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Raul comemora aprovação de alternativa ao fator previdenciário

Receita do PT com empresas em 2011 soma R$ 51 milhões

“PARTIDO DOS TRABALHADORES, CERTO?TRABALHADORES, NÃO ESQUEÇA…”

Comparado a 2009, ano que também não teve eleição, evolução foi de 353% . Grupo de potencial compradora da Delta foi o quarto maior doador, com contribuição que atingiu R$ 2,9 milhões

CATIA SEABRA / BRENO COSTA DE BRASÍLIA

Vitaminada após a eleição da presidente Dilma Rousseff, a arrecadação do PT com doações cresceu no ano passado 353% em comparação a 2009, ano não eleitoral. Em 2011, a receita do partido com contribuições chegou a R$ 50,7 milhões. Dois anos antes, foi de R$ 11,2 milhões, segundo prestações de contas à Justiça Eleitoral. Em 2007, o PT havia arrecadado apenas R$ 4,2 milhões.

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Navio que não navega

“DEIXANDO A PERNAMBUCANIDADE DE LADO, LEIA COM ATENÇÃO”

Carta de Formulação e Mobilização PolíticaiSexta-feira, 25 de maio de 2012iNº 474. Concluída às 9h34

O navio João Cândido vai ao mar hoje. Em outros tempos, o governo petista estaria fazendo a maior algazarra para marcar o “feito histórico”. No entanto, depois de uma trajetória marcada por vexames, que se desenrola há quase quatro anos, o petroleiro tornou-se símbolo de um fracasso do qual a presidente Dilma Rousseff agora quer distância. Até aqui, a estratégia para ressuscitar, na marra, a indústria naval brasileira tem se mostrado malsucedida.

O navio João Cândido vai ao mar hoje. Em outros tempos, o governo petista estaria fazendo a maior algazarra para marcar o “feito histórico”. No entanto, depois de uma trajetória marcada por vexames, o petroleiro tornou-se símbolo de um fracasso do qual a presidente Dilma Rousseff agora quer distância.

Há dois anos, ela e Lula estiveram em Ipojuca (PE) para “inaugurar” o navio – na quarta ida do então presidente ao estaleiro. Na ocasião, não faltaram fanfarras, discursos ufanistas e júbilos, parte da extemporânea e ilegal campanha da então candidata – as imagens são reveladoras. Naquele 7 de maio de 2010, o João Cândido tocava as águas pela primeira vez. Deveria começar a navegar oceanos quatro meses depois.

Mas só agora, três anos e oito meses após o início de sua construção, o petroleiro está sendo entregue. Não se sabe ao certo se irá, de fato, singrar os mares: o portento que foi transformado pelo discurso do PT no “símbolo do renascimento da indústria naval” brasileira – como dizia uma das peças de campanha de Dilma em 2010 – mal consegue boiar.

O João Cândido é desconjuntado, defeituoso, torto. “O navio teve de ser retirado da água, sob o risco de afundar. Uma boa parte da embarcação também teve de ser desmontada, especialmente em função dos problemas de soldagem. Os problemas estruturais são tamanhos que chegou-se a considerar a hipótese de perda total da embarcação”, publicou o Valor Econômico em março.

Imagine a situação: o João Cândido vai ao mar e, por infelicidade, ou justamente em consequência de toda a irresponsabilidade envolvida na sua construção, naufraga com sua carga de 1 milhão de barris de petróleo. Impossível calcular a dimensão de tamanho desastre, humano e ambiental, de vidas e de óleo ao mar.

Os problemas enfrentados pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS), onde o João Cândido foi construído, se devem, em parte, à sanha politiqueira do PT. Para caber no cronograma eleitoral, a construção do estaleiro e a montagem do navio tiveram de ser feitas concomitantemente, de forma atabalhoada. Foi o caminho mais curto para o desastre.

As condições de trabalho, que já seriam difíceis para quem jamais montara sequer uma lancha, tornaram-se sofríveis. Os empregados – o EAS chegou a contar com 11 mil e hoje tem metade disso – trabalhavam sob temperaturas desumanas, agravadas pelo sol inclemente e pelo calor emanado dos equipamentos de solda, o que aumentava o tempo gasto em algumas operações em até oito vezes.

Na base do improviso, o EAS naufragou num oceano de prejuízos. Em 2011, fechou seu balanço com R$ 1,47 bilhão no vermelho – as receitas não cobriram sequer gastos com mão de obra e materiais. Horrorizados, os sócios coreanos pularam fora, e agora o estaleiro busca no exterior parceiros que entendam do assunto – construir navios não é com a Camargo Correa, nem com a Queiroz Galvão, as construtoras remanescentes no negócio.

Este seria um problema privado, não fosse um detalhe: o estaleiro só existe graças às benesses do BNDES. O EAS tem 22 navios encomendados pela Transpetro para entrega até 2016. A carteira soma R$ 7 bilhões, dos quais 90% financiados pelo banco oficial. Apenas com os primeiros três petroleiros que constrói, a empresa perdeu dinheiro suficiente para fabricar um navio (R$ 333 milhões), conforme reconheceu no balanço de 2011. Sem condições de começar pagar o que deve, o EAS já pediu mais prazo para o BNDES.

O naufrágio do João Cândido é parte de uma malsucedida estratégia voltada a ressuscitar, na marra, a indústria naval brasileira, levada a cabo por Lula e mantida por Dilma. À base de uma política de reserva de mercado, que exige conteúdos nacionais mínimos, sai caríssimo produzir embarcações no país. A operação só para em pé com muito dinheiro público.

O João Cândido, por exemplo, deverá custar R$ 495 milhões, ou mais de 53% acima da previsão inicial, segundo mostrou o Jornal do Commercio. Prometido para até o fim deste ano, o segundo navio a ser fabricado pelo EAS, o Zumbi dos Palmares, vai sair 24% mais caro que o previsto, isto é, R$ 424 milhões.

Já outro produto do estaleiro, a P-55 encareceu 20% e custou R$ 1 bilhão. Trata-se de outro vexame. Entregue em dezembro passado, a plataforma ainda não funciona e terá de sofrer reparos no Rio Grande do Sul antes de finalmente começar a produzir. Com isso, a Petrobras, que a contratou, teve de postergar a extração de 180 mil barris diários de petróleo para o fim de 2013, deixando de faturar pelo menos US$ 15 milhões por dia.

Os resultados da política petista para o setor naval ainda são uma miragem. Dos oito novos estaleiros previstos, destinados a construir equipamentos necessários à exploração do pré-sal, somente três funcionam, ainda que precariamente, como é o caso do EAS. “A única certeza que se tem ao começar um projeto de construção é que de que não vai acabar no prazo”, disse um presidente de estaleiro a O Estado de S.Paulo, em março.

Em junho de 2010, Lula publicou no Zero Hora artigo intitulado “Indústria naval renasce das cinzas”. Nele, afirmava: “A retomada da indústria naval é irreversível. (…) Os reflexos desta verdadeira explosão da indústria naval estão se espraiando por toda a economia e beneficiando, direta ou indiretamente, todos os brasileiros.” Como o navegar impreciso do João Cândido atesta, é possível que, nunca antes na história deste país, o ex-presidente tenha se equivocado tanto.

iEste e outros textos analíticos sobre a conjuntura política e econômica estão disponíveis na página do Instituto Teotônio Vilela

Navio que não navega

“DEIXANDO A PERNAMBUCANIDADE DE LADO, LEIA COM ATENÇÃO”

Carta de Formulação e Mobilização PolíticaiSexta-feira, 25 de maio de 2012iNº 474. Concluída às 9h34

O navio João Cândido vai ao mar hoje. Em outros tempos, o governo petista estaria fazendo a maior algazarra para marcar o “feito histórico”. No entanto, depois de uma trajetória marcada por vexames, que se desenrola há quase quatro anos, o petroleiro tornou-se símbolo de um fracasso do qual a presidente Dilma Rousseff agora quer distância. Até aqui, a estratégia para ressuscitar, na marra, a indústria naval brasileira tem se mostrado malsucedida.

O navio João Cândido vai ao mar hoje. Em outros tempos, o governo petista estaria fazendo a maior algazarra para marcar o “feito histórico”. No entanto, depois de uma trajetória marcada por vexames, o petroleiro tornou-se símbolo de um fracasso do qual a presidente Dilma Rousseff agora quer distância.

Há dois anos, ela e Lula estiveram em Ipojuca (PE) para “inaugurar” o navio – na quarta ida do então presidente ao estaleiro. Na ocasião, não faltaram fanfarras, discursos ufanistas e júbilos, parte da extemporânea e ilegal campanha da então candidata – as imagens são reveladoras. Naquele 7 de maio de 2010, o João Cândido tocava as águas pela primeira vez. Deveria começar a navegar oceanos quatro meses depois.

Mas só agora, três anos e oito meses após o início de sua construção, o petroleiro está sendo entregue. Não se sabe ao certo se irá, de fato, singrar os mares: o portento que foi transformado pelo discurso do PT no “símbolo do renascimento da indústria naval” brasileira – como dizia uma das peças de campanha de Dilma em 2010 – mal consegue boiar.

O João Cândido é desconjuntado, defeituoso, torto. “O navio teve de ser retirado da água, sob o risco de afundar. Uma boa parte da embarcação também teve de ser desmontada, especialmente em função dos problemas de soldagem. Os problemas estruturais são tamanhos que chegou-se a considerar a hipótese de perda total da embarcação”, publicou o Valor Econômico em março.

Imagine a situação: o João Cândido vai ao mar e, por infelicidade, ou justamente em consequência de toda a irresponsabilidade envolvida na sua construção, naufraga com sua carga de 1 milhão de barris de petróleo. Impossível calcular a dimensão de tamanho desastre, humano e ambiental, de vidas e de óleo ao mar.

Os problemas enfrentados pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS), onde o João Cândido foi construído, se devem, em parte, à sanha politiqueira do PT. Para caber no cronograma eleitoral, a construção do estaleiro e a montagem do navio tiveram de ser feitas concomitantemente, de forma atabalhoada. Foi o caminho mais curto para o desastre.

As condições de trabalho, que já seriam difíceis para quem jamais montara sequer uma lancha, tornaram-se sofríveis. Os empregados – o EAS chegou a contar com 11 mil e hoje tem metade disso – trabalhavam sob temperaturas desumanas, agravadas pelo sol inclemente e pelo calor emanado dos equipamentos de solda, o que aumentava o tempo gasto em algumas operações em até oito vezes.

Na base do improviso, o EAS naufragou num oceano de prejuízos. Em 2011, fechou seu balanço com R$ 1,47 bilhão no vermelho – as receitas não cobriram sequer gastos com mão de obra e materiais. Horrorizados, os sócios coreanos pularam fora, e agora o estaleiro busca no exterior parceiros que entendam do assunto – construir navios não é com a Camargo Correa, nem com a Queiroz Galvão, as construtoras remanescentes no negócio.

Este seria um problema privado, não fosse um detalhe: o estaleiro só existe graças às benesses do BNDES. O EAS tem 22 navios encomendados pela Transpetro para entrega até 2016. A carteira soma R$ 7 bilhões, dos quais 90% financiados pelo banco oficial. Apenas com os primeiros três petroleiros que constrói, a empresa perdeu dinheiro suficiente para fabricar um navio (R$ 333 milhões), conforme reconheceu no balanço de 2011. Sem condições de começar pagar o que deve, o EAS já pediu mais prazo para o BNDES.

O naufrágio do João Cândido é parte de uma malsucedida estratégia voltada a ressuscitar, na marra, a indústria naval brasileira, levada a cabo por Lula e mantida por Dilma. À base de uma política de reserva de mercado, que exige conteúdos nacionais mínimos, sai caríssimo produzir embarcações no país. A operação só para em pé com muito dinheiro público.

O João Cândido, por exemplo, deverá custar R$ 495 milhões, ou mais de 53% acima da previsão inicial, segundo mostrou o Jornal do Commercio. Prometido para até o fim deste ano, o segundo navio a ser fabricado pelo EAS, o Zumbi dos Palmares, vai sair 24% mais caro que o previsto, isto é, R$ 424 milhões.

Já outro produto do estaleiro, a P-55 encareceu 20% e custou R$ 1 bilhão. Trata-se de outro vexame. Entregue em dezembro passado, a plataforma ainda não funciona e terá de sofrer reparos no Rio Grande do Sul antes de finalmente começar a produzir. Com isso, a Petrobras, que a contratou, teve de postergar a extração de 180 mil barris diários de petróleo para o fim de 2013, deixando de faturar pelo menos US$ 15 milhões por dia.

Os resultados da política petista para o setor naval ainda são uma miragem. Dos oito novos estaleiros previstos, destinados a construir equipamentos necessários à exploração do pré-sal, somente três funcionam, ainda que precariamente, como é o caso do EAS. “A única certeza que se tem ao começar um projeto de construção é que de que não vai acabar no prazo”, disse um presidente de estaleiro a O Estado de S.Paulo, em março.

Em junho de 2010, Lula publicou no Zero Hora artigo intitulado “Indústria naval renasce das cinzas”. Nele, afirmava: “A retomada da indústria naval é irreversível. (…) Os reflexos desta verdadeira explosão da indústria naval estão se espraiando por toda a economia e beneficiando, direta ou indiretamente, todos os brasileiros.” Como o navegar impreciso do João Cândido atesta, é possível que, nunca antes na história deste país, o ex-presidente tenha se equivocado tanto.

iEste e outros textos analíticos sobre a conjuntura política e econômica estão disponíveis na página do Instituto Teotônio Vilela

No Recife, terra de cego, basta um olho para ser prefeito ou rei

“ARTIGO ÁCIDO DE BAHÉ, MAS BOM. EU RECOMENDO”
22, 2012  / Marco Bahé  : Política /
Viver na maior pequena cidade do mundo tem suas qualidades e seus defeitos. Uma ‘vantagem’ evidente é que basta realizar qualquer relativa proeza para virar celebridade e desposar dos benefícios que desse pseudo-status advêm.  Um só filme selecionado num festival por aí e o cara já vira cineasta, com direito a capa nos cadernos de cultura (cultura???) dos jornais locais. Um show com 200 pessoas (80% de pernambucanos exilados) em São Paulo é sucesso em turnê. Um estágio no Vale do Silício e temos um novo gênio de tecnologia da informação. Um papel secundário numa novela global e se entra para a calçada da fama recifiana. Um blog mais ou menos acessado e… ehehehehe.

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No Recife, terra de cego, basta um olho para ser prefeito ou rei

“ARTIGO ÁCIDO DE BAHÉ, MAS BOM. EU RECOMENDO”
22, 2012  / Marco Bahé  : Política /
Viver na maior pequena cidade do mundo tem suas qualidades e seus defeitos. Uma ‘vantagem’ evidente é que basta realizar qualquer relativa proeza para virar celebridade e desposar dos benefícios que desse pseudo-status advêm.  Um só filme selecionado num festival por aí e o cara já vira cineasta, com direito a capa nos cadernos de cultura (cultura???) dos jornais locais. Um show com 200 pessoas (80% de pernambucanos exilados) em São Paulo é sucesso em turnê. Um estágio no Vale do Silício e temos um novo gênio de tecnologia da informação. Um papel secundário numa novela global e se entra para a calçada da fama recifiana. Um blog mais ou menos acessado e… ehehehehe.

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Empréstimo de bicicletas estréia hoje na cidade

“QUE INVEJA… POR QUE NÃO TEMOS ISSO AQUi NO RECIFE?!”

Sistema prevê compartilhamento de bikes; ciclista só paga depois de meia hora de uso
DE SÃO PAULO
As primeiras seis estações do Bike Sampa, sistema de empréstimo de bicicletas que só cobra do ciclista depois de meia hora de uso, começam a funcionar hoje.
A Vila Mariana foi a escolhida para a estreia do programa na cidade. No bairro da zona sul, o sistema vai interligar pontos como a Cinemateca Brasileira, a Faculdade de Belas Artes e o Instituto Biológico. Até terça, outras quatro estações serão instaladas na mesma região.
Depois, as estações de empréstimo seguem em direção aos Jardins, bairro vizinho.
Mas o traçado da segunda etapa ainda não foi definido.

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