Jungmann acredita na escolha de um técnico pelo PSB | Raul Jungmann

Jungmann acredita na escolha de um técnico pelo PSB

No debate realizado nesta segunda-feira (20), na Rádio Jornal, o vereador Raul Jungmann (PPS) analisou o cenário político que se desenha para as eleições deste ano. O programa, comandado pelo radialista Geraldo Freire, ainda contou com as presenças do jornalista Ivan Maurício e do cientista político Adriano Oliveira. No âmbito local, o parlamentar acredita que a disputa será travada entre o senador Armando Monteiro Neto (PTB), com apoio do PT, e o indicado do governador Eduardo Campos, que deverá optar por um candidato com um perfil técnico.

No debate realizado nesta segunda-feira (20), na Rádio Jornal, o vereador Raul Jungmann (PPS) analisou o cenário político que se desenha para as eleições deste ano. O programa, comandado pelo radialista Geraldo Freire, ainda contou com as presenças do jornalista Ivan Maurício e do cientista político Adriano Oliveira. No âmbito local, o parlamentar acredita que a disputa será travada entre o senador Armando Monteiro Neto (PTB), com apoio do PT, e o indicado do governador Eduardo Campos, que deverá optar por um candidato com um perfil técnico.

 “O PSB está dividido entre aqueles que têm currículo, como o João Lyra Neto (vice-governador) e o Fernando Bezerra Coelho (ex-ministro da Integração Nacional), e os mais novos, os técnicos, que são o Tadeu Alencar (secretário estadual da Casa Civil) e o Paulo Câmara (secretário estadual da Fazenda). Eu acho que a escolha vai recair sobre um técnico. Do outro lado, o cenário se delineará com o PTB, de Armando, apoiado pelo PT”, avaliou Jungmann.

O vereador do PPS fundamentou sua opinião na escolha de um técnico pelo PSB em função do pensamento atual do eleitorado. “Se perguntar hoje ao eleitor se quer um político ou um técnico, vai responder um técnico, diante da valoração negativa da política e dos políticos. Por isso acho que essa será a decisão de Eduardo. Vai definir pelo Paulo ou pelo Tadeu”, argumentou. “O cara que não tem uma biografia definida permite a transmissão perfeita, sem perda do prestígio, do governador para aquele que é um técnico. Se alguém tem uma biografia e uma história, o eleitor vê o apoio do patrono, mas também vê a história do cara”, acrescentou.

Em nível nacional, a corrida pela oposição à presidente Dilma Rousseff (PT) ainda está aberta, segundo Raul Jungmann, por causa da falta de um acordo entre PSDB, do senador Aécio Neves (MG) , e o PSB/Rede, de Eduardo Campos e Marina Silva. “O PSDB entrou aqui, mas não fechou em São Paulo. Também não fechou a negociação em Minas Gerais, que é muito importante. Então, Aécio colocou o pé na corda e disse: ‘isso não está concluído’. E realmente não está”, afirmou.

Raul Jungmann ainda observou que a intensidade da “guerra” entre o Partido dos Trabalhadores e seus adversários pela presidência dependerá de uma real ameaça de um segundo turno. “Se ficar claro que Eduardo não chegará ao segundo turno e apoiará Aécio, o céu e o inferno serão os limites”, comentou, completando que um dos riscos para o PT é a penetração de Eduardo Campos no Nordeste. “Mas também pode acontecer o contrário. Eduardo pode capturar certo número de votos no Sul e no Sudeste que são dos tucanos e impedir o segundo turno”, ponderou.

ALIENAÇÃO ELEITORAL

O vereador Raul Jungmann também falou sobre uma tendência que está se espalhando pelo mundo: a alienação eleitoral. “Juntando brancos, nulos e abstenções, tivemos 27% em 2010. Se tivéssemos 30%, segundo cálculo de Maurício Romão (Ph.D. em Economia), não teríamos segundo turno para presidente. Está tendo uma altíssima alienação eleitoral na Venezuela, no Chile, que bateu os 56%, em Portugal e mesmo na Argentina. Está existindo um fenômeno global de ampliação dessa alienação eleitoral”, disse.

“Se tivermos 30% da alienação eleitoral em 2014, teremos algo em torno de 104 e 110 milhões de votos válidos. Se subir para 40%, o que não é uma coisa de outro mundo, a tendência é chegar entre 86 e 90 milhões de votos para decidir. E se o número de votos válidos cair, quem estiver na liderança das pesquisas será beneficiado”, finaliza.