Megaoperação das polícias em Pernambuco | Raul Jungmann

Megaoperação das polícias em Pernambuco

Em resposta às ações dos bandidos, quatro mil policiais entre civis e militares de todos os batalhões do estado participaram ontem da Operação Impacto. Com bloqueios estratégicos, os homens pararam ônibus, carros particulares, motos e afins para identificar possíveis foragidos ou pessoas portando armas. No Recife, os policiais se concentraram embaixo do viaduto da Avenida Norte, no bairro de Santo Amaro, à tarde. Eles fizeram abordagens aos veículos, principalmente aos motociclistas que circulavam na área. Segundo o comandante do Departamento Geral de Operações da PM, coronel Éden Vespaziano, a ação vai continuar em todo o estado.

“Mas, por questão de estratégia, não vamos anunciar os locais, já que um dos nossos objetivos é prender foragidos da Justiça. Queremos dar uma maior sensação de segurança à população”, argumentou. Até o fim da tarde de ontem, um homem havia sido preso por portar três revólveres e quatro espingardas, na cidade de Flores, no Sertão. Na Região Metropolitana do Recife, os policiais prenderam apenas um suspeito de traficar drogas no centro de Igarassu. A operação encerrou às 23h de ontem e, somente hoje, a SDS divulgará um balanço geral. A ação faz parte do Pacto Pela Vida, programa de redução da violência do governo estadual.

O Diario acompanhou ontem à tarde a blitze no viaduto da Avenida Norte. Enquanto a equipe esteve no local, um adolescente de 17 anos, que dirigia uma motocicleta sem habilitação, foi apreendido. A mãe do rapaz esteve no local e acabou sendo autuada por praticar infração de trânsito, fornecendo a direção da moto ao filho. O encarregado de obras Elísio Elias de Almeida foi abordado pelos policiais no mesmo ponto de bloqueio e ficou satisfeito com a ação. “Era bom que a polícia fizesse isso todo dia”, disse o rapaz.

Segundo o coronel Éden Vespaziano, os policiais vistoriam identidade, habilitação e documentos dos veículos conduzidos pelos motoristas. “Se houver alguma irregularidade, a pessoa é detida e levada para uma delegacia mais próxima para maiores averiguações”,comentou.