07.11.2015 | Raul Jungmann

07.11.2015

BLOG DO INALDO SAMPAIO

MARINA DEFENDE PRESERVAÇÃO DO ESTATUTO DO DESARMAMENTO

A pedido do deputado Raul Jungmann (PPS-PE), a ex-senadora Marina Silva gravou um depoimento nesta sexta-feira (6) contrário à proposta de flexibilização do Estatuto do Desarmamento.

A proposta que facilita a venda de armas de fogo no Brasil já foi aprovada numa comissão especial da Câmara e agora será votada no plenário.

Para Marina, presidente da Rede Sustentabilidade, a tentativa de revogar o Estatuto “é um retrocesso de dimensões verdadeiramente trágicas”.

“A ideia de que uma pessoa armada está mais protegida é um equivoco. A ideia de que ter uma arma em casa torna a família mais segura é um erro grave”, afirmou a ex-senadora.

Segundo ela, pesquisas indicam que o número de homicídios registrados no Brasil em 2014 (cerca de 56 mil) seria ainda maior se o Estatuto do Desarmamento não estivesse em vigor.

“Este é um apelo em nome da vida. Não permitamos que mais uma conquista do povo brasileiro seja destruída. O Brasil já tem muita violência. Não é possível torná-la ainda maior. Mais armas, mais violência. Menos armas, menos violência”, diz a ex-senadora em seu depoimento.

 

 

BRASIL 247

MARINA: REVOGAR O ESTATUTO DO DESARMAMENTO É RETROCESSO

“A ideia de que uma pessoa armada está mais protegida é um equivoco. A ideia de que ter uma arma em casa torna a família mais segura é um erro grave”, alertou a senadora Marina Silva (Rede); “Segundo várias pesquisas realizadas nos últimos anos, o número terrivelmente elevado de homicídios no Brasil, 56 mil por ano, seria ainda muito maior se o Estatuto não tivesse sido aprovado e implementado. Além disso, pesquisas internacionais também têm demonstrado que mais armas correspondem a mais mortes”, disse

247 – A campanha de preservação do Estatuto do Desarmamento, liderada pelo deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE), ganhou mais um aliado. Atendendo ao pedido do parlamentar pernambucano, a ex-senadora e presidenciável Marina Silva gravou um depoimento contrário à proposta de flexibilização do acesso ao porte e à compra de armas de fogo. Para a fundadora da Rede Sustentabilidade, a tentativa de revogar o Estatuto na Câmara Federal é um “retrocesso de dimensões verdadeiramente trágicas”.

“A ideia de que uma pessoa armada está mais protegida é um equivoco. A ideia de que ter uma arma em casa torna a família mais segura é um erro grave”, alertou Marina Silva. “Segundo várias pesquisas realizadas nos últimos anos, o número terrivelmente elevado de homicídios no Brasil, 56 mil por ano, seria ainda muito maior se o Estatuto não tivesse sido aprovado e implementado. Além disso, pesquisas internacionais também têm demonstrado que mais armas correspondem a mais mortes”, permaneceu advertindo.

Marina Silva ainda fez um apelo à consciência dos parlamentares e da sociedade para que o Estatuto do Desarmamento seja preservado. “Este é um apelo em nome da vida. Não permitamos que mais uma conquista do povo brasileiro seja destruída. O Brasil já tem muita violência. Não é possível torná-la ainda maior. Mais armas, mais violência. Menos armas, menos violência”, pontuou.

Entre as alterações aprovadas na Comissão Especial do Desarmamento, na semana passada, estão a redução da idade mínima para a compra de armas de fogo de 25 para 21 anos e a extensão do porte para deputados e senadores, além de autorizar a posse e o porte para pessoas que respondem a inquérito policial ou processo criminal na Justiça. O Projeto de Lei 3722/2012, que revoga o Estatuto, também permite o porte de seis armas de diferentes calibres e a aquisição de até 600 munições por ano.

Na presidência da Frente Parlamentar pelo Controle de Armas, pela Paz e pela Vida, Raul Jungmann tenta adiar a votação no plenário da Câmara para o próximo ano com o objetivo de ganhar tempo para mobilizar outras lideranças nacionais e, assim, conscientizar a população sobre os riscos dessas propostas. Na semana passada, o deputado do PPS divulgou um vídeo com o depoimento do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que avaliou com um “escândalo” a aprovação do projeto.