ARTIGOS | Raul Jungmann
Artigos escritos por Raul Jungmann

4ª Frota, Pré-sal & Soberania

Do almirante Stavridis,  chefe do Comando Sul das Forças Armadas dos EUA, que hoje inicia giro pelo Brasil, para um hierarca do Ministério da Defesa, em meados desse ano: “A reativação da 4ª frota levou em conta, dentre outras questões, as reservas de petróleo dos dois lados do Atlântico Sul. As existentes nas costas da África e as do pré-sal brasileiro. As reservas brasileiras podem  tornar-se uma opção para os EUA, diminuindo assim nossa dependência do petróleo árabe e, por extensão, da instabilidade das nações petroleiras do Golfo Pérsico”. “Do nosso ponto de vista, porém, essas jazidas podem atrair a cobiça, gerar conflitos e movimentos terroristas que atuam em escala global. Nesse cenário, os Estados Unidos serão parceiros do governo de vocês, procurando atuar de modo conjunto, respeitando as regras e a soberania do Brasil”. Comentário Uma eventual opção dos EUA em diminuir sua dependência do petróleo árabe, em favor das nossas reservas existentes na camada pré-sal, será uma mudança de impacto na geopolítica global e dos EUA. Fratura exposta e cenário número 1 de um provável confronto mundial durante a guerra fria, a região do Golfo e seu entorno permanecem como epicentro do xadrez político das grandes potências e foco das atenções geopolíticas americanas. Tanto pelo histórico de instabilidade crônica, quanto por se tratar de palco de agudas disputas de zonas de influência, bem como pelo fato de dispor das maiores reservas de petróleo do planeta, cruciais e estratégicas para o suprimento da economia americana. Tem razão o almirante Stavridis ao divisar um cenário em que nossas recém descobertas reservas atraiam a cobiça e conflitos de atores globais não estatais, a exemplo de movimentos... Leia Mais

4ª Frota, Pré-sal & Soberania

Do almirante Stavridis,  chefe do Comando Sul das Forças Armadas dos EUA, que hoje inicia giro pelo Brasil, para um hierarca do Ministério da Defesa, em meados desse ano: “A reativação da 4ª frota levou em conta, dentre outras questões, as reservas de petróleo dos dois lados do Atlântico Sul. As existentes nas costas da África e as do pré-sal brasileiro. As reservas brasileiras podem  tornar-se uma opção para os EUA, diminuindo assim nossa dependência do petróleo árabe e, por extensão, da instabilidade das nações petroleiras do Golfo Pérsico”. “Do nosso ponto de vista, porém, essas jazidas podem atrair a cobiça, gerar conflitos e movimentos terroristas que atuam em escala global. Nesse cenário, os Estados Unidos serão parceiros do governo de vocês, procurando atuar de modo conjunto, respeitando as regras e a soberania do Brasil”. Comentário Uma eventual opção dos EUA em diminuir sua dependência do petróleo árabe, em favor das nossas reservas existentes na camada pré-sal, será uma mudança de impacto na geopolítica global e dos EUA. Fratura exposta e cenário número 1 de um provável confronto mundial durante a guerra fria, a região do Golfo e seu entorno permanecem como epicentro do xadrez político das grandes potências e foco das atenções geopolíticas americanas. Tanto pelo histórico de instabilidade crônica, quanto por se tratar de palco de agudas disputas de zonas de influência, bem como pelo fato de dispor das maiores reservas de petróleo do planeta, cruciais e estratégicas para o suprimento da economia americana. Tem razão o almirante Stavridis ao divisar um cenário em que nossas recém descobertas reservas atraiam a cobiça e conflitos de atores globais não estatais, a exemplo de movimentos... Leia Mais

Zé Arlindo: É preciso tensionar, porém, sem perder a ternura jamais! (2)

Querido amigo Zé Arlindo, Em momento algum eu disse, ou quis dizer, que você, enquanto administrador público, deveria ter feito oposição a João Paulo. O que seria descabido e errado. Também não tenho qualquer dúvida sobre as suas concepções e práticas republicanas, admirador que sou do seu trabalho e compromissos éticos. O que quis dizer, e repito, é que, ao menos efetivamente, as forças políticas agregadas em torno do governo Jarbas, entre 2000 e 2004, na Assembléia Legislativa e na Câmara Municipal, em nenhum momento fizeram oposição política ao alcaide recifense. O que não é nenhuma novidade, pois, Gustavo Krause, em outras palavras, disse o mesmo em memorável entrevista, na época, ao JC. Sem dúvida, ao governo Jarbas aliado aos liberais, o PFL, hoje DEM, não interessava um embate pela esquerda protagonizado pelo prefeito e o PT. Vice versa, a João Paulo também não, dado necessitar agudamente de uma boa relação com o governo do estado. Portanto, ao correto e necessário alinhamento administrativo entre governos, deu-se um acordo “branco” que, se trouxe dividendos para ambos, na política revelou-se desastroso para nós quando na oposição. Daí que, durante o processo eleitoral, “tensionar” (o que não foi feito, ao menos não nos termos da sua cobrança, concordo) não ia, a meu juízo, reverter a nossa desvantagem. Pois, nos anos em que não contou com efetiva oposição, repito: política, João Paulo soube transformar oito anos de uma administração medíocre, que não equacionou nenhum dos problemas estruturais do Recife, num sucesso de mídia e opinião. E foi esse “sucesso”, timidamente ou nunca contestado por anos a fio, o grande eleitor de João da Costa e coveiro das... Leia Mais

Zé Arlindo: É preciso tensionar, porém, sem perder a ternura jamais! (2)

Querido amigo Zé Arlindo, Em momento algum eu disse, ou quis dizer, que você, enquanto administrador público, deveria ter feito oposição a João Paulo. O que seria descabido e errado. Também não tenho qualquer dúvida sobre as suas concepções e práticas republicanas, admirador que sou do seu trabalho e compromissos éticos. O que quis dizer, e repito, é que, ao menos efetivamente, as forças políticas agregadas em torno do governo Jarbas, entre 2000 e 2004, na Assembléia Legislativa e na Câmara Municipal, em nenhum momento fizeram oposição política ao alcaide recifense. O que não é nenhuma novidade, pois, Gustavo Krause, em outras palavras, disse o mesmo em memorável entrevista, na época, ao JC. Sem dúvida, ao governo Jarbas aliado aos liberais, o PFL, hoje DEM, não interessava um embate pela esquerda protagonizado pelo prefeito e o PT. Vice versa, a João Paulo também não, dado necessitar agudamente de uma boa relação com o governo do estado. Portanto, ao correto e necessário alinhamento administrativo entre governos, deu-se um acordo “branco” que, se trouxe dividendos para ambos, na política revelou-se desastroso para nós quando na oposição. Daí que, durante o processo eleitoral, “tensionar” (o que não foi feito, ao menos não nos termos da sua cobrança, concordo) não ia, a meu juízo, reverter a nossa desvantagem. Pois, nos anos em que não contou com efetiva oposição, repito: política, João Paulo soube transformar oito anos de uma administração medíocre, que não equacionou nenhum dos problemas estruturais do Recife, num sucesso de mídia e opinião. E foi esse “sucesso”, timidamente ou nunca contestado por anos a fio, o grande eleitor de João da Costa e coveiro das... Leia Mais

Zé Arlindo: É preciso tensionar, porém, sem perder a ternura jamais! (2)

Querido amigo Zé Arlindo, Em momento algum eu disse, ou quis dizer, que você, enquanto administrador público, deveria ter feito oposição a João Paulo. O que seria descabido e errado. Também não tenho qualquer dúvida sobre as suas concepções e práticas republicanas, admirador que sou do seu trabalho e compromissos éticos. O que quis dizer, e repito, é que, ao menos efetivamente, as forças políticas agregadas em torno do governo Jarbas, entre 2000 e 2004, na Assembléia Legislativa e na Câmara Municipal, em nenhum momento fizeram oposição política ao alcaide recifense. O que não é nenhuma novidade, pois, Gustavo Krause, em outras palavras, disse o mesmo em memorável entrevista, na época, ao JC. Sem dúvida, ao governo Jarbas aliado aos liberais, o PFL, hoje DEM, não interessava um embate pela esquerda protagonizado pelo prefeito e o PT. Vice versa, a João Paulo também não, dado necessitar agudamente de uma boa relação com o governo do estado. Portanto, ao correto e necessário alinhamento administrativo entre governos, deu-se um acordo “branco” que, se trouxe dividendos para ambos, na política revelou-se desastroso para nós quando na oposição. Daí que, durante o processo eleitoral, “tensionar” (o que não foi feito, ao menos não nos termos da sua cobrança, concordo) não ia, a meu juízo, reverter a nossa desvantagem. Pois, nos anos em que não contou com efetiva oposição, repito: política, João Paulo soube transformar oito anos de uma administração medíocre, que não equacionou nenhum dos problemas estruturais do Recife, num sucesso de mídia e opinião. E foi esse “sucesso”, timidamente ou nunca contestado por anos a fio, o grande eleitor de João da Costa e coveiro das... Leia Mais

Zé Arlindo: É preciso tensionar, porém, sem perder a ternura jamais!

Querido amigo Zé Arlindo, Em momento algum eu disse, ou quis dizer, que você, enquanto administrador público, deveria ter feito oposição a João Paulo. O que seria descabido e errado. Também não tenho qualquer dúvida sobre as suas concepções e práticas republicanas, admirador que sou do seu trabalho e compromissos éticos. O que quis dizer, e repito, é que, ao menos efetivamente, as forças políticas agregadas em torno do governo Jarbas, entre 2000 e 2004, na Assembléia Legislativa e na Câmara Municipal, em nenhum momento fizeram oposição política ao alcaide recifense. O que não é nenhuma novidade, pois, Gustavo Krause, em outras palavras, disse o mesmo em memorável entrevista, na época, ao JC. Sem dúvida, ao governo Jarbas aliado aos liberais, o PFL, hoje DEM, não interessava um embate pela esquerda protagonizado pelo prefeito e o PT. Vice versa, a João Paulo também não, dado necessitar agudamente de uma boa relação com o governo do estado. Portanto, ao correto e necessário alinhamento administrativo entre governos, deu-se um acordo “branco” que, se trouxe dividendos para ambos, na política revelou-se desastroso para nós quando na oposição. Daí que, durante o processo eleitoral, “tensionar” (o que não foi feito, ao menos não nos termos da sua cobrança, concordo) não ia, a meu juízo, reverter a nossa desvantagem. Pois, nos anos em que não contou com efetiva oposição, repito: política, João Paulo soube transformar oito anos de uma administração medíocre, que não equacionou nenhum dos problemas estruturais do Recife, num sucesso de mídia e opinião. E foi esse “sucesso”, timidamente ou nunca contestado por anos a fio, o grande eleitor de João da Costa e coveiro das... Leia Mais
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