Venezuela faz acordo de exploração de petróleo com empresas estrangeiras | Raul Jungmann

Venezuela faz acordo de exploração de petróleo com empresas estrangeiras

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, assinou um contrato de concessão com empresas internacionais para a exploração conjunta do bloco de Carabobo, na Faixa Petrolífera do Orinoco que em 2007 foi nacionalizada por ele. A estimativa é de investir US$ 80 bilhões e aumentar a certificação das reservas de petróleo para, no mínimo, 316 bilhões de barris/ano. Para Chávez, o acordo é uma demonstração para parte da comunidade internacional de que seu governo se mantém sólido e sem ameaças de desestabilização.

As empresas vencedoras são Chevron, dos Estados Unidos, Repsol, da Espanha, Petronas, da Malásia; as indianas Oil Indian Ltda e Indian Oil Corporation, além da japonesa Mitsubishi e Impex. A venezuelana Suelopetrol também foi selecionada.

Desde o final do ano passado, Chávez enfrenta protestos e críticas geradas por decisões internas de seu governo que levantam suspeitas sobre a repressão liberdade de expressão.

Contra nós há uma campanha continuada de fora e de dentro. A presença dos senhores [investidores estrangeiros] aqui ajuda a dizer ao mundo a verdade sobre o que está acontecendo e o que estamos fazendo. Este país renasce agora , disse Chávez, de acordo com a agência oficial de notícias venezuelana Agência Bolivariana de Notícias.

O ministro de Energia e Petróleo, Rafael Ramirez, disse que a partir desse acordo a Venezuela terá a maior reserva mundial de petróleo. De acordo com o ministro, o país, em 2009, produziu 175 bilhões de barris de petróleo e o cálculo é elevar para 210 bilhões até dezembro.

Chávez afirmou que serão asseguradas todas as garantias necessárias para que os investidores estrangeiros tenham condições de aplicar na Venezuela. Queridos amigos, parceiros, aliados, vocês sabem que têm todas as garantias na Constituição e nas nossas leis de investimentos.

Segundo o presidente, os investimentos servirão como um novo estímulo economia nacional, gerando impacto no desenvolvimento de áreas, como a indústria, construção civil, metalurgia e siderúrgica. Para ele, a geração de empregos será uma consequência, mas não mencionou números.