Cabe porque não é a cessão do plenário da Câmara de Vereadores a uma igreja que destrói ou ameaça o caráter laico do Estado Brasileiro, mas com uma ressalva importantíssima: desde que TODAS as demais confissões também tenham igual direito.
E aí é que está o problema ou a inadequação…
Imagine a situação na qual os demais vereadores apresentem requerimentos iguais para as demais, dezenas, de igrejas!
Teríamos o plenário da casa, o prédio, não o Poder, desvirtuado na sua finalidade, que não é a de acolher atos privados – o culto previsto é de uma igreja, e não das igrejas no plural -, mas atos e manifestações públicas.
Além do fato de que, é claro, não sobraria pauta para mais nada no plenário da Câmara, convertido em templo ecumênico…
(*) A vereadora Michelle Collins está propondo um “café com Deus” , seguido de culto.
Raul Jungmann