Raul aguarda posicionamento do PT e do PTB na Câmara | Raul Jungmann

Raul aguarda posicionamento do PT e do PTB na Câmara

Raul aguarda posicionamento do PT e do PTB na Câmara

Passado o processo eleitoral, o vereador Raul Jungmann (PPS), líder da bancada da oposição na Câmara Municipal do Recife, promete continuar cobrando a instalação da CPI dos Transportes Públicos, conhecida como #CPIdoBusão, e fiscalizando o funcionamento do sistema. Ele adiantou, entretanto, que aguardará uma definição em relação ao posicionamento dos parlamentares municipais do PT e do PTB para definir os próximos passos em relação ao pedido de entrada do requerimento.

O documento que pede a abertura da CPI conta até agora com apenas cinco assinaturas (Priscila Krause, Aline Mariano, André Régis, Marília Arraes e o próprio Raul Jungmann), quando são necessárias pelo menos 13 para seguir adiante. Para Raul Jungmann atingir essa meta será necessária a adesão dos petistas e petebistas, que ainda não declararam qual postura adotarão na Casa de José Mariano em relação à administração do prefeito Geraldo Júlio.

“A CPI depende do posicionamento desses partidos. Se permanecerem com a base do governo, tudo continua como antes. Mas se vierem para a oposição, a CPI sairá do papel e se tornará realidade. De qualquer forma, teremos que permanecer fiscalizando diuturnamente”, explicou o pós-comunista, durante debate realizado em uma rádio local, nesta segunda-feira (3) pela manhã, com apresentação do comunicador Aldo Vilela e participação da vereadora e deputada estadual eleita Priscila Krause (DEM).

Raul Jungmann disse acreditar, no entanto, que essa não será uma decisão rápida. Ao contrário, será levada em “banho-maria” até que exista uma definição sobre a disputa da administração municipal. “É provável que durante um ano, o comportamento do PT e do PTB seja pendular. Num momento estará aqui, no outro momento estará lá. Se resolverem de fato entrar na disputa pela Prefeitura, é possível que no ano seguinte essa situação mude. Acho que esse comportamento se dará à luz da relação entre o Governo Federal e o Governo do Estado”, analisou.

REFORMA POLÍTICA
Ainda durante o debate, Raul Jungmann falou sobre a importância da soberania do Congresso Nacional para a realização da reforma política e da maneira como o processo deve ser conduzido. “Fazer um plebiscito para impor ao Congresso uma reforma política não é o caminho democrático. É falsamente democrático, porque quer encurralar o Congresso”, alertou o parlamentar.

“Primeiro, é necessário buscar o consenso entre as forças. Tem que chamar o PSDB e outros partidos para saber qual é o núcleo mínimo que pode levar para frente. Se conseguir esse consenso, coloca para discutir e votar no Congresso, para depois fazer, se for o caso, um referendo”, opinou Raul Jungmann.

O pós-comunista, porém, particularmente acha difícil que a reforma saia do papel. “Mexer dentro da regra do jogo, que será mexida por alguém que entrou pela regra atual, evidentemente haverá uma enorme dificuldade. Imagino que não passa por causa de duas tribos: a tribo do medo, preocupada em não se reeleger, e a do business. Essas tribos têm o poder do veto”, argumentou.