Quatro meses após realizar uma pesquisa inédita de satisfação dos usuários das Unidades de Saúde da Família (USFs) no Recife, que resultou em uma radiografia da saúde básica no município, o vereador Raul Jungmann (PPS) retoma sua agenda de visita às unidades para constatar pessoalmente se foram promovidas melhorias. Nesta quarta-feira (26), o parlamentar foi à USF Alto do Céu, no Porto da Madeira, na Zona Norte da cidade, e se deparou com uma situação lamentável de abandono pela Prefeitura Municipal.
Quatro meses após realizar uma pesquisa inédita de satisfação dos usuários das Unidades de Saúde da Família (USFs) no Recife, que resultou em uma radiografia da saúde básica no município, o vereador Raul Jungmann (PPS) retoma sua agenda de visita às unidades para constatar pessoalmente se foram promovidas melhorias. Nesta quarta-feira (26), o parlamentar foi à USF Alto do Céu, no Porto da Madeira, na Zona Norte da cidade, e se deparou com uma situação lamentável de abandono pela Prefeitura Municipal.
No Alto do Céu, que ficou entre as dez piores votadas pelas comunidades, com a nota 4,0, na média das avaliações, Raul Jungmann encontrou uma cena de descaso com as estruturas físicas e com os serviços prestados pelos funcionários. O teto possui infiltrações e um buraco grande na copa. O atendimento é realizado apenas em duas salas, que cheiram a mofo, sendo que existem situações em que o quarto destinado à farmácia funciona ainda como um ambulatório. Também não há ambiente salubre para fazer curativos e o lixo contaminado fica guardado atrás da cozinha, junto com materiais de limpeza, receitas antigas e venenos usados pelos agentes de saúde ambiental (ASA).
O paciente que necessita de consultas, por exemplo, com fisioterapeutas, neufrologistas e otorrinos, aguarda aproximadamente um ano para conseguir uma vaga. Quando se trata de ortopedista, a espera dura mais do que os 12 meses. Os moradores da comunidade que precisam fazer exames também sofrem na longa fila de espera, pois a unidade tem apenas 12 etiquetas por semana para a coleta dos materiais, enviados, pela manhã, para o Laboratório Central Julião, em Santo Amaro, onde os enfermos precisam se dirigir à tarde para saber o resultado.
“Isso é um descaso com a população. Fico muito preocupado com os rumos que a saúde básica vem tomando. Por isso, continuarei denunciando essas omissões”, assegurou. “Enviarei pedidos de resposta à Prefeitura da Cidade do Recife e lutarei para que a unidade do Alto do Céu ganhe um novo prédio, com uma estrutura à altura da excelência dos Prontos Atendimentos que construídos na cidade, como a Upinha”, acrescentou.
Na USF Alto do Céu, trabalham apenas duas equipes de agentes comunitários de saúde (ACS), que atendem 2.960 famílias, mas não possuem uniformes – usam camisas de campanhas na área de saúde. No total, essa unidade assiste cerca de 9 mil pessoas. Cada um dos agentes é responsável por mais de 200 famílias.