Em entrevista ao programa Além da Notícia, na Rádio Jornal Caruaru, na manhã desta terça-feira (14), o vereador do Recife Raul Jungmann (PPS) esclareceu que a exclusão de Jailson Soares de Oliveira Batista (Jajá) do quadro de filiados ao PPS de Pernambuco foi uma decisão política. “Entendemos que não havia mais condições para que ele permanecesse no partido”, disse Jungmann, também vice-presidente do Diretório Estadual do PPS.
Em julho do ano passado, Jajá foi preso, acusado de receptar veículo roubado. “Naquele momento, o Partido foi absolutamente solidários com o Jajá. Colocamos assessoria jurídica à disposição dele. Eu mesmo fui à rádio defendê-lo, porque entendi que aquela prisão tinha sido arbitrária, excessiva. Ele não representava nenhum risco, não destruía nenhum documento e não ameaçava testemunhas”, comentou Raul Jungmann. “Depois, com esse novo fato, ficamos preocupados e o chamamos para conversar. Decidimos que era bom para ele e para o partido mandar o caso para a comissão de ética. Vieram então, os vídeos e os áudios. Daí não teve jeito e tivemos que tomar uma decisão política”, acrescentou.
“Quero deixar bem claro que gostamos de Jajá, temos afeto por ele, mas isso não muda o nosso posicionamento. Ele, inclusive, me ligou hoje pela manhã e pediu para entrar com um recurso contra a decisão. Tem todo o direito de fazer isso. Vamos ouvi-lo sem nenhum problema, pois não há a menor intenção de discriminá-lo. Não há, porém, um tratamento diferenciado. E os nossos estatutos são muito claros. Evidentemente, os fatos são gravíssimos. Se ele conseguir provar o contrário, tudo bem”, declarou Jungmann.
O vereador do Recife ainda informa que, ao se consumar a exclusão, o Tribunal Regional Eleitoral será comunicado e o mandato ficará com o PPS. “Pela legislação eleitoral, aquele que deixa o partido, automaticamente perde o mandato, que é revertido para o partido. Somos muito corretos no que fazemos e arcamos com as consequências. Não tem jeitinho”, finalizou.