ELÉTRICAS A UM PASSO DE ENTRAR NA JUSTIÇA | Raul Jungmann

ELÉTRICAS A UM PASSO DE ENTRAR NA JUSTIÇA

Para se ter uma ideia o grau de deterioração que o governo Dilma impôs ao sistema elétrico nacional, basta um exemplo do caos vigente no setor, que é o seguinte.

As distribuidoras ainda não pagaram o custo extra da energia gerada pelas usinas térmicas, muito mais caras que as hidrelétricas, de novembro e dezembro, cujas parcelas vencem em janeiro, 1.6 bi e fevereiro, 900 mi, totalizando 2.5 bi de reais.

Como o governo nada resolvia, as distribuidoras, diante do calote líquido e certo, muniram-se mandados de segurança para dar entrada na justiça e só pagarem os credores quando recebessem o que lhes era devido, pois não tem como passar o custo adicional para os consumidores no momento, via tarifa…

A beira do abismo, a ANEEL, pediu tempo e prorrogou o vencimento da parcela de janeiro para o dia 30 para tentar viabilizar via bancos públicos, o aporte dos 2.5 bi devidos.

Porém, a crise nāo vai estancar ai. A conta das térmicas do 1º trimestre de 2015, mais o chamado risco hidrológico, será de 9 bi de reais.

E, como o ministro Joaquim Levy já avisou que do tesouro nāo sairá um centavo a mais para o sistema, a saída restante é uma só: revisāo tarifária extraordinária, que vai bater direto no bolso dos consumidores e empresas, com aumentos na ponta superiores a 40%.

Imagine só o impacto disso sobre a economia, empregos, produçāo e renda…

Raul Jungmann