Folha de Pernambuco
Editoria: Política
Data: 06/11/12
Depois das reuniões da semana passada, finalmente, ontem, a futura bancada de oposição da Câmara do Recife, formada pelas vereadoras Aline Mariano (PSDB) e Priscila Krause (DEM) e os novatos André Régis (PSDB) e Raul Jungmann (PPS), apresentou o documento com as propostas para a Mesa Diretora do biênio 2013/2014. O grupo enumerou 13 itens e alguns deles abordam temas polêmicos como o fim dos 14º e 15º salários dos parlamentares pagos no início e final de cada ano legislativo – o chamado auxílio-paletó -; o reajuste dos subsídios; e o fim do voto secreto em questões disciplinares. Abraçar essas propostas será condição primordial para os candidatos à Mesa terem o apoio do bloco oposicionista.
Apesar de a iniciativa de formular o documento, que será entregue aos atuais parlamentares, o grupo afirmou que as propostas não são uma novidade e que a maioria delas já vem sendo discutida na Câmara. “Não queremos colocar essas propostas como nossas, da oposição. São de interesse da Casa, de todos os vereadores, porque vai fortalecer a Câmara, e tenho certeza que elas serão bem recebidas pelos colegas. Muitas delas já estão em discussão entre os parlamentares, mas o que nós queremos é o comprometimento, que elas, de fato, sejam aplicadas”, explicou a futura líder da oposição, Aline Mariano.
As propostas trazem algumas inovações, como a destinação dos recursos economizados com o fim do auxílio-paletó. “Queremos que a Prefeitura do Recife repasse o dinheiro desse benefício para a área de Educação, mais especificamente, para a formação dos professores”, explicou André Régis, autor da ideia. Com relação ao reajuste dos parlamentares, os oposicionistas querem que sejam discutidos parâmetros para isso. “Estamos olhando para a frente, queremos que os erros não voltem a acontecer. Precisamos de critérios para esse processo do reajuste”, declarou Raul Jungmann.
Também estão entre as sugestões, a implantação da Tribuna Popular; a criação da Corregedoria da Câmara; tirar a Ouvidoria do papel; realizar concurso público para a criação do quadro de consultores legislativos; criação da Comissão de Legislação Participativa; digitalização do acervo legal; instalação do Portal da Transparência; criar um programa de debate para discutir assuntos estratégicos para o Recife; haver um fundo para uma nova sede; e implantar o plano de cargos e carreiras para os servidores. “Este não é um documento fechado, queremos discutir com os outros e aceitamos sugestões para aprimorar”, garantiu a atual líder, Priscila Krause.