às voltas com duas guerras e o polêmico programa para a área da saúde de Obama, não tem espaço para enfrentar uma discussão decisiva e, para os EUA, difícil sobre meio ambiente.Aliás, o presidente Lula, em encontro com o Presidente Nicolas Sarkosy, em certa medida previra isso quando denunciara que China e Estados Unidos estariam formando um G-2 para decidir os rumos da Conferência. Nos preparávamos para estar em Copenhague, no dia 7 de dezembro. E continuamos com esse propósito. Mas é preciso acompanhar os desdobramentos da reunião dos ameircanos e asiáticos para saber se a Conferência do Clima terá o clima necessário para produzir resultados. Tomara que... Leia Mais
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