05.10.2015 | Raul Jungmann

05.10.2015

BLOG DO PCO (PAULO CÉSAR DE OLIVEIRA)

FUNCIONAMENTO DA POLÍCIA SERÁ TEMA DE SEMINÁRIO EM BELO HORIZONTE

Deputados federais da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara Federal participam de um seminário, hoje (5), em Belo Horizonte, parai debater o ciclo completo da polícia. A medida está prevista na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 431/14, do deputado Subtenente Gonzaga (foto), do PDT de Minas, que inclui entre as atribuições de todas as polícias brasileiras a investigação e a oferta de provas ao Ministério Público para efetivar uma denúncia. Atualmente, essas atividades estão restritas às polícias Civil e Federal. Segundo informações da Câmara dos Deputados, o texto tem o apoio da Polícia Militar de todos os estados e de diversos deputados ligados à segurança pública, mas enfrenta resistência de representantes de outras corporações. O tema foi discutido recentemente em evento na Câmara. O debate em Minas Gerais foi solicitado pelos deputados Raul Jungmann (PPS-PE) e Capitão Augusto (PR-SP). Participarão da discussão desta segunda: dirigentes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); do Tribunal de Justiça do Estado; do Ministério Público federal e estadual; e de entidades representativas dos bombeiros e das polícias militar, civil e federal. O seminário será realizado no auditório Juscelino Kubsticheck, na Cidade Administrativa, a partir das 13 horas.

 

 

ACERTO DE CONTAS

É PRECISO ESCLARECER O CASO ESTELITÃO

Esta semana a Polícia Federal resolveu fazer uma operação que trouxe à tona algo que muitos desconfiavam: o processo de venda do terreno do Cais José Estelita.

Neste momento está aquele jogo de empurra: o ex-Prefeito João Paulo falando que nada tem com isso, que é com a União. Já os responsáveis pela Secretaria de Patrimônio da União, cujo titular era indicado pelo ex-prefeito, falou que era com a CEF. Na verdade a CEF apenas promove a venda, como uma “empresa” terceirizada.

A Polícia Federal falou que o problema está no processo do leilão, cujo terreno teria sido adquirido por R$ 10 milhões a menos. Mas a informação de que isso não inviabilizaria o projeto não procede, pois não bastaria ao Consórcio apenas o ressarcimento aos cofres públicos a diferença.

Não é bem assim.

Se o processo de venda foi ilegal, este precisa ser definitivamente cancelado e os responsáveis punidos.

Poderia aproveitar e puxar o fio deste novelo. Pode acabar encontrando a origem de muitas fortunas nesta cidade, já que terreno em solo urbano hoje é como ouro.

Aliás, cabe perguntar se alguém acredita que a origem disso tudo não foi a construção das duas torres no Cais de Santa Rita. É óbvio que o projeto completo foi concebido ali, ou não teriam subido aqueles dois pesadelos no Centro da Cidade.

E poderia aproveitar também e desvendar o que se passa pela Ilha do Zeca. Em artigo publicado no Acerto de Contas, o deputado Raul Jungmann acusou grileiros urbanos de atuarem na Ilha do Zeca.

Não resta dúvidas de que o melhor neste momento é parar o processo até que seja concluída a parte policial.

Apesar de que o claudicante mercado imobiliário praticamente suspendeu qualquer investimento neste sentido.

Se nacionalmente temos o Mensalão, o Petrolão e o Eletrolão, por aqui temos o Estelitão. O desenrolar desta história pode mostrar como funciona a Casa Alta desta cidade e como se desenrolou este misterioso caso de parceria.