JC destaca que Jungmann vai promover seminário em Recife sobre o papel da oposição | Raul Jungmann

JC destaca que Jungmann vai promover seminário em Recife sobre o papel da oposição

 
Oposição projeta ações conjuntas 
 
Ana Lúcia 

Foi um encontro informal. Mas a falta de cerimônia não tirou o foco do grupo multipartidário que pode originar uma oposição conjunta nos Legislativos municipal e estadual quando os temas, evidentemente, os unirem. Com o fato de os governos do Estado e do Recife se tornaram uma “coisa só”, a partir de janeiro, por ficarem sob o comando do mesmo partido, o PSB, e dividirem uma intervenção conjunta na Capital em projetos de grande importância e de muita visibilidade, vereadores e deputados oposicionistas prevêem um largo ambiente para atuarem conjuntamente.

Na primeira conversa, ontem, motivada pelo deputado estadual Daniel Coelho (PSDB), que ficou em segundo lugar na disputa pela Prefeitura do Recife (245.120 mil votos), PSDB, DEM, PPS e PSOL convergiram para o entendimento de que uma “pauta para a cidade” deve motivá-los a atuar em conjunto de agora em diante. A votação que os vereadores do grupo obtiveram nessa eleição conta com uma avaliação comum a todos, a de que “a hegemonia governista que toma conta da Câmara do Recife e da Assembleia Legislativa não está representada na sociedade”, palavras da vereadora reeleita Priscila Krause (DEM).

 

 
Oposição projeta ações conjuntas 
 
Ana Lúcia 

Foi um encontro informal. Mas a falta de cerimônia não tirou o foco do grupo multipartidário que pode originar uma oposição conjunta nos Legislativos municipal e estadual quando os temas, evidentemente, os unirem. Com o fato de os governos do Estado e do Recife se tornaram uma “coisa só”, a partir de janeiro, por ficarem sob o comando do mesmo partido, o PSB, e dividirem uma intervenção conjunta na Capital em projetos de grande importância e de muita visibilidade, vereadores e deputados oposicionistas prevêem um largo ambiente para atuarem conjuntamente.

Na primeira conversa, ontem, motivada pelo deputado estadual Daniel Coelho (PSDB), que ficou em segundo lugar na disputa pela Prefeitura do Recife (245.120 mil votos), PSDB, DEM, PPS e PSOL convergiram para o entendimento de que uma “pauta para a cidade” deve motivá-los a atuar em conjunto de agora em diante. A votação que os vereadores do grupo obtiveram nessa eleição conta com uma avaliação comum a todos, a de que “a hegemonia governista que toma conta da Câmara do Recife e da Assembleia Legislativa não está representada na sociedade”, palavras da vereadora reeleita Priscila Krause (DEM).

Como é salutar que todo primeiro encontro não deve alimentar muitas expectativas, embora o grupo já identifique alguns temas afins, a decisão é a de aguardar que o detentor da agenda, o Executivo, dê o primeiro passo. A natureza do Poder Legislativo é mesmo a de ser reativo, mas não passivo. Priscila Krause saiu animada do encontro, sobretudo por ter percebido uma “conversa muito clara” e desprovida, segundo ela, de qualquer intenção dos partidos de forçarem uma afinidade entre os participantes do grupo.

Os pronunciamentos e as ações de oposição serão definidas de acordo com a pauta. E exatamente por decidirem se orientar por uma certa “flexibilidade” é que a “nova” oposição acredita que poderá contar com o PT “independente” em questões pontuais. De concreto, por ora, o próximo passo foi pautado pelo novo representante do PPS na Câmara do Recife, Raul Jungmann (PPS). Ele pretende organizar um grande seminário, na segunda quinzena de novembro, através da Fundação Astrogildo Pereira, do seu partido, sobre o papel da oposição no Estado.

Participaram do encontro de ontem os deputados estaduais Daniel Coelho e Terezinha Nunes (PSDB), as vereadoras reeleitas Priscila Krause (DEM) e Aline Mariano (PSDB), os vereadores eleitos André Régis (PSDB) e Jungmann e o representante do PSOL, Edilson Silva, que obteve 13.661 votos, mas não cumpriu com a exigência do quociente eleitoral.

Voto de opinião

O encontro oposicionista também abriu espaço para um bate-papo sobre o resultado eleitoral no Recife. Entende a maioria do grupo que o voto de opinião nas eleições proporcionais (de vereador) ficou “expressivamente” com os representantes da oposição. Um voto de eleitores que “prestam atenção na política e aprovaram a atuação de cada integrante do grupo”. Sobre o resultado da disputa majoritária (para prefeito), apenas uma observação: a militância do PT desapareceu das ruas. E isso deve ter feito uma enorme diferença para o partido.