01.05.2015 | Raul Jungmann

01.05.2015

FOLHA DE PERNAMBUCO

FOGO CRUZADO

Inaldo Sampaio

O FIM – O que ainda resta do PPS de Pernambuco não pretende botar terra na fusão com o PSB. Quinze anos atrás, acreditando no “projeto Ciro Gomes (foto)” para presidente da República, desembarcaram no partido João Lyra Neto, Fernando Bezerra Coelho, Elias Gomes e Pedro Eugênio. Hoje só resta Raul Jungmann.

 

PAULO MINIMIZA REAÇÃO DO PPS

CAROL BRITO

A insatisfação externada por lideranças do PPS estadual coma fusão da legenda como PSB foi minimizada pelo governador Paulo Câmara (PSB). O vice-presidente nacional do PSB defendeu a união das siglas e garantiu que a decisão tem o respaldo da maioria dos pós-comunistas. O gestor encarou as manifestações com naturalidade e disse que elas “fazem parte do processo democrático”.

Em reportagem da Folha de Pernambuco, publicada ontem, correligionários do deputado federal Raul Jungmann (PPS) manifestaram intenção de deixar a legenda, após a fusão. Câmara ressaltou a boa relação com o parlamentar e a crença de que ele mudará a opinião do grupo.

“Isso faz parte da democracia. O PPS tem apoiado as conversas e o andamento das coisas. Raul tem a sua opinião e a gente respeita. É uma pessoa que tem me ajudado. Inclusive, tenho conversado muito com ele, (Raul) é uma pessoa também do diálogo, que escuta, que ouve e tenho certeza de que ele vai se incorporar a todos nós”, avaliou Câmara.

Opinião semelhante tem o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB). O socialista acha que as diferenças entre os partidos serão resolvidas em debates internos entre as legendas. “Esse é um período de debate e aprofundamento para chegar nos congressos do PPS e PSB com um consenso”, avaliou.

Entre as lideranças do PSB de Pernambuco, a avaliação é que o partido deve manter o nome, número e estatuto da legenda. Defensor da reaproximação com a presidente Dilma, Fernando Bezerra Coelho disse que as lideranças do PPS devem flexibilizar suas posições sobre teses como a do impeachment.

 

 

BLOG DO MAGNO

UM CASAMENTO PERFEITO

Por Marcelo Teixeira

Na fusão do PPS ao PSB, não consigo saber quem ganha mais. O PPS passa a ser um partido grande, ganha uma sigla histórica, com um maior pedigree. O PPS entra no partido de Jamil Haddad, Pelópidas, Antônio Houhais e Arraes, sigla na qual Eduardo Campos morreu como candidato à Presidênciada República, tendo Marina Silva como vice e posteriormente candidata a presidente com expressiva votação.

Além disso, o novo partido tem tudo para ter uma liderança eleitoral de maior expressão com a entrada da senadora, Marta Suplicy, que já se desfiliou do PT. Quanto ao PSB, ganha identidade à esquerda, desce do muro e passa a ter uma liderança respeitada nacionalmente, através do competente e experiente deputado Roberto Freire.

Imaginem, com Marta no Senado a legenda terá mais brilho e repercussão, enquanto na Câmara o deputado Raul Jungmann, pela sua competência, passa a valer por uma bancada inteira.

O partido, com Roberto Freire, volta a ter um líder que deixou de ter com a morte de Arraes e depois com a tragédia que levou Eduardo.

Eduardo, como ex-presidente da sigla, já queria a junção, tanto que com habilidade conseguiu o apoio de Roberto Freire, Jarbas Vasconcelos, Pedro Simon, Marina Silva e João Capiberibe, um conjunto que dava credibilidade e ideologia para o seu crescimento. Esta junção, portanto, tem tudo para prosperar e dar certo.

 

 

BLOG DA FOLHA

CÂMARA MINIMIZA INSATISFAÇÃO DO PPS COM FUSÃO

Um dia depois de o PSB aprovar o processo de fusão da legenda com o PPS, o governador Paulo Câmara minimizou a ameaça dos pós-comunistas pernambucanos ligados ao deputado federal Raul Jungmann de abandonar a legenda. Segundo ele, a manifestação “faz parte da democracia”, mas disse acreditar que tudo se resolverá.

“O PPS em sua grande maioria tem apoiado as conversas e o andamento das coisas. Raul (Jungmann) tem a sua opinião. Então a gente respeita”, afirmou o governador, acrescentando que tem uma relação muito boa com o parlamentar: “É uma pessoa que tem me ajudado. Inclusive tenho conversado muito com ele”.

Ainda de acordo com Câmara, o deputado é uma pessoa de diálogo e que isso ajudará na busca de uma solução para um eventual impasse. “Tem seus pontos de vista, mas é uma pessoa também do diálogo, que escuta, que ouve e tenho certeza de que ele, mais na frente, vai mudar de ideia e se incorporar a todos nós.”

O governador também se manifestou em defesa da manutenção do nome e do número do PSB após o processo de incorporação. “Sou defensor da manutenção do PSB, o nome e o número. Acho que temos uma história, uma tradição e acho importante a manutenção disso”, explicou o chefe do Executivo.

Ele acrescentou, inclusive, que o PPS não deve impor empecilho em relação à manutenção do nome e número. “Não tenho visto por parte dos integrantes do PPS nenhuma objeção a isso. É uma construção que vamos fazer, sentados à mesa, como está sendo feita e aí vamos ter um final bom”, declarou o socialista.

 

PPS ADIA REUNIÃO DA DIREÇÃO ESTADUAL PARA SEGUNDA

A reunião da executiva estadual do PPS, que vai tratar da fusão da legenda com o PSB, tema que já vem sendo encaminhado pela direção nacional e pelos parlamentares, programada para a tarde desta quinta-feira (30), foi adiada para a próxima semana. De acordo com nota da direção estadual da sigla, o encontro foi transferido para a próxima segunda-feira, dia 4 de maio, às 19h, na sede do Jet Clube, na Ilha do Leite. A nota não informa, no entanto, o motivo da transferência da data.

De olho nas eleições municipais de 2016, PSB e PPS anunciaram nesta quarta-feira (29) o início do processo de fusão das duas siglas. A ideia é que o trâmite seja concluído até junho para que em outubro, prazo legal estabelecido pela Justiça Eleitoral, o novo partido esteja montado e apto a disputar prefeituras das capitais no ano seguinte.

A decisão, entretanto, poderá levar a debandada em massa de membros do PPS em Pernambuco. Informações de bastidores dão conta de que o bloco do partido ligado ao deputado federal Raul Jungmann (PPS) poderá deixar a sigla a qualquer momento diante da fusão e até migrar para outra legenda.

 

 

BLOG DO INALDO SAMPAIO

PPS ADIA REUNIÃO PARA DEBATER FUSÃO COM O PSB

O Partido Popular Socialista desmarcou a reunião que faria nesta quinta-feira (30), no Recife, para debater a proposta de fusão com o Partido Socialista Brasileiro (PSB).

De acordo com o deputado Raul Jungmann, principal liderança do partido em Pernambuco, a reunião foi transferida para a próxima segunda-feira, dia 4, na sede do Jet Clube, na Ilha do Leite.

Jungmann é um dos principais defensores da fusão, mas há resistência nas bases municipais. Um dos que reprovam essa tese é a vereadora Vera Lopes (Recife), para quem os candidatos do PPS tendem a fazer “cauda” para o PSB nas próximas eleições municipais.

Em São Paulo, o deputado federal e presidente nacional do partido, Roberto Freire, declarou que a fusão está acertada e deverá ser oficializada no próximo mês de junho em convenções separadas dos dois partidos.

O passo seguinte, segundo ele, é a divulgação de um novo manifesto, um novo programa e um novo estatuto do novo partido que resultará da fusão.

 

 

LEIAJÁ

CÂMARA E FBC ESTÃO OTIMISTAS COM A FUSÃO ENTRE PSB E PPS

O governador Paulo Câmara e o senador Fernando Bezerra Coelho, ambos do PSB, apostam que apesar das divergências o processo de negociação será exitoso e favorável a legenda socialista

por Giselly Santos

A fusão entre o PSB e o PPS tem animado lideranças socialistas locais e nacionais. Para o governador de Pernambuco e vice-presidente nacional do PSB, Paulo Câmara, instalou-se entre as duas legendas um “processo de convergência” que deve ser finalizado até setembro, quando acontecem os congressos nacionais dos partidos.

Em conversa com a imprensa, nesta quinta-feira (30), após participar de um almoço em comemoração aos 180 anos da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), ele destacou que no final de todas as articulações, deve permanecer a nomenclatura socialista e o número para votação 40. Além dos princípios do PSB. “Temos um histórico e acho importante, não tenho visto objeção disso por parte do PPS”, disse nesta quinta.

Paulo Câmara fez questão de minimizar as resistências de lideranças locais, como o deputado federal Raul Jungmann (PPS), ao processo. “Faz parte da democracia. A grande maioria do PPS tem apoiado, Raul tem sua opinião e é uma pessoa que tem me ajudado, tem seus pontos de vista. Tenho certeza que mais na frente ele vai mudar de ideia e se incorporar a todos nós”, pontuou Câmara.

Corroborando a linha de raciocínio de Câmara, o Fernando Bezerra Coelho (PSB) se colocou como entusiasta do processo e pontuou como deve acontecer a aglutinação das legendas. Sob a ótica de Bezerra, a fusão “tem tudo para ser positiva”, principalmente, porque reflete algo iniciado em 2014 pelo ex-governador Eduardo Campos.

“Pelas manifestações que a gente recolhe existe muita identidade na história e nos propósitos (dos dois partidos). O PPS tem uma linha mais de oposição, é verdade, sobretudo em meados do governo Lula para cá, mas ele teve um gesto importante nas últimas eleições em 2014. O PPS que tinha tudo para marchar com o PSDB preferiu ficar ao lado de Eduardo, que era a candidatura alternativa para quebrar a polarização política do Brasil”, frisou.

Mesmo louvando a atitude do PPS de ingressar ao palanque socialista em 2014, o senador afirmou que o PSB já colocou as cartas na mesa para a negociação e deixou claro do que não abre mão. Curiosamente, alguns pontos vão de encontro às defesas do pós-comunistas. “O PSB já firmou sua posição, de independência, e o PPS deverá evoluir para esta posição. É evidente que sempre haverá espaço para a crítica, de sugestões e indicações que possa melhorar a governança do Brasil e também o PSB se definiu contra qualquer iniciativa de impeachment, não existe condições para isso. Essas são as duas premissas políticas que estão sob a mesa”, cravou.

Entre os socialistas, Bezerra Coelho é um dos que mais defendem a reaproximação da legenda com a presidente Dilma Rousseff (PT). Questionado se a fusão com o PPS mudaria algo no canal de diálogo entre a legenda e a petista, ele disse que não. “Pelo contrário, acho que agora temos que dar contribuições para melhorar a governança nacional. A gente precisa evitar que a inflação aumente, criar condições para com maior confiança reverter as expectativas e colocar o Brasil de volta na rota de crescimento econômico. Sem abrir mão das nossas propostas e identidades”, afirmou.

Processo eleitoral de 2016

Sobre o processo eleitoral de 2016, se já havia uma projeção local de disputa com a fusão entre o PPS e o PSB, Paulo Câmara usou o discurso de que “discussão sobre 2016 apenas em 2016”. “Não temos nada definido ainda. O partido agora vai começar a viajar o estado. Temos uma ampla aliança e em 2016 vamos disputar as eleições com muitos candidatos e apoiando outros”, concluiu.

Apesar de não dar detalhes sobre as pretensões, Fernando Bezerra Coelho frisou que 2016 será “rico” para o “novo PSB”. “Existe um espaço enorme para o novo PSB disputar com muita força as prefeituras no próximo ano. É um momento rico para os que estão no PSB”, ressaltou o parlamentar.

 

 

AGRESTE NOTÍCIA

RAUL JUNGMANN PEDE A PRESERVAÇÃO DA CAATINGA

O deputado federal Raul Jungmann, vice-líder da Minoria, aproveitou a comemoração do Dia Nacional da Caatinga, celebrada ontem, para fazer um apelo pela preservação desse bioma exclusivamente brasileiro, além de solicitar aos demais parlamentares que analisem com brevidade a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 504/2010, que a inclui, juntamente com o Serrado, na lista de patrimônio nacional.

“Precisamos adotar uma postura mais incisiva, aproveitando esse momento de crise hídrica, para enfrentarmos as matérias que se fazem urgentes. Urge aliar a bancada do agronegócio à bancada ambientalista em busca de consensos que promovam o uso sustentável dos nossos recursos naturais, pois o maior risco que corremos hoje é não termos água para consumo, geração de energia e irrigação em um futuro bem próximo”, alertou o deputado do PPS.

 Raul Jungmann explanou sobre a importância da Caatinga e sobre sua presença no território nacional, principalmente na região nordestina. De acordo com o pós-comunista, esse bioma abrange 10% do País e ocupa 70% do Nordeste, em uma extensão de 850 mil m², “espalhado pelos estados de Pernambuco, Paraíba, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Maranhão, Alagoas, Sergipe, Bahia e uma parte do norte de Minas Gerais”.

 “Esse importante bioma do Nordeste brasileiro é mais do que um patrimônio da biodiversidade, pois carrega nos seus veios a história e a cultura do povo nordestino. Uma história sofrida, de luta e suor, de poucos recursos, que merece ser reconhecida”, exaltou. “A Caatinga é o único bioma brasileiro que é exclusivo e não ocorre em nenhum outro lugar do planeta Terra. Por esse motivo, há uma elevada ocorrência de espécies endêmicas, ou seja, que só ocorrem na região”, acrescentou.

 Conforme discurso de Raul Jungmann, são conhecidas cerca de mil espécies de plantas e estima-se que haja em torno de duas a três mil em sua totalidade, mas que ainda não são conhecidas, “entre outros motivos, porque a Caatinga é o ecossistema brasileiro com o menor número de pesquisas”.

“Quanto à sua fauna, são conhecidas 1.225 espécies de animais vertebrados, onde se destacam 975 espécies de aves catalogadas. Entre elas, a Ararinha-Azul, símbolo brasileiro, não foi mais observada desde o ano 2.000 e acredita-se estar extinta de seu habitat natural. Onças, veados-catingueiros e capivaras também são espécies ameaçadas no bioma”, finalizou o parlamentar.

 

 

BLOG DO RONALDO CÉSAR

LIDERANÇAS PARTIDÁRIAS APROVAM FUSÃO DO PPS E PSB

O vereador Sivaldo Albino tem o comando do PPS de Garanhuns já há alguns anos, com o apoio do deputado federal Raul Jungmann. Durante sua história política sempre esteve no lado contrário dos socialistas, alinhado a Sérgio Guerra e Silvino Duarte.

Com a aproximação do PSDB e do PPS à Frente Popular, Sivaldo também fez esta travessia, e hoje é um dos maiores nomes na defesa do Governo Estadual em Garanhuns. Silvino deixou o PSDB e se filiou ao PTB.

O prefeito Izaías Régis fez o caminho contrário de Sivaldo, deixando de ser um aliado do PSB quando Armando rompeu com Eduardo e lançou sua candidatura ao governo estadual. Izaías brigou na justiça para poder usar a imagem de Eduardo Campos em sua campanha de 2012, já que teve o apoio dos socialistas.

A fusão entre o PPS e o PSB está sendo tratada em Brasília, tem o apoio de nomes como Paulo Câmara e Geraldo Júlio, e portanto, provavelmente, da família Campos. A decisão está praticamente tomada.

O PPS de Pernambuco é controlado por Jungmann e tem em Roberto Freire um outro aliado que aposta na união. Freire é deputado federal por São Paulo, lá, está na base de apoio de Geraldo Alckmin, que tem Márcio França, do PSB, como vice. Em Pernambuco, Paulo Câmara atendeu um pedido do PPS, puxou um deputado federal para o governo para abrir espaço em Brasilia para Jungmann, que foi Ministro da era Fernando Henrique. Portanto, a fusão não deve encontrar maiores obstáculos. O PPS entra no PSB, e unidos se fortalecem no plano nacional.

Em Garanhuns, Sivaldo Albino comanda o PPS, diferentemente do PSB, que tem uma comissão provisória, lideranças regionais e, processos de discussões internas, sendo um partido múltiplo em sua essência.

Chegando ao PSB, Sivaldo terá que conviver com esta questão de deixar de comandar um partido, por outro lado, se conseguir conquistar a simpatia do partido, reforça sua estrutura política para pensar em voos maiores, pois o PSB tem protagonizado as principais disputas eleitorais.

Sivaldo tem também a possibilidade de pensar em outra legenda, já que a fusão abre a brecha. Uma opção seria o PMDB de Jarbas e do vice Raul Henry, com quem tem conversado e demonstrado afinidade. Sivaldo também tem aproximação a Ivo Amaral, pois estiveram juntos nas últimas eleições.

A oposição ao prefeito Izaías ainda não tem candidato para 2016, e esta fusão entre PPS e PSB é importante no processo eleitoral.

Como aliás também tem a possibilidade da saída de Izaías do PTB, caso avance a fusão do seu partido com o DEM, de Mendoncinha. Izaías pode disputar a reeleição pelo PDT ou outro partido indicado por Armando Monteiro.