Raul cobra explicações sobre Política de Saneamento Básico | Raul Jungmann

Raul cobra explicações sobre Política de Saneamento Básico

Raul cobra explicações sobre Política de Saneamento Básico

O deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE), vice-líder da oposição na Câmara dos Deputados, enviou nesta terça-feira, ao Ministério das Cidades, pedido de informação para obter explicações sobre os atrasos e as reduções no orçamento do Plano Nacional de Saneamento Básico. De acordo com o estudo “Burocracia e Entraves no Setor de Saneamento”, realizado pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), o Governo Federal, desde 2002, está investindo apenas metade do que deveria investir anualmente para atingir a meta de universalizar o saneamento até 2033.

“Do jeito que vai, só depois de 2050 é que as populações carentes terão água e esgoto. Isso é inadmissível em um país que tem a oitava maior economia do planeta”, criticou Raul Jungmann. “Na verdade, não estou surpreso porque essa é apenas mais uma promessa dos governos Lula-Dilma que não foi cumprida, mas estou espantado, pois o abandono e o atraso são ainda mais graves do que poderíamos imaginar”, acrescentou o parlamentar.

O levantamento, disponível no site www.portaldaindustria.com.br, revela ainda que, se for mantido o atual ritmo das obras e dos investimentos para a construção das redes de abastecimento e de esgotos no Brasil, a população só terá pleno acesso à água e a um sistema de esgotamento sanitário com 20 anos de atraso em relação às metas apresentadas pelo Plano Nacional de Saneamento Básico.

NORDESTE

No caso do Nordeste, Raul Jungmann alertou que, segundo dados da CNI, a rede de coleta e tratamento de esgotos não beneficia nem 30% da população. Além do mais, um terço dos nordestinos não são atendidos sequer por rede de abastecimento de água. “Este problema se agrava nas periferias das grandes cidades e nas zonas rurais, ou seja, onde se encontram as populações pobres”, frisou o pós-comunista.

Na opinião do deputado do PPS, essa, portanto, é a verdadeira causa do surgimento no Brasil de doenças já erradicadas em outros países. “Não basta apenas declarar guerra ao mosquito aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, chikungunya e zika. Essas não são doenças de mosquito, são doenças da pobreza”, sentenciou Raul Jungmann.