O Globo | Raul Jungmann

20.01.2015

DIARIO DE PERNAMBUCO

CRESCE OPOSIÇÃO NA CÂMARA DO RECIFE

Bloco dos oposicionistas será quase três vezes maior a partir do fim do recesso dos parlamentares, em fevereiro

SÁVIO GABRIEL
saviogabriel.pe@dabr.com.br

Quando as atividades legislativas retornarem na Câmara do Recife, em fevereiro, o prefeito Geraldo Julio (PSB) encontrará uma bancada de oposição quase três vezes maior do que o bloco existente até dezembro. Nos últimos dois anos, o grupo oposicionista era formado, oficialmente, por quatro dos 39 parlamentares da Casa. O reforço ficará por conta dos parlamentares petistas e petebistas que, somados, representarão oito vereadores a mais no grupo. Na outra ponta, o DEM e o PPS, que integravam o bloco, deixarão a bancada. Oficialmente, serão 10 parlamentares oposicionistas.
Desde o início da atual legislatura integravam oficialmente a bancada os vereadores André Régis e Aline Mariano, ambos do PSDB, Raul Jungmann (PPS) e Priscila Krause (DEM). Com a eleição de Priscila para a Assembleia Legislativa e a ida de Jungmann para a Câmara Federal, entram no lugar deles Marcos Menezes (DEM) e Vera Lopes (PPS), respectivamente. No entanto, a correligionária de Jungmann já afirmou que assumirá uma postura de independência, enquanto o democrata confirmou sua presença na bancada de governo.
Os petistas, que desde o rompimento nacional do partido com o PSB vinham adotando uma postura de independência na Câmara, oficializaram a presença na oposição. O grupo, formado por cinco vereadores, lançará candidato à liderança do grupo. “Em fevereiro vamos nos reunir para definirmos o novo líder do partido na casa e também o nome que estará à frente da bancada”, detalhou o petista Jairo Brito, sem revelar os nomes cotados.
Seguindo a mesma posição do partido na Assembleia Legislativa, o PTB também estará na oposição. O líder da sigla na Casa, Antônio Luiz Neto, adiantou que pretende dialogar com o PT, mas não revelou se a legenda pretende lançar um candidato à presidência. Além dos parlamentares dos dois partidos, há também a socialista Marília Arraes, que desde o ano passado vem adotando um discurso de oposição a Geraldo Julio. O grupo, apesar de numericamente grande, não será coeso. Isso porque enquanto o PT e o PTB caminham para a formação de um bloco, o PSDB já afirmou que não vai integrar o grupo com as duas siglas.
Para o líder do governo da Câmara, vereador Gilberto Alves (PTN), não haverá problemas com o crescimento oposicionista. “Continuaremos mantendo uma relação de respeito, independentemente de quem faça parte da oposição”.

 

 

VEJA

BRASIL

SETOR ELÉTRICO

APAGÃO: OPOSIÇÃO FALA EM ‘BARBEIRAGEM’ NO SETOR ELÉTRICO

Deputados pretendem convocar ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, e diretor-geral do ONS para explicar falta de energia nesta segunda

Laryssa Borges e Marcela Mattos, de Brasília

Diante da falta de energia que atingiu vários Estados do Centro-Sul e o Distrito Federal nesta segunda-feira, partidos de oposição cobraram explicações do governo federal e atribuíram ao que chamaram de “barbeiragem” do Executivo a atual situação do setor elétrico. Os oposicionistas afirmaram que pretendem convocar o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, e o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, para dar explicações na Câmara dos Deputados.
“É mais um presentinho que a presidente Dilma nos dá, especialmente para os eleitores que votaram nela”, disse o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).
Na última semana, o ministro Eduardo Braga havia recomendado aos brasileiros a redução do consumo de energia elétrica, mas negou na época a possibilidade de racionamento. “Não é racionamento. Nós temos energia. Ela existe, mas é cara.”
O apagão de energia foi registrado pouco antes das 15 horas e as distribuidoras nos Estados afirmaram que o ONS havia determinado a redução do fornecimento de energia. Houve falta de luz em Goias, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Duas estações do metrô em São Paulo foram fechadas por algumas horas.
“Menos de um mês do segundo governo Dilma e já temos o primeiro apagão. Durante a campanha fomos alertando sobre o risco real e o governo desconversava. A desestruturação, o desmonte e aparelhamento no setor elétrico têm produzido efeitos nefastos. Péssimo para credibilidade do país”, disse o deputado Mendonça Filho (DEM-PE). “O ONS sequer tem o respeito com o cidadão de informar o real motivo. Isso afeta ainda mais a credibilidade do país. Quem vai investir em um país onde cortes de energia acontecem sem nenhuma satisfação ao consumidor?”, questionou.
O senador eleito Ronaldo Caiado (DEM-GO) cobrou da presidente Dilma Rousseff explicações públicas sobre a interrupção de energia. “Dilma começou sem qualquer aviso o racionamento de energia elétrica. O país vive uma crise hidroenergética e Dilma segue inerte. O setor energético não aguentou a barbeiragem de Dilma”, afirmou. Caiado lembrou que, em 2012, a presidente usou cadeia de rádio e televisão para anunciar desconto médio de 18% na conta de luz dos brasileiros. Porém, com o fim dos subsídios na eletricidade, as tarifas subirão mais de 30%. “A presidente usou a rede de rádio e TV para anunciar um desconto fantasioso”, declarou.
Pós-eleições – O deputado eleito Raul Jungmann (PPS-PE) disse que a presidente Dilma Rousseff postergou convenientemente o aumento da energia elétrica para depois do processo eleitoral e criticou a medida provisória que, em 2012, derrubou na marra o preço da energia elétrica. “O cenário para frente é ruim, pois os reservatórios do Sudeste, a caixa d’água do país, estão com apenas 19% da sua capacidade, quando o esperado era 40%. Se a presidente Dilma tivesse sido menos irresponsável, deveria ter alertado o país sobre nossa situação hidrológica desde 2012 e não cometido a famigerada MP, aquela que baixou a conta de luz, que esse ano vai subir”, criticou. “Mas pensando em sua reeleição, nada fez. Ganhou e agora todos vamos pagar a amarga conta do seu estelionato”, disse.
Na avaliação do deputado Roberto Freire (PPS-SP), “esse apagão era uma crônica anunciada há muito tempo”. “É mais um exemplo do que Dilma diz não se escreve. Ela desmente tudo que foi dito. É uma falta completa de planejamento. O setor elétrico brasileiro é um descalabro e não tem como não responsabilizar a Dilma.”

 

 

O GLOBO

PANORAMA POLÍTICO

A POLÍTICA COMO ELA É: NUA E CRUA

Ilimar Franco

PSB NA OPOSIÇÃO

A despeito de movimentos tendo em vista alianças com o PT nas eleições municipais, os socialistas seguem firmes na oposição ao governo Dilma. O governador Paulo Câmara (PE), do estado que comanda o PSB nacional, fez o que pôde para colocar na Câmara um dos mais radicais políticos da oposição, Raul Jungmann (PPS). O governador levou quatro deputados para seu secretariado.


16.08.2014

O Povo (CE)

ARMANDO MONTEIRO ELOGIA FIRMEZA DE RENATA CAMPOS

O candidato ao governo de Pernambuco e senador Armando Monteiro (PTB) deixou há pouco a casa do candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos, destacando a firmeza da postura da viúva Renata Campos. “Ela está sendo, mais uma vez, esse pilar para a família. Serena, forte, consolando os filhos e acolhendo os amigos neste momento tão difícil”, comentou.
O senador minimizou as divergências políticas com Campos em Pernambuco e enfatizou a liderança e a capacidade de diálogo do pessebista. “Ele tinha uma compreensão do que era a verdadeira política”, afirmou.

Chegaram ao local nesta tarde representantes do PPS, partido que faz parte da coligação de Eduardo Campos para a Presidência. Estão no local também o presidente da sigla, deputado Roberto Freire (PE), e o ex-deputado Raul Jungmann, além de representantes do PCdoB: o presidente da sigla, Renato Rabelo, e a deputada federal Luciana Santos (PE).

 

MARINA DEVE MANTER ALIANÇAS SE FOR CANDIDATA, DIZ FREIRE

O presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire, chegou em Recife (PE) por volta das 13h e defendeu que a candidata Marina Silva, caso seja confirmada como substituta de Eduardo Campos na chapa encabeçada pelo PSB, mantenha os compromissos de alianças nos estados.

“A Marina vai dar suas características. O que ela não pode é deixar de cumprir os compromissos da aliança que está formada em torno das alianças estaduais”, afirmou. Segundo Freire, o PPS foi o primeiro partido da coligação a defender o nome de Marina, mas cabe ao PSB chamar a reunião – prevista para quarta-feira – para propor oficialmente sua indicação.

“Ninguém mais qualificada que a Marina para substituir Eduardo. Marina era a vice, estava compromissada com o partido e ninguém tem mais presença político-eleitoral que ela na aliança”, afirmou.

Freire disse que o que se espera de Marina é que ela assuma o papel de candidatura de oposição, mas observou que as diferenças de postura existem. “Não se pode esperar que ela tenha, do ponto de vista da economia, a mesma posição que o Eduardo tinha. Será que ela vai ser contundentemente crítica ao governo?”

Para ele, a criação do Rede Sustentabilidade não é uma preocupação. “Quando ela entrou para o PSB sabiam que ela formaria o Rede. O que vão fazer, inventar agora uma candidatura de raiz do PSB? Não, até porque se isso ocorresse o PPS não estaria junto.”
Freire foi recebido no aeroporto de Recife pelo ex-ministro Raul Jungmann. Eles visitam a família de Campos na tarde deste sábado. No mesmo vôo, chegaram também os senadores Cristovam Buarque (PDT-DF) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).

“Segunda-feira começa uma nova eleição. É como se essa disputa tivesse três turnos. O primeiro acabou com a morte trágica de Eduardo. Agora tudo muda e as chances de um segundo turno são maiores”, disse Rodrigues.

 

DiariodePernambuco.com.br

EM DOIS IRMÃOS »

ARMANDO MONTEIRO NETO DIZ QUE “NÃO HÁ ADVERSÁRIOS POLÍTICOS NESSA HORA”

O senador licenciado e candidato ao governo estado Armando Monteiro Neto (PTB) chegou no início da tarde deste sábado (16) à casa do ex-governador Eduardo Campos e conversou com a viúva, Renata Campos.

“Vim prestar minha solidariedade especialmente a Renata, que sempre foi fundamental na família de Eduardo. Está consolando os filhos e acolhendo os amigos”, disse o candidato.
Armando Monteiro Neto declarou que não há adversários políticos nessa hora. “As divergências ficam pequenas.” O petebista disse também que espera que a história de Eduardo Campos sirva de inspiração para os que seguem na política.
Mais políticos

Pouco depois das 15h chegaram também à residência do ex-governador o deputado federal Roberto Freire, presidente do PPS, o vereador do Recife Raul Jungmann (PPS), o deputado federal e candidado ao Senado João Paulo (PT) e o senador Eduardo Suplicy. Todos disseram que falarão com a imprensa na saída.

O GLOBO

POLÍTICOS VISITAM RENATA CAMPOS PARA DAR CONDOLÊNCIAS À FAMÍLIA

Presidentes de legendas, como Roberto Freire (PPS) e Renato Rabelo (PCdoB), se revezaram com candidatos e ex-governadores

POR EDUARDO BRESCIANI

RECIFE – Neste sábado, lideranças políticas de todo o Brasil visitaram a casa de Eduardo Campos em Recife para dar condolências à mulher do político, Renata, e seus cinco filhos. Presidentes de legendas, como Roberto Freire (PPS) e Renato Rabelo (PSB), se revezaram com candidatos, como Eduardo Jorge, que concorre à Presidência da República pelo PV, e Armando Monteiro, senador que disputa o governo de Pernambuco pelo PTB. Ex-governador do estado, Gustavo Krause, também visitou a família. Ele destacou a força com que a viúva vem conduzindo o momento.

— Renata tem a solidez granítica com a leveza de uma flor — disse Krause.

A cúpula do PSB chegou no fim da tarde à casa da família de Eduardo Campos. O vice-presidente da legenda, Roberto Amaral, o secretário geral Carlos Siqueira, os líderes no Senado, Rodrigo Rollemberg, na Câmara, Beto Albuquerque, e o coordenador de programa de governo Maurício Rands chegaram juntos.

O senador Armando Monteiro Neto, candidato ao governo de Pernambuco contra Paulo Câmara (PSB), afilhado de Campos, disse que, apesar das divergências, sempre teve um relacionamento de respeito com o ex-governador. O candidato do PV à Presidência, Eduardo Jorge, lamentou o falecimento do adversário.

— Vim em meu nome e do PV prestar solidariedade. O PV é um partido de diálogo e quando se perde uma pessoa de diálogo como ele é um prejuízo tremendo para o país.
Eduardo Jorge disse que não chegou a conviver com Campos e evitou comentar a eventual candidatura de Marina. O candidato do PV foi outro a ressaltar a força da viúva, Renata, a quem chamou de “uma mulher de muita fibra”.
Consolada por amigos e parentes, Renata, viúva de Eduardo Campos, embala Miguel, filho mais novo – André Coelho

O presidente do PPS, Roberto Freire, foi à casa acompanhando do companheiro de partido e ex-deputado Raul Jungmann, atualmente vereador de Recife. O PPS faz parte da coligação presidencial que era liderada por Campos. O ex-prefeito de Olinda Renildo Calheiros (PC do B) e a deputada federal Luciana Santos (PC do B) também foram prestar solidariedade. Assim como Fernando Bezerra Filho, deputado federal do PSB, e Jarbas Vasconcelos, ex-governador do estado.

Cerca de 200 integrantes de um grupo da sociedade civil pernambucana denominado Movimento Novo Jeito também se reuniram com a família de Campos. De camisetas brancas e com flores nas mãos eles foram recebidos pela família.

Dez governadores de estado, além da presidente Dilma Rousseff (PT), do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o candidato à Presidência da República do PSDB Aécio Neves já confirmaram presença no velório de Eduardo Campos, marcado para este domingo. A candidata a vice pelo PSB e provável nova da chapa, Marina Silva,acompanhará a cerimônia. São esperados ainda dezenas de parlamentares e lideranças dos mais diversos partidos.

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