ARTIGOS | Raul Jungmann
Artigos escritos por Raul Jungmann

De Mário Montoto, para los hermanos de Brasil

Mário Montoto é presidente da Fundação Taeda que publica a revista DEF, sobre assuntos de defesa, na vizinha Argentina. Dele recebi a carta abaixo, um depoimento pessoal, o qual publico pelo interesse e conexão que tem para o presente debate sobre a anistia. O portal está aberto a todos que queiram se expressar sobre o tema. Raul Jungmann SOY MARIO MONTOTO, DNI: 12.578.290, ARGENTINO, VIUDO Y VUELTO A CASAR HACE CASI 20 AÑOS, PADRE DE CUATRO HIJOS Y DOS NIETAS. TENGO 53 AÑOS, RECIÉN CUMPLIDOS Y DESDE CORTA EDAD, HASTA QUE DEJO DE EXISTIR COMO ORGANIZACIÓN, FUI UN ACTIVO MIEMBRO DE LA ORGANIZACIÓN MONTONEROS, DE LA REPÚBLICA ARGENTINA. AL LEER RECIENTEMENTE SOBRE “LA DISCUSIÓN DEL  PASADO CONFLICTIVO”, EN BRASIL, ME RECORDÓ, OTRAS DISCUSIONES,DE CARACTERÍSTICAS SIMILARES, EN ARGENTINA, COMO EN OTROS PAÍSES LATINOAMERICANOS!!!!!!! LOS QUE “PELEAMOS”, MAS ALLÁ DEL JUICIO, QUE LA HISTORIA Y DIOS, HAGAN SOBRE NUESTRAS ACTITUDES, Y DESCONTANDO, QUE LO HICIMOS,CON LEALTAD,IDEALISMO, SIN ESPECULACIONES MEZQUINAS,DISPUESTOS A MORIRNOS O VIVIR CON DIGNIDAD, SIN ESPERAR OTROS PREMIOS O RECONOCIMIENTOS, QUE EL RESPETO Y COMPRENSIÓN, DE LOS DEMÁS, EN EL CUMPLIMIENTO DE LOS OBJETIVOS, QUE CADA UNO TENIA:  N O  N O S   M O T I V A   L A   V E N G A N Z A  !!!!!!!! ESTOY CONVENCIDO QUE LA TRAGEDIA QUE VIVIERON NUESTRAS NACIONES, EN TIEMPOS NO TAN LEJANOS, NO TUVIERON COMO PROTAGONISTAS,EXCLUSIVAMENTE A MILITANTES POLÍTICOS O GUERRILLEROS POR UN LADO Y A MILITARES POR EL OTRO. DE UNA FORMA U OTRA, DIVERSOS SECTORES DE LA SOCIEDAD TODA, TUVIERON GRADOS DE COMPROMISO Y PARTICIPACIÓN EN LAS TRISTE ÉPOCA, DE LOS ENFRENTAMIENTOS O MANIFESTACIONES, MAS O MENOS VIOLENTAS,... Leia Mais

O CONFLITO NO SURINAME

O Suriname foi colônia holandesa desde o século XVII, condição que o acordo de Breda de 1667 veio a confirmar, ao término da segunda guerra entre Inglaterra e Holanda, a qual durou quatro anos. Por esse acordo, os ingleses ficavam com Manhattan e os holandeses com o lucrativo comércio do rum. A antiga colônia tornou-se independente em 1975 e, de lá prá cá, teve uma história agitada, sobretudo após o golpe de Desi Bouterse em 1980, cujos efeitos ainda não cessaram de todo. Boa parcela da sua população é de descendência indiana, a qual também é expressiva na Guiana e no departamento francês de ultramar, a Guiana Francesa. Os demais são quase todos mestiços ou indígenas. O conflito entre brasileiros e surinameses pode ser visto como um incidente isolado ou como parte de algo mais abrangente. Isoladamente, um brasileiro teria  morto um quilombola, descendente de escravos, gerando uma reação violenta contra uma comunidade de garimpeiros brasileiros, sem vítimas fatais. Vendo de outro modo, o episódio se insere no amplo painel de conflitos envolvendo brasileiros que vivem no exterior e nacionais de outros países, que tende a se intensificar. A outra perna do conflito é a expansão do capital nacional sobre os mercados do subcontinente. Como exemplo do primeiro problema, temos os brasiguaios no Paraguai, aonde já são mais de 250 mil e ocupam terras produtivas reivindicadas pela comunidade local. Eu estive com eles este ano. Na Bolívia, além dos produtores agrícolas do departamento de Santa Cruz de La Sierra, que visitei por duas vezes, existem conflitos outros nas províncias de Tarija, Pando e Beni. Com destaque para os brasileiros... Leia Mais

O CONFLITO NO SURINAME

O Suriname foi colônia holandesa desde o século XVII, condição que o acordo de Breda de 1667 veio a confirmar, ao término da segunda guerra entre Inglaterra e Holanda, a qual durou quatro anos. Por esse acordo, os ingleses ficavam com Manhattan e os holandeses com o lucrativo comércio do rum. A antiga colônia tornou-se independente em 1975 e, de lá prá cá, teve uma história agitada, sobretudo após o golpe de Desi Bouterse em 1980, cujos efeitos ainda não cessaram de todo. Boa parcela da sua população é de descendência indiana, a qual também é expressiva na Guiana e no departamento francês de ultramar, a Guiana Francesa. Os demais são quase todos mestiços ou indígenas. O conflito entre brasileiros e surinameses pode ser visto como um incidente isolado ou como parte de algo mais abrangente. Isoladamente, um brasileiro teria  morto um quilombola, descendente de escravos, gerando uma reação violenta contra uma comunidade de garimpeiros brasileiros, sem vítimas fatais. Vendo de outro modo, o episódio se insere no amplo painel de conflitos envolvendo brasileiros que vivem no exterior e nacionais de outros países, que tende a se intensificar. A outra perna do conflito é a expansão do capital nacional sobre os mercados do subcontinente. Como exemplo do primeiro problema, temos os brasiguaios no Paraguai, aonde já são mais de 250 mil e ocupam terras produtivas reivindicadas pela comunidade local. Eu estive com eles este ano. Na Bolívia, além dos produtores agrícolas do departamento de Santa Cruz de La Sierra, que visitei por duas vezes, existem conflitos outros nas províncias de Tarija, Pando e Beni. Com destaque para os brasileiros... Leia Mais

Eletricidade nuclear: na contra mão da sustentabilidade

Heitor Scalambrini Costa*Professor Associado da Universidade Federal de Pernambuco Desenvolvimento sustentável é aquele que é capaz de suprir as necessidades da geração atual sem comprometer a capacidade de atender às necessidades das gerações futuras. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. Partindo desse conceito podemos afirmar que é um absurdo e equivocado que o governo brasileiro priorize a opção nuclear para geração de energia elétrica, considerando que o país conta com tantas opções de produção a partir de energias renováveis e limpas. Além dos riscos devido a acidentes, ao lixo atômico, as emissões de CO2, somam-se o risco geopolítico que traria ao país e a região esta tecnologia. A exploração abusiva e perdulária da energia originada de fontes não-renováveis (combustíveis fósseis, como o petróleo, carvão e o gás natural, e a energia produzida nas usinas nucleares), ainda maioria no planeta, traz danos irreversíveis ao meio ambiente. Com base nesse fato, a questão das fontes de energia é assunto em pauta mundialmente. No Brasil, cria polêmica à discussão sobre as usinas nucleares como complemento à produção de energia a partir das hidrelétricas.   Atualmente, a energia nuclear corresponde a 2 % da produção energética brasileira, gerada pelas usinas Angra 1 (657 megawatts) e Angra 2 (1.350 megawatts). A principal matriz do Brasil é a hidroeletricidade (80%). A intenção do governo com a reativação do Programa Nuclear é de aumentar a capacidade nuclear com a instalação de Angra 3 até 2012, e com a construção de quatro novas usinas até 2030, sendo duas na região Nordeste e outras duas no Sudeste, conforme propõe o Plano Nacional de... Leia Mais

Eletricidade nuclear: na contra mão da sustentabilidade

Heitor Scalambrini Costa*Professor Associado da Universidade Federal de Pernambuco Desenvolvimento sustentável é aquele que é capaz de suprir as necessidades da geração atual sem comprometer a capacidade de atender às necessidades das gerações futuras. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. Partindo desse conceito podemos afirmar que é um absurdo e equivocado que o governo brasileiro priorize a opção nuclear para geração de energia elétrica, considerando que o país conta com tantas opções de produção a partir de energias renováveis e limpas. Além dos riscos devido a acidentes, ao lixo atômico, as emissões de CO2, somam-se o risco geopolítico que traria ao país e a região esta tecnologia. A exploração abusiva e perdulária da energia originada de fontes não-renováveis (combustíveis fósseis, como o petróleo, carvão e o gás natural, e a energia produzida nas usinas nucleares), ainda maioria no planeta, traz danos irreversíveis ao meio ambiente. Com base nesse fato, a questão das fontes de energia é assunto em pauta mundialmente. No Brasil, cria polêmica à discussão sobre as usinas nucleares como complemento à produção de energia a partir das hidrelétricas.   Atualmente, a energia nuclear corresponde a 2 % da produção energética brasileira, gerada pelas usinas Angra 1 (657 megawatts) e Angra 2 (1.350 megawatts). A principal matriz do Brasil é a hidroeletricidade (80%). A intenção do governo com a reativação do Programa Nuclear é de aumentar a capacidade nuclear com a instalação de Angra 3 até 2012, e com a construção de quatro novas usinas até 2030, sendo duas na região Nordeste e outras duas no Sudeste, conforme propõe o Plano Nacional de... Leia Mais

Visite o Recife antes que desapareça…

Foi um choque. Numa das principais praças de Copenhague, no centro de uma exposição dedicada a 100 lugares par a serem visitados antes que desapareçam, um painel com o Recife e uma foto da praia de Boa viagem! Na praça, agora coberta de neve, as pessoas fazem fila e tiram foto dessa exposição realizada por uma ong dinamarquesa com base nos relatos do IPCC, o painel técnico da ONU sobre mudanças climáticas, que conta com mais de 2.500 cientistas. Pergunto a um dos organizadores o porquê da escolha do Recife como um dos 100 lugares no mundo a se visitar antes que desapareça, fruto das mudanças climáticas. Ele me responde singelamente que a escolha deriva de dois fatos. Os relatórios técnicos do IPCC sobre os riscos para cidades costeiras, e a situação particularmente crítica do Recife. E, em segundo lugar, a importância, história e população da nossa capital. Converso mais um pouco com ele, compro o álbum de fotos para mostrar ai no Recife quando chegar e saio da tenda armada no meio da praça de volta à neve e ao frio intenso.   Incrédulo, volto ao painel no meio da neve e o fotografo. Acho um absurdo, mas está lá. Somos o número 18 entre 100 localidades que, dizem eles, devem desaparecer. Releio o texto em inglês abaixo da grande foto de Boa Viagem. Ele fala um pouco das nossas origens, história, cultura. E destaca que tivemos a primeira sinagoga das américas, durante o período nassoviano. Sinceramente, não creio que iremos desaparecer. Me recuso a crer, acreditar. Mas, que aquilo ali no meio da praça é um sinal,... Leia Mais
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