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DIÁRIO DE VIAGEM XIII – Medo, insegurança, discriminação

O pessoal nos aguardava num salão grande e algo mal iluminado no andar térreo do hotel. Eram cerca de 30 brasileiros.

 

Fomos cumprimentando um a um. Em sua maioria gente de meia idade, embora contássemos com um bom número de jovens.

 

Sentamos todos ao redor de uma ampla mesa, enquanto alguns dos convidados permaneceram em cadeiras encostadas à parede.

 

Feita a introdução de praxe, ouvimos todos, um a um, pacientemente, aqui e ali pedindo um esclarecimento.

 

Quebrado o gelo inicial, os testemunhos foram convergindo para um ponto em comum, aonde despontava a insegurança e o medo.

 

Eu tomava notas de tudo que era falado e pedia, sempre que alguém usava da palavra, que dissesse o nome, que era pronunciado com certa relutância e sem o sobrenome. Era “André”, “Laís”, “Antonio” etc.

 

Foi então que perguntei a todos e bem alto: “Quem aqui foi agredido, levanta a mão.” Uns dois o fizeram. Tornei a perguntar: “E quem foi perseguido?”. Meia dúzia ergueu o braço. Fiz, então, a derradeira pergunta coletiva “E quem foi discriminado?” Quase todos ergueram o braço. Estávamos entendidos.

 

Falei então que eles estavam diante de representantes do Congresso Nacional brasileiro. Que não importava onde estivessem, eles eram cidadãos brasileiros, nós éramos seus representantes e iríamos levar ao conhecimento das autoridades brasileiras e bolivianas o que estava se passando.

Leia Mais…

DIÁRIO DE VIAGEM XIII – Medo, insegurança, discriminação

O pessoal nos aguardava num salão grande e algo mal iluminado no andar térreo do hotel. Eram cerca de 30 brasileiros.

 

Fomos cumprimentando um a um. Em sua maioria gente de meia idade, embora contássemos com um bom número de jovens.

 

Sentamos todos ao redor de uma ampla mesa, enquanto alguns dos convidados permaneceram em cadeiras encostadas à parede.

 

Feita a introdução de praxe, ouvimos todos, um a um, pacientemente, aqui e ali pedindo um esclarecimento.

 

Quebrado o gelo inicial, os testemunhos foram convergindo para um ponto em comum, aonde despontava a insegurança e o medo.

 

Eu tomava notas de tudo que era falado e pedia, sempre que alguém usava da palavra, que dissesse o nome, que era pronunciado com certa relutância e sem o sobrenome. Era “André”, “Laís”, “Antonio” etc.

 

Foi então que perguntei a todos e bem alto: “Quem aqui foi agredido, levanta a mão.” Uns dois o fizeram. Tornei a perguntar: “E quem foi perseguido?”. Meia dúzia ergueu o braço. Fiz, então, a derradeira pergunta coletiva “E quem foi discriminado?” Quase todos ergueram o braço. Estávamos entendidos.

 

Falei então que eles estavam diante de representantes do Congresso Nacional brasileiro. Que não importava onde estivessem, eles eram cidadãos brasileiros, nós éramos seus representantes e iríamos levar ao conhecimento das autoridades brasileiras e bolivianas o que estava se passando.

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DIÁRIO DE VIAGEM XIII – Medo, insegurança, discriminação

O pessoal nos aguardava num salão grande e algo mal iluminado no andar térreo do hotel. Eram cerca de 30 brasileiros.

 

Fomos cumprimentando um a um. Em sua maioria gente de meia idade, embora contássemos com um bom número de jovens.

 

Sentamos todos ao redor de uma ampla mesa, enquanto alguns dos convidados permaneceram em cadeiras encostadas à parede.

 

Feita a introdução de praxe, ouvimos todos, um a um, pacientemente, aqui e ali pedindo um esclarecimento.

 

Quebrado o gelo inicial, os testemunhos foram convergindo para um ponto em comum, aonde despontava a insegurança e o medo.

 

Eu tomava notas de tudo que era falado e pedia, sempre que alguém usava da palavra, que dissesse o nome, que era pronunciado com certa relutância e sem o sobrenome. Era “André”, “Laís”, “Antonio” etc.

 

Foi então que perguntei a todos e bem alto: “Quem aqui foi agredido, levanta a mão.” Uns dois o fizeram. Tornei a perguntar: “E quem foi perseguido?”. Meia dúzia ergueu o braço. Fiz, então, a derradeira pergunta coletiva “E quem foi discriminado?” Quase todos ergueram o braço. Estávamos entendidos.

 

Falei então que eles estavam diante de representantes do Congresso Nacional brasileiro. Que não importava onde estivessem, eles eram cidadãos brasileiros, nós éramos seus representantes e iríamos levar ao conhecimento das autoridades brasileiras e bolivianas o que estava se passando.

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DIÁRIO DE VIAGEM XII – A las armas, valentes crucenhos! *

Sta. Cruz é uma cidade baixa, e até onde conheci, plana, com um centro antigo, aonde boa parte das calçadas possuem colunas que sustém um teto, como se fosse um alpendre contínuo. Imagino que para proteger do forte sol. Nas ruas empoeiradas, circulam reluzentes vans e caminhonetes de luxo, sinal da prosperidade cruzenha. Pólo rico da Bolívia, Sta. Cruz é grande produtora de grãos, gado, minérios e gás.

 

Nossa agenda ali era densa, para apenas um dia de estada. Iríamos fazer três reuniões. Uma com empresários dos setores da indústria e serviços, na sede da CAINCO, outra com produtores rurais e, por fim, a comunidade brasileira local.

 

Instalados no hotel Los Tajibos, um labirinto de corredores e apartamentos brancos aonde não raro me via perdido, saímos apressados para a primeira das reuniões. Não havia tempo a perder.

 

A Câmara de Indústria Comércio, Serviços e Turismo de Sta. Cruz, está para a Bolívia, como a FIESP para nós, guardadas as proporções. No prédio alto e moderno, nos aguardavam empresários dos setores de açúcar e álcool, geração de energia elétrica, de óleos vegetais e de frigoríficos.

 

O tom geral era de desolação e queixa, sobretudo pela insegurança jurídica agravada pela nova Constituição boliviana e baixa prioridade à atração de investimentos.

 

Abrindo a reunião, o presidente Jorge Arias, maior importador boliviano de soja brasileira, fez uma explanação da história de Sta Cruz.

 

“A Bolívia surge em torno de Cerro Potosi com a prata e, depois, Sucre. Para cá, para Sta. Cruz, foram mandados degredados para povoar. Em 1938, com o presidente Bosch, define-se em lei que teríamos 11% dos impostos. Só vinte anos depois, em 1958, após lutas, mortes, exílios, só então a lei foi cumprida. Veja que até 80 era o presidente da República que indicava prefeitos e governadores! Em 85 conquistamos as eleições diretas para prefeitos e em 2000 para governadores. Toda nossa história, toda nossa vida foi uma luta constante contra a centralização, o estado unitário! E, agora, nos acusam de sermos separatistas.”

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DIÁRIO DE VIAGEM XII – A las armas, valentes crucenhos! *

Sta. Cruz é uma cidade baixa, e até onde conheci, plana, com um centro antigo, aonde boa parte das calçadas possuem colunas que sustém um teto, como se fosse um alpendre contínuo. Imagino que para proteger do forte sol. Nas ruas empoeiradas, circulam reluzentes vans e caminhonetes de luxo, sinal da prosperidade cruzenha. Pólo rico da Bolívia, Sta. Cruz é grande produtora de grãos, gado, minérios e gás.

 

Nossa agenda ali era densa, para apenas um dia de estada. Iríamos fazer três reuniões. Uma com empresários dos setores da indústria e serviços, na sede da CAINCO, outra com produtores rurais e, por fim, a comunidade brasileira local.

 

Instalados no hotel Los Tajibos, um labirinto de corredores e apartamentos brancos aonde não raro me via perdido, saímos apressados para a primeira das reuniões. Não havia tempo a perder.

 

A Câmara de Indústria Comércio, Serviços e Turismo de Sta. Cruz, está para a Bolívia, como a FIESP para nós, guardadas as proporções. No prédio alto e moderno, nos aguardavam empresários dos setores de açúcar e álcool, geração de energia elétrica, de óleos vegetais e de frigoríficos.

 

O tom geral era de desolação e queixa, sobretudo pela insegurança jurídica agravada pela nova Constituição boliviana e baixa prioridade à atração de investimentos.

 

Abrindo a reunião, o presidente Jorge Arias, maior importador boliviano de soja brasileira, fez uma explanação da história de Sta Cruz.

 

“A Bolívia surge em torno de Cerro Potosi com a prata e, depois, Sucre. Para cá, para Sta. Cruz, foram mandados degredados para povoar. Em 1938, com o presidente Bosch, define-se em lei que teríamos 11% dos impostos. Só vinte anos depois, em 1958, após lutas, mortes, exílios, só então a lei foi cumprida. Veja que até 80 era o presidente da República que indicava prefeitos e governadores! Em 85 conquistamos as eleições diretas para prefeitos e em 2000 para governadores. Toda nossa história, toda nossa vida foi uma luta constante contra a centralização, o estado unitário! E, agora, nos acusam de sermos separatistas.”

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Sta. Cruz é uma cidade baixa, e até onde conheci, plana, com um centro antigo, aonde boa parte das calçadas possuem colunas que sustém um teto, como se fosse um alpendre contínuo. Imagino que para proteger do forte sol. Nas ruas empoeiradas, circulam reluzentes vans e caminhonetes de luxo, sinal da prosperidade cruzenha. Pólo rico da Bolívia, Sta. Cruz é grande produtora de grãos, gado, minérios e gás.

 

Nossa agenda ali era densa, para apenas um dia de estada. Iríamos fazer três reuniões. Uma com empresários dos setores da indústria e serviços, na sede da CAINCO, outra com produtores rurais e, por fim, a comunidade brasileira local.

 

Instalados no hotel Los Tajibos, um labirinto de corredores e apartamentos brancos aonde não raro me via perdido, saímos apressados para a primeira das reuniões. Não havia tempo a perder.

 

A Câmara de Indústria Comércio, Serviços e Turismo de Sta. Cruz, está para a Bolívia, como a FIESP para nós, guardadas as proporções. No prédio alto e moderno, nos aguardavam empresários dos setores de açúcar e álcool, geração de energia elétrica, de óleos vegetais e de frigoríficos.

 

O tom geral era de desolação e queixa, sobretudo pela insegurança jurídica agravada pela nova Constituição boliviana e baixa prioridade à atração de investimentos.

 

Abrindo a reunião, o presidente Jorge Arias, maior importador boliviano de soja brasileira, fez uma explanação da história de Sta Cruz.

 

“A Bolívia surge em torno de Cerro Potosi com a prata e, depois, Sucre. Para cá, para Sta. Cruz, foram mandados degredados para povoar. Em 1938, com o presidente Bosch, define-se em lei que teríamos 11% dos impostos. Só vinte anos depois, em 1958, após lutas, mortes, exílios, só então a lei foi cumprida. Veja que até 80 era o presidente da República que indicava prefeitos e governadores! Em 85 conquistamos as eleições diretas para prefeitos e em 2000 para governadores. Toda nossa história, toda nossa vida foi uma luta constante contra a centralização, o estado unitário! E, agora, nos acusam de sermos separatistas.”

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