APAGÃO NÃO É FATALIDADE | Raul Jungmann

APAGÃO NÃO É FATALIDADE

Disse o governador Eduardo Campos que o apagão que atingiu ontem, por 5 horas, o norte e o nordeste do pais, foi uma “fatalidade”. Com a devida vênia, discordo.

Só de setembro para cá foram 4 os apagões em escala regional, envolvendo vários estados. E 15 dentre as 33 maiores operadoras de energia, ultrapassaram o teto de cortes estipulado pelo ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico.

Para mim, a fatalidade do apagão erá previsível e estava contratada dada a precária manutenção do sistema elétrico nacional, que vem se degradando ao longo do tempo. E a perspectiva é de piora.

Disse o governador Eduardo Campos que o apagão que atingiu ontem, por 5 horas, o norte e o nordeste do pais, foi uma “fatalidade”. Com a devida vênia, discordo.

Só de setembro para cá foram 4 os apagões em escala regional, envolvendo vários estados. E 15 dentre as 33 maiores operadoras de energia, ultrapassaram o teto de cortes estipulado pelo ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico.

Para mim, a fatalidade do apagão erá previsível e estava contratada dada a precária manutenção do sistema elétrico nacional, que vem se degradando ao longo do tempo. E a perspectiva é de piora.

A medida provisória que reduziu tarifas, baixada pela Presidente Dilma, se trouxe ganhos para industrias e consumidores, derrubou em 30% o valor de mercado das empresas e detonou o ambiente de negócios do setor.

Ou seja, os investidores privados reduzirão os seus investimentos presentes e futuros ainda mais, como estão fazendo, por razões semelhantes, na área do petróleo e infraestrutura em geral.

De quebra, os reservatórios das nossas hidrelétricas estão em nível crítico e todas as termelétricas, por ordem de Brasília, funcionando a pleno vapor para economizar água.

Se este ano – ou no próximo – crescéssemos de 3.5 a 4%, e não o 1.5% por cento que está previsto, o apagão seria uma “fatalidade” irreversível e nosso futuro ficaria as escuras.

Raul Jungmann