O vereador Raul Jungmann (PPS) voltou a levantar a bandeira da necessidade de uma ampla e irrestrita discussão pública a respeito dos projetos de obras que possam gerar grandes impactos para a cidade, além de defender a adoção de medidas mitigadoras para reparar danos decorrentes das construções. As declarações de Raul Jungmann foram concedidas ao jornalista Aldo Vilela, durante programa da Rádio JC News, na manhã desta quarta-feira. Ainda durante a entrevista, insistiu que as decisões sobre esses empreendimentos devem ser concentradas no Conselho da Cidade (Concidades), ao contrário do que vem pregando a Prefeitura do Recife.
O vereador Raul Jungmann (PPS) voltou a levantar a bandeira da necessidade de uma ampla e irrestrita discussão pública a respeito dos projetos de obras que possam gerar grandes impactos para a cidade, além de defender a adoção de medidas mitigadoras para reparar danos decorrentes das construções. As declarações de Raul Jungmann foram concedidas ao jornalista Aldo Vilela, durante programa da Rádio JC News, na manhã desta quarta-feira. Ainda durante a entrevista, insistiu que as decisões sobre esses empreendimentos devem ser concentradas no Conselho da Cidade (Concidades), ao contrário do que vem pregando a Prefeitura do Recife.
“O acordo feito na Conferência da Cidade, promovida pela própria Prefeitura, era unificar as decisões, de forma que reduzisse a burocracia, tudo em um só conselho. Isso permitiria maior agilidade. Mas a Prefeitura tirou o CDU (Conselho de Desenvolvimento Urbano), em uma reunião feita às trevas, da qual não tive o registro até hoje, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Planejamento Urbano e o colocou em outra, na Secretaria Mobilidade e Controle Urbano. Fez com que pairasse a desconfiança de que deseja preservar os interesses do capital imobiliário”, afirmou Raul Jungmann, durante o programa, que contou ainda com a presença ainda do advogado José Paulo Cavalcanti Filho.
Raul Jungmann disse que o poder público deve encontrar o equilíbrio entre os interesses das imobiliárias e construtoras e da sociedade, garantindo ainda o direito de as pessoas participarem das discussões e serem ouvidas. “Sou contra o burocratismo, defendo a participação popular e a democracia. Porque, senão, essa cidade vai se fragmentar cada vez mais”, declarou. “Por isso, a ideia original era reunir as decisões em um só conselho, com a interação da sociedade, mas a Prefeitura tirou esse poder e criou um órgão paralelo, que tem o mandato para decidir sobre os projetos de impacto. Infelizmente, o prefeito (Geraldo Julio) serviu aos interesses específicos de um lado: o lado daqueles que tem o poder econômico, e não no sentido de democratizar”, criticou.
SOM NA RURAL
Outro assunto abordado no debate foi o projeto Som na Rural, do produtor cultural Roger de Renor. Raul Jungmann explicou que se trata de um movimento cultural apoiado pela Prefeitura do Recife e que não deve ser visto como irregular porque o veículo fica sobre a calçada. “A Rural é um elemento cenográfico, e não um transporte”, argumentou. “Esse projeto existe há quatro anos e tem como objetivo a reocupação das ruas pelas pessoas”, argumentou.