Barack Obama, o salvador do futuro | Raul Jungmann

Barack Obama, o salvador do futuro

Ao novo presidente dos EUA se atribuem dons especiais, sobretudo de oratória, alem, é claro, da sua vitória e o que ela representa.

Aqui em Copenhague não é diferente. Comenta-se que o presidente dos EUA, que chega aqui na sexta-feira, traria três boas novas. Em primeiro lugar, a ampliação das metas de redução de emissões de gases estufa de 17 para 20%, já negociada com o senado americano. Segundo, a tão esperada grana para os fundos de médio e longo prazos, que até agora, ao contrário dos de curto, não viram um dólar real, só promessas. Se confirmada essa oferta, ela teria o condão de destravar a oferta da União Européia, que, dizem, teria dinheiro e disposição para investir muito mais em programas de adequação e mitigação, a espera de um gesto dos EUA, o que até aqui não teria acontecido.

Por fim, muitos dão de barato duas coisas mais. Uma que a EPA, o IBAMA dos Estados Unidos, tendo decretado que o gás CO2 faz mal a saúde, poderia, executivamente, cortar muito além dos 20% as emissões americanas sem ter que passar pelo sempre conservador congresso dos EUA.

Segundo, que Obama anunciaria um programa de cortes bem mais ousado que os 17 ou 20% ate 2020, para o período seguinte que  vai até 2050.

É ver para crer.

Raul Jungmann, de Copenhague