SÓ RECIPREV TEM SAÚDE FINANCEIRA | Raul Jungmann

SÓ RECIPREV TEM SAÚDE FINANCEIRA

Operando no azul e com R$ 655 milhões em carteira até maio, o Reciprev está em uma situação completamente diferente do Recifin. Mas não está blindado a problemas. Em 2010, foram aplicados R$ 13 milhões em produtos financeiros operados pelo Banco Cruzeiro do Sul, que faliu no ano passado. Ontem, durante a audiência pública na Câmara dos Vereadores, o presidente do Reciprev, Manoel Carneiro, informou que o Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) considerou a operação “regular”, sendo apenas vítima dos “riscos do mercado”. E os valores, segundo o gestor, estão sendo devolvidos.

 

SÓ RECIPREV TEM SAÚDE FINANCEIRA

 

Fonte: Jornal do Commercio/Economia 

Operando no azul e com R$ 655 milhões em carteira até maio, o Reciprev está em uma situação completamente diferente do Recifin. Mas não está blindado a problemas. Em 2010, foram aplicados R$ 13 milhões em produtos financeiros operados pelo Banco Cruzeiro do Sul, que faliu no ano passado. Ontem, durante a audiência pública na Câmara dos Vereadores, o presidente do Reciprev, Manoel Carneiro, informou que o Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) considerou a operação “regular”, sendo apenas vítima dos “riscos do mercado”. E os valores, segundo o gestor, estão sendo devolvidos.

Restam cerca de R$ 7 milhões, que devem voltar ao caixa do Reciprev até janeiro de 2014. A operação de devolução está sendo tocada pelo Banco Central do Brasil (BC) e os valores têm sido depositados mês a mês. Outro episódio polêmico envolvendo o Reciprev, a compra de 33.795 títulos públicos federais superfaturados em 2004, segue sob apreciação do TCE-PE.

 

O processo foi julgado irregular, mas os gestores da época (em que o prefeito era o petista João Paulo) lançaram mão de recurso à decisão. Esse recurso está sob análise. A operação gerou um prejuízo de R$ 4,6 milhões ao Reciprev. O alerta foi dado na época pelo BC, que apontou valores acima dos praticados no mercado para os títulos adquiridos junto à empresa Quantia DVTM Ltda.

 

APLICAÇÕES

 

Durante a apresentação técnica de ontem sobre o atual perfil de investimentos do Reciprev, o diretor da autarquia José Marcos Alves de Barros mostrou que 67% dos recursos do fundo previdenciário estão aplicados em produtos de renda fixa da Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. Outros 24% são operações diretas de compra de títulos do Tesouro Nacional. Por fim, há aplicações em renda variável no BTG Pactual (2%), Franklin Templeton (2%) e Quest (2%).

 

A meta para 2013 é que as operações rendam o índice de inflação (6,5%), mais 6%, ou seja, 12,5% ao ano. Isso para “um momento difícil no mercado financeiro”, reconheceu o diretor. A saída desenhada até então é ampliar as aplicações em renda variável, que no começo de junho correspondiam a 15% do total e que podem ser de até 30% da carteira, segundo a lei determina.