ARTIGOS | Raul Jungmann
Artigos escritos por Raul Jungmann

LEITOR DESATENTO DO BLOG DO JAMILDO CAI EM CONTRADIÇÃO

Renato Leal critica a indicação de Raul Jungmann para o Conselho de Administração de três empresas de economia mista no eixo Rio-São Paulo. Como não existe nenhuma ilegalidade ou maracutaia nas indicações e na conduta de Jungmann nos três casos, Leal descamba para as miudezas e ilações.  Chamando o ex-deputado de “casto”, num brilhante e original exercício de retórica, enviesadamente o acusa de desconhecer engenharia de tráfego, para estar no Conselho da Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo. Grande Leal! Como entende de conselhos de administração o rapaz! Imagina ele que conselhos são técnicos e especialistas reunidos, deduz-se. Ao contrário, conselhos de administração tem, em qualquer empresa privada ou mista, maioria de executivos seniors e experientes, como é o caso de Jungmann – Ex-ministro, ex- secretário de planejamento e vice ministro de Planejamento, presidente do IBAMA e do INCRA etc. Informadíssimo, Leal contesta a afirmação do nosso presidente, de que “teria experiência” em conselhos. Pois saiba nosso atento internauta que Jungmann coordenou todos os conselhos de administração das empresas estatais federais do Brasil durante o governo Itamar Franco. E mais: foi presidente do Conselho de Administração do BNDES, um dos maiores bancos de fomento do mundo, e membro de igual conselho do nosso maior banco, o Banco do Brasil. Nas entrelinhas, percebe-se que Leal censura o ex-deputado por ganhar 18 mil reais, somando os ganhos nos três conselhos. Uma vez mais, grande Leal, o “especialista” em conselhos! Então, como seria possível atrair executivos seniors para orientar a estratégia de grandes empresas, respondendo com o seu patrimônio em caso de derrapagens ou falências? Como atrair profissionais responsáveis por... Leia Mais

Carta aberta ao prefeito João da Costa

Por: Raul Jungmann  Senhor Prefeito João da Costa O caos dos últimos dias é o coroamento de 11 anos da sua gestão e de João Paulo, seu antecessor e criador. Há  10 anos que o Recife não tem rumo, não tem obras estruturais, não investe adequadamente em saneamento, estrutura viária e na manutenção da cidade. Tão pouco na área social nossa cidade tem sorte. Temos a pior educação básica das capitais, o que  precipita nossas crianças no abismo da ignorância em plena era do conhecimento. Na saúde, os idosos e crianças que expõem as suas vidas para obter uma senha dormindo  nas calçadas da clínica Lessa de Andrade dizem tudo: da falta de médicos aos remédios básicos; dos meses de espera para marcar uma simples cirurgia, às ambulâncias sucateadas no pátio ao lado da sede da Prefeitura. A soma da sua gestão, prefeito, com a do seu antecessor e padrinho, obriga, a nós recifenses, a vivermos como condenados, na perda diária do nosso tempo em congestionamentos infindáveis, desordem e lixo nas nossas ruas, insegurança e medo pelas nossas vidas e dos nossos filhos. O senhor e João Paulo  tem gasto os recursos municipais numa profusão de projetos e pequenas obras assistencialistas que, se essenciais para a formação e dependência de uma clientela em nossas periferias , em nada contribui para lhes dar a dignidade de uma cidadania plena,  reduzindo nosso exército de marginais. Aliás, o propalado orçamento participativo é uma máquina de cooptação de lideres comunitários  e de atendimento dos interesses dos PT e seus aliados. Os que não integram esse grupo dos seus “amigos” que o digam, na... Leia Mais

Carta aberta ao prefeito João da Costa

Por: Raul Jungmann  Senhor Prefeito João da Costa O caos dos últimos dias é o coroamento de 11 anos da sua gestão e de João Paulo, seu antecessor e criador. Há  10 anos que o Recife não tem rumo, não tem obras estruturais, não investe adequadamente em saneamento, estrutura viária e na manutenção da cidade. Tão pouco na área social nossa cidade tem sorte. Temos a pior educação básica das capitais, o que  precipita nossas crianças no abismo da ignorância em plena era do conhecimento. Na saúde, os idosos e crianças que expõem as suas vidas para obter uma senha dormindo  nas calçadas da clínica Lessa de Andrade dizem tudo: da falta de médicos aos remédios básicos; dos meses de espera para marcar uma simples cirurgia, às ambulâncias sucateadas no pátio ao lado da sede da Prefeitura. A soma da sua gestão, prefeito, com a do seu antecessor e padrinho, obriga, a nós recifenses, a vivermos como condenados, na perda diária do nosso tempo em congestionamentos infindáveis, desordem e lixo nas nossas ruas, insegurança e medo pelas nossas vidas e dos nossos filhos. O senhor e João Paulo  tem gasto os recursos municipais numa profusão de projetos e pequenas obras assistencialistas que, se essenciais para a formação e dependência de uma clientela em nossas periferias , em nada contribui para lhes dar a dignidade de uma cidadania plena,  reduzindo nosso exército de marginais. Aliás, o propalado orçamento participativo é uma máquina de cooptação de lideres comunitários  e de atendimento dos interesses dos PT e seus aliados. Os que não integram esse grupo dos seus “amigos” que o digam, na... Leia Mais

PLEBISCITO SOBRE ARMAS É GOLPE

Por Raul Jungmann  Em outubro de 2005, o povo brasileiro foi às urnas para votar no chamado “referendo do desarmamento”. Por 64% a 36% venceu a proposta pela continuidade da comercialização de armas de fogo. A campanha foi limpa, com tempos de rádio e tv iguais para os dois lados, o do “sim” e o do “não”, este afinal vencedor.Propor agora uma nova consulta popular é um desrespeito à vontade democrática e soberana dos brasileiros, é desrespeitar o resultado das urnas e um péssimo precedente. Se for possível revogar a decisão da maioria ao sabor do momento e/ou vontade dos governantes, então não temos decisões, mas contingências; não temos regras, mas anarquia.   Estaríamos, assim, agindo no reino da insegurança jurídica e democrática, nos submetendo ao talante da vontade do conduttieri de plantão. Não vem ao caso se brasileiros e brasileiras votaram “não” porque se sentiam expostos à violência e a barbárie cotidiana e, sem um Estado que os defenda da criminalidade,                                                                             optaram pela possibilidade de comprar armas algum dia. Pouco importa – embora para nós importe muito – se a liquidez e o número de armas tenham razão direta com o número de mortes por armas de fogo, e estas, desgraçadamente, continuem matando. Acima de todas essas considerações, repito, está a vontade da maioria, está o respeito às regras do jogo democrático. Sem as quais, com ou sem armas, não... Leia Mais

PLEBISCITO SOBRE ARMAS É GOLPE

Por Raul Jungmann  Em outubro de 2005, o povo brasileiro foi às urnas para votar no chamado “referendo do desarmamento”. Por 64% a 36% venceu a proposta pela continuidade da comercialização de armas de fogo. A campanha foi limpa, com tempos de rádio e tv iguais para os dois lados, o do “sim” e o do “não”, este afinal vencedor.Propor agora uma nova consulta popular é um desrespeito à vontade democrática e soberana dos brasileiros, é desrespeitar o resultado das urnas e um péssimo precedente. Se for possível revogar a decisão da maioria ao sabor do momento e/ou vontade dos governantes, então não temos decisões, mas contingências; não temos regras, mas anarquia.   Estaríamos, assim, agindo no reino da insegurança jurídica e democrática, nos submetendo ao talante da vontade do conduttieri de plantão. Não vem ao caso se brasileiros e brasileiras votaram “não” porque se sentiam expostos à violência e a barbárie cotidiana e, sem um Estado que os defenda da criminalidade,                                                                             optaram pela possibilidade de comprar armas algum dia. Pouco importa – embora para nós importe muito – se a liquidez e o número de armas tenham razão direta com o número de mortes por armas de fogo, e estas, desgraçadamente, continuem matando. Acima de todas essas considerações, repito, está a vontade da maioria, está o respeito às regras do jogo democrático. Sem as quais, com ou sem armas, não... Leia Mais

A TRAGÉDIA DE REALENGO E AS ARMAS

Por Raul Jungmann   Wellington Menezes de Oliveira era mulato, franzino, calado e filho de pais adotivos. Louco, entrou armado na escola aonde estudara e assassinou a tiros 10 crianças, sendo nove meninas e um menino. Em seguida, baleado, se suicidou. O roteiro é o mesmo do que se passou na Virgínia Tech University, nos EUA, e na Finlândia, na Jokola High School, em 2007. Ou ainda em Alberteville, na Alemanha, em 2009, ou na tristemente famosa Colombine. Um jovem louco entra numa escola armado, dispara contra crianças ou jovens indefesos e depois se mata. Todos, ou quase todos, deixaram suas intenções registradas ou emitiram sinais que permitiriam, se tivessem recebido a atenção devida, evitar a tragédia. Todos desenvolveram habilidades no manuseio de armas e vários as possuíam em número e calibre incompatíveis com a legislação.  No escuro, aposto que Wellington não possuía posse e muito menos porte de armas. E que estas foram compradas de terceiros que, ao contrário do que determina o Estatuto do Desarmamento, jamais comunicaram a sua venda às autoridades competentes.  Caso o assassino fosse detido com os revolveres 38 que ceifou a vida de 10 inocentes, teria sua prisão relaxada, pois, ao que parece, não tinha antecedentes criminais, e inexistem  presos apenas por porte ilegal de arma no nosso país.   As chances de que os revólveres viessem das próprias forças policiais ou forças armadas do Rio de Janeiro são altas na proporção de um para quatro, já que é do aparato público de segurança que fluem os maiores estoques de armas nas mãos de terceiros e/ou criminosos.  O Brasil tem mais de 17 milhões... Leia Mais
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